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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Gerir é antes atender à população que cortar gasto, diz Dilma

Valor Econômico - O discurso de ontem da chefe da Casa Civil, ministra Dilma Rousseff, durante solenidade de assinatura de projetos do PAC Saneamento Habitação, foi pontuado por respostas políticas aos seus possíveis adversários na sucessão de 2010 - o governador de São Paulo, José Serra e a senadora Marina Silva (PV). Para criticar os tucanos, Dilma afirmou que o Brasil, quando recorreu ao FMI em 1998, só tinha R$ 500 milhões disponíveis para investimentos federais e, hoje, este montante representa apenas o volume de investimentos do Rio de Janeiro. Para contrapor o discurso ambiental de Marina Silva, Dilma disse que o PAC Saneamento e Habitação preserva os rios, é ambientalmente sustentável e ainda é capaz de gerar emprego e renda.

No mesmo discurso, dito de improviso para uma plateia de governadores e prefeitos, Dilma acentuou aquela que será uma das suas plataformas de campanha: a importância do papel do Estado como vetor de desenvolvimento. "Gestão não é cortar investimentos e custeio. Gestão é a capacidade de atender às demandas da população", declarou a ministra, afirmando que, daqui para frente, a qualidade de um governo será medida pela capacidade de gerar projetos. Aproveitou para elogiar os governadores presentes, afirmando que eles fazem parte de uma "boa geração de gestores públicos".

Dilma tornou-se a estrela principal do evento com a ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Depois de chegar de madrugada do Rio, o presidente iniciou tarde a sua agenda matinal, atrasou-se na entrevista para veículos franceses de comunicação e avisou, em cima da hora, que não poderia participar da solenidade. Coube então à pré-candidata do PT à Presidência encerrar a solenidade, em um discurso que lembrava muito, no estilo, aos proferidos pelo presidente Lula. [...]

[...] No discurso, Dilma afirmou que, após a estabilidade econômica atingida pelo Brasil durante a gestão Lula, o custo Brasil deixou de ser "uma medida que analisava os riscos financeiros do país" e passou a ser uma medida "que leva em conta o aspecto social". Disse que em diversas cidades brasileiras, até mesmo nas mais desenvolvidas, ainda é baixo o acesso da população a um sistema adequado de tratamento de água e esgoto. "O PAC Saneamento e Habitação está fazendo isto, respeitando os mananciais e o meio ambiente", afirmou. "O PAC saneamento é um sinal de respeito às águas deste país."

Ela também citou as análises que mostram que o Bolsa Família é o principal programa de inclusão social do governo federal. "Mas ele não é o único. O PAC também é inclusão social. Investir em infraestrutura significa distribuição de renda e qualidade de vida para todos os brasileiros". Segundo a ministra, o governo Lula está fazendo uma gestão na qual "a população está no centro".

A despeito da polêmica sobre a distribuição dos royalties do pré-sal, Dilma disse que a riqueza gerada pelas novas bacias vai desenvolver a indústria da construção civil pesada ligada à área petrolífera. (Paulo de Tarso Lyra)

Leia a matéria completa no site do Valor Econômico

Ontem eu li uma crítica no jornal "O Tempo", do presidente do PV mineiro Vitório Mediolli, ao governo mineiro do tucano Aécio Neves. Segundo o jornal do ex-deputado, Minas perdeu a Companhia Siderúrgica de Ubu (CSU), projeto da Vale, para o Espírito Santo, um investimento de US$ 3 bilhões, produção de 5 milhões de placas de aço por ano e a geração de 18 mil empregos. Para 'O Tempo' "uma política ambiental mais lúcida do Espírito Santo levou siderúrgica para o estado capixaba". "Em Minas Gerais, a história é outra, como O TEMPO tem mostrado em reportagens sobre os entraves da burocracia ambiental para todo tipo de empreendimento. As licenças podem demorar até quatro anos no Estado, ou mais", completa a matéria.

Não eu quem está dizendo, apenas reproduzo. O estado de Minas Gerais leva até quatro anos para liberar uma licença ambiental. Acha que eu estou inventando? Pois leia você mesmo em Minas perde usina da Vale. Detalhe. Até onde eu saiba, o PV é aliado do governador tucano. Não é retórica oposicionista.

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