Há uma disputa pesada em torno do desenvolvimento da energia nuclear. A pretexto de impedir a proliferação de bombas, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares estabeleceu controles muito rígidos sobre as pesquisas de países signatários.
O desenvolvimento da tecnologia brasileira de enriquecimento de urânio penou com as restrições, seja para a compra de equipamentos ou para a preservação de segredos industriais.
Agora, que o Brasil está perto de entrar no mundo atômico, recomeçam as pressões.
O recado foi dado por Gregory Schulte, embaixador americano na AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) através de entrevista à Folha (clique aqui). A matéria é do Igor Gielow, Secretário de Redação em Brasília, que aceita acriticamente o jogo da fonte:
(…) Em dezembro, o governo Lula lançou sua Estratégia Nacional de Defesa, na qual a energia nuclear é tratada com destaque. O texto, ambíguo, lamenta restrição ao acesso a tecnologias e permite interpretação de que no futuro o Brasil pode lançar mão de outros usos da energia nuclear -leia-se a bomba.
(…) O TNP foi assinado pelo Brasil em 1998, e não são poucas as pessoas nos meios militares e diplomáticos que consideram a adesão uma capitulação a um tratado que foi desenhado para subordinar quem não tem a bomba atômica aos desígnios dos que a tem.
Clique aqui para ler a íntegra do Plano Nacional de Defesa.
Não se lê a bomba nem nas linhas nem nas entrelinhas do Plano.
Há dois trechos relevantes sobre o uso pacífico da energia:
O Brasil tem compromisso - decorrente da Constituição Federal e da adesão ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares - com o uso estritamente pacífico da energia nuclear. Entretanto, afirma a necessidade estratégica de desenvolver e dominar a tecnologia nuclear.
O Brasil precisa garantir o equilíbrio e a versatilidade da sua matriz energética e avançar em áreas, tais como as de agricultura e saúde, que podem se beneficiar da tecnologia de energia nuclear. E levar a cabo, entre outras iniciativas que exigem independência tecnológica em matéria de energia nuclear, o projeto do submarino de propulsão nuclear”.
O segundo:
“O Brasil zelará por manter abertas as vias de acesso ao desenvolvimento de suas tecnologias de energia nuclear. Não aderirá a acréscimos ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares destinados a ampliar as restrições do Tratado sem que as potências nucleares tenham avançado na premissa central do Tratado: seu próprio desarmamento nuclear”.
Nenhum país é mais atuante do que o Brasil na causa do desarmamento nuclear. Entretanto o Brasil, ao proibir a si mesmo o acesso ao armamento nuclear, não se deve despojar da tecnologia nuclear.
Deve, pelo contrário, desenvolvê-la, inclusive por meio das seguintes iniciativas:
Há um amplo detalhamento nas páginas 23 e 24. Nenhuma se refere à bomba.
O desenvolvimento da tecnologia brasileira de enriquecimento de urânio penou com as restrições, seja para a compra de equipamentos ou para a preservação de segredos industriais.
Agora, que o Brasil está perto de entrar no mundo atômico, recomeçam as pressões.
O recado foi dado por Gregory Schulte, embaixador americano na AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) através de entrevista à Folha (clique aqui). A matéria é do Igor Gielow, Secretário de Redação em Brasília, que aceita acriticamente o jogo da fonte:
(…) Em dezembro, o governo Lula lançou sua Estratégia Nacional de Defesa, na qual a energia nuclear é tratada com destaque. O texto, ambíguo, lamenta restrição ao acesso a tecnologias e permite interpretação de que no futuro o Brasil pode lançar mão de outros usos da energia nuclear -leia-se a bomba.
(…) O TNP foi assinado pelo Brasil em 1998, e não são poucas as pessoas nos meios militares e diplomáticos que consideram a adesão uma capitulação a um tratado que foi desenhado para subordinar quem não tem a bomba atômica aos desígnios dos que a tem.
Clique aqui para ler a íntegra do Plano Nacional de Defesa.
Não se lê a bomba nem nas linhas nem nas entrelinhas do Plano.
Há dois trechos relevantes sobre o uso pacífico da energia:
O Brasil tem compromisso - decorrente da Constituição Federal e da adesão ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares - com o uso estritamente pacífico da energia nuclear. Entretanto, afirma a necessidade estratégica de desenvolver e dominar a tecnologia nuclear.
O Brasil precisa garantir o equilíbrio e a versatilidade da sua matriz energética e avançar em áreas, tais como as de agricultura e saúde, que podem se beneficiar da tecnologia de energia nuclear. E levar a cabo, entre outras iniciativas que exigem independência tecnológica em matéria de energia nuclear, o projeto do submarino de propulsão nuclear”.
O segundo:
“O Brasil zelará por manter abertas as vias de acesso ao desenvolvimento de suas tecnologias de energia nuclear. Não aderirá a acréscimos ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares destinados a ampliar as restrições do Tratado sem que as potências nucleares tenham avançado na premissa central do Tratado: seu próprio desarmamento nuclear”.
Nenhum país é mais atuante do que o Brasil na causa do desarmamento nuclear. Entretanto o Brasil, ao proibir a si mesmo o acesso ao armamento nuclear, não se deve despojar da tecnologia nuclear.
Deve, pelo contrário, desenvolvê-la, inclusive por meio das seguintes iniciativas:
Há um amplo detalhamento nas páginas 23 e 24. Nenhuma se refere à bomba.
Comentário de Olhos do Sertão: Os demo-tucanos são entreguistas e subservientes aos interesses dos EUA no Brasil. Com mais este ato o neobobo FHC mostra a sua incompetência e a falta de apreço por este país. E o Serra, caso tenhamos a má sorte, será mais um subserviente aos americanos. Veja o papel da Folha de São Paulo como instrumento dos interesses americanos e dos demo-tucanos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário