O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na noite desta
sexta-feira (8), de um ato em defesa da democracia organizado por
professores, estudantes e profissionais da educação, no centro de
convenções do Anhembi, em São Paulo. Organizado por sindicatos de
educadores e profissionais da educação do nível básico ao universitário e
entidades de representação de estudantes, o ato contou ainda com a
presença de alunos secundaristas que ocupam escolas estaduais em São
Paulo para evitar seu fechamento e sucateamento.
Lula começou sua
fala relembrando o assassinato de dois integrantes do MST no Paraná,
nesta semana, e relembrou que não há condições de o Brasil voltar a
crescer se não houver diálogo e cooperação na sociedade. "Foram mais
duas vítimas da falta de respeito com o trabalhador brasileiro",
lamentou Lula. "Esta não é a primeira vez que tentam negar a política.
Querem dividir este país como fizeram com a Venezuela, mas eu estou
certo de que não vão transformar este povo maravilhoso em um povo
raivoso", completou.
"Nós temos vontade de fazer política, nós
temos orgulho de fazer política. Não importa o partido. Mas sem
política, não há possibilidade de haver uma democracia forte", ressaltou
o ex-presidente, que utilizou como exemplo de superação o sucesso dos
alunos do ProUni nas universidades privadas, apesar do preconceito.
"Pois ao invés de ficar com raiva, a gente foi lá e estudou mais ainda.
Hoje, em diversas áreas, os alunos do ProUni são os melhores alunos da
sala", contou.
Lula criticou a parcela da imprensa, que, "todos os
dias, passa 30 minutos na televisão mentindo e semeando o ódio. O que
nós fizemos para merecer esse ódio? Fui eleito por um 'lado', sei quem
foi que me elegeu, mas duvido que tenha havido presidente que tratou a
todos, dos mais humildes aos mais ricos, com mais respeito".
O
ex-presidente destacou os avanços obtidos pela educação pública em seus
mandatos e também nos governos da presidenta Dilma Rousseff, como 19
novas universidades federais, 163 novos campi federais, o ProUni, o
Reuni, o FIES, o Ciência sem Fronteiras, o Fundo Nacional do Ensino
Básico, a valorização dos demais profissionais da educação (como
porteiros, merendeiras e pessoal da limpeza), o piso nacional dos
professores e o ciclo fundamental de 9 anos.
"São esses avanços
que estão em risco", alertou o ex-presidente, que encerrou o discurso
embalado pela bateria dos estudantes secundaristas: "por isso, não vai
ter golpe! Até a vitória, se deus quiser".
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