Translate / Tradutor

sábado, 19 de setembro de 2009

Lula prevê que Brasil será a 5ª economia do mundo em 15 anos

O presidente Lula durante a cerimônia para ordem de início da duplicação da BR-448, em Canoas (RS) nesta sexta (18) (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência)
Robson Bonin
Do G1, em Brasília

Presidente disse que economia vai crescer se país investir nos pobres.

Lula discursou durante o lançamento de obras no Rio Grande do Sul.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (18) que o Brasil poderá se tornar a quinta maior economia do mundo, nos próximos 15 anos, se tiver mais pobres na classe média e mais estudantes nas faculdades. Para o presidente, mais importante do que vender petróleo no século XXI, será exportar conhecimento. "Daqui a 15 anos ou 10 anos, este país deverá ser a quarta economia, a terceira economia ou se a gente não der sorte pode ser a quinta economia. Ele será mais fortemente a quinta economia se a gente tiver mais pobres na classe média, se tiver mais gente na universidade, se tiver mais gente fazendo curso técnico e se a gente tiver melhorado definitivamente a qualidade do ensino nesse país", afirmou Lula.

O presidente discursou na cerimônia de assinatura da ordem de serviço das obras da BR-448, em Sapucaia do Sul (RS), município da Região Metropolitana de Porto Alegre. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e deve contar com investimentos federais de R$ 932,6 milhões.

Lula também criticou os governantes que passaram pelo Palácio do Planalto e, na avaliação dele, não deram prioridade à educação no país. Ele disse que a maior herança de seu governo será "a mudança de paradigma" na realização de investimentos e aproveitou para alfinetar seus antecessores.

"As pessoas vão perguntar: como é que um metalúrgico consegue fazer 11 universidades, e um doutor, reitor, doutor honoris causas, não fez nenhuma? Como é que pode um torneiro mecânico fazer 214 escolas técnicas e o governo passado tinha (sic) mandado uma lei tirando do governo federal a responsabilidade pelo ensino profissional? Alguns governantes conhecem o sofrimento do povo e alguns governantes apenas leram o sofrimento do povo", afirmou Lula.

Lula continuou sua reflexão sobre a postura ideal de governantes afirmando que o país não poderia ser governado apenas com “a inteligência da cabeça ou com o conhecimento da escola”. “Se o governante não conhece a alma do povo, se o governante não consegue compreender o olhar do povo, se o governante não consegue se sensibilizar, ele não consegue governar. Um país não pode ser governado com a inteligência da cabeça ou com o conhecimento da escola. Tem que ser governado com o sentimento da alma e do coração para poder entender o povo”, analisou o presidente.

Acompanhado por uma comitiva que contava com a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, com o ministro da Justiça, Tarso Genro, além de parlamentares e prefeitos do estado, Lula aproveitou o discurso para criticar a ausência da governadora Yeda Crusius (PSDB) e do prefeito da capital, José Fogaça (PMDB).

“Eu gostaria que estivessem aqui nesse palanque a governadora do estado e o prefeito da capital. (vaias) Eu sei que vocês vão vaiar, mas é que estamos aqui em um ato institucional do governo federal. Isso aqui não é uma coisa partidária, é uma coisa institucional, é um presidente da República, que tem de se relacionar com os entes federados. Lamentavelmente, nós estamos chegando perto de um ano político e essas coisas começam a atrapalhar”, disse Lula.

Eleições

Ao falar das eleições de 2010, Lula disse que iria eleger seu sucessor para “dar continuidade” às ações do governo. O presidente, no entanto, desconversou sobre a preferência pela candidatura de Dilma à presidência e de Tarso ao governo gaúcho. “Ano que vem, virei aqui (em Porto Alegre) para falar de política. Ano que vem, venho aqui para fazer campanha. Ainda não tenho candidato a governador e candidata a presidente. Mas ano que vem vamos eleger alguém para dar continuidade a tudo que estamos fazendo. O país não pode retroceder e voltar a o que era há 15 ou 20 anos”, argumentou Lula.

Durante entrevista à Rádio Guaíba, no entanto, o presidente se referiu a Dilma como candidata à sua sucessão e assumiu a candidatura do ministro da Justiça, Tarso Genro, ao governo gaúcho. "Estamos preparados para lançar Tarso Genro, lançar a Dilma e ganhar a eleição", afirmou Lula. "É possível que a gente construa um time capaz de ganhar e acho que é possível construir em torno de Dilma esse time", continou, referindo-se à necessidade de alianças.

Ao falar do programa de habitação popular “Minha Casa, Minha Vida”, que pretende construir 1 milhão de casa populares, o presidente voltou a mencionar a chefe da Casa Civil. Ele disse que esse número cria um paradigma, pois, segundo ele, forçará qualquer governo que venha depois dele a "fazer mais, a fim de não ficar atrás do que um simples torneiro mecânico fez pelo País". "Espero que a Dilma faça o dobro e faça melhor."

Dilma

Antes de Lula discursar, Dilma arrancou aplausos da plateia ao defender o regime de partilha previsto no marco regulatório do pré-sal, que está em discussão na Câmara dos Deputados. “Eles nos acusam. Dizem que o nosso modelo é nacionalista, é estatizante. Se modelo nacionalista é aquele que vê no pré-sal uma forma de pegar essa riqueza do petróleo e assegurar essa riqueza à população brasileira, então somos nacionalistas”, discursou Dilma. “Não há nenhum demérito em ser nacionalista. O país precisa de patriotas, que tenham

Nenhum comentário: