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domingo, 27 de setembro de 2009
Eu só peço a Deus
Meu caro leitor de Olhos do Sertão, você já fez o que deveria ter feito?
Eu só peço a Deus
(León Gieco)
Eu só peço a Deus
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia
Solitário sem ter feito o q’eu queria
Eu só peço a Deus
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia
Solitário sem ter feito o que eu queria
Eu só peço a Deus
Que a injustiça não me seja indiferente
Pois não posso dar a outra face
Se já fui machucada brutalmente
Eu só peço a Deus
Que a guerra não me seja indiferente
É um monstro grande e pisa forte
Toda fome e inocência dessa gente
Eu só peço a Deus
Que a mentira não me seja indiferente
Se um só traidor tem mais poder que um povo
Que este povo não esqueça facilmente
Eu só peço a Deus
Que o futuro não me seja indiferente
Sem ter que fugir desenganando
Pra viver uma cultura diferente
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Um comentário:
Essa música frequentemente é executada em programas de rádio e tv dedicados à cultura tradicionalista gaúcha e já foi gravada por grupos desse estilo. Ruralistas costuma tocá-la nos aparelhos de dvd de suas caminhonetes com o volume na potência máxima, a ponto de eu não poder mais ouví-la sem associá-la aos latifundiários gaúchos. Esses pústulas creem que esta música representa os ideais gaúchos "libertários e revolucionários". Se a crítica (muito bem) feita nessa letra toca em pontos fulcrais de uma sociedade injustiçada (fome, guerra, injustiça) como pode um defensor dessa mesma cultura acreditar que pode estar associado a ideiais contrários aos seus? Quem mora aqui no Sul deve saber bem do que eu estou falando. Queria pelo menos coerência desses pústulas.
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