Deputado Adail votou pró-golpe para "não ser prejudicado no PP"
Em entrevista à rádio O Povo CBN, do Ceará, o deputado federal Adail Carneiro (PP) disse que votou a favor do impeachment mesmo acreditando que a presidenta Dilma Rousseff não cometeu crime de responsabilidade. Escancarado o método usado para garantir o voto pró-golpe, o deputado disse que foi assediado e diante da ameaça velada, mudou o seu voto para não se prejudicar. Vermelho
“Para ser muito franco, em eximo a responsabilidade que foi
colocada como motivo para a instalação do processo de impeachment para
cassação da presidenta Dilma. Eu discordo do parecer, mas
lamentavelmente tive que votar contra para atender o partido”, disse o
deputado em entrevista à jornalista Ana Paula Lima, na última
segunda-feira (18).
Ele conta que foi exonerado do cargo de assessor especial de Camilo, 48 horas antes da votação, para votar contra o golpe, mas foi assediado por lideranças do PP e por se sentir coagido votou contra a democracia.
“Eu só resolvi votar a favor do impeachment a partir das 17 horas... Fui assediado pela direção do partido. Numa conversa com o presidente, vices, tesoureiro, secretários, acabei, para que eu não viesse a ser prejudicado dentro do partido eu tomei a decisão muito dura de ser tomada naquela ocasião, ponderando a minha ótima relação com o governador Camilo Santana, com o ex-governador Cid Gomes... Foi uma decisão muito árdua, porém necessária para a minha sobrevivência no partido”, confessou ele, admitindo que votou para atender os seus intereses políticos.
Ele conta que foi exonerado do cargo de assessor especial de Camilo, 48 horas antes da votação, para votar contra o golpe, mas foi assediado por lideranças do PP e por se sentir coagido votou contra a democracia.
“Eu só resolvi votar a favor do impeachment a partir das 17 horas... Fui assediado pela direção do partido. Numa conversa com o presidente, vices, tesoureiro, secretários, acabei, para que eu não viesse a ser prejudicado dentro do partido eu tomei a decisão muito dura de ser tomada naquela ocasião, ponderando a minha ótima relação com o governador Camilo Santana, com o ex-governador Cid Gomes... Foi uma decisão muito árdua, porém necessária para a minha sobrevivência no partido”, confessou ele, admitindo que votou para atender os seus intereses políticos.
Brasil
27
19 de abril de 2016 - 10h38
Deputado Adail votou pró-golpe para "não ser prejudicado no PP"
Em entrevista à rádio O Povo CBN, do Ceará, o deputado federal Adail Carneiro (PP) disse que votou a favor do impeachment mesmo acreditando que a presidenta Dilma Rousseff não cometeu crime de responsabilidade.
Escancarado o método usado para garantir o voto pró-golpe, o deputado disse que foi assediado e diante da ameaça velada, mudou o seu voto para não se prejudicar.
Reprodução
“Para ser muito franco, em eximo a responsabilidade que foi colocada como motivo para a instalação do processo de impeachment para cassação da presidenta Dilma.
Eu discordo do parecer, mas lamentavelmente tive que votar contra para atender o partido”, disse o deputado em entrevista à jornalista Ana Paula Lima, na última segunda-feira (18).
Ele conta que foi exonerado do cargo de assessor especial de Camilo, 48 horas antes da votação, para votar contra o golpe, mas foi assediado por lideranças do PP e por se sentir coagido votou contra a democracia.
“Eu só resolvi votar a favor do impeachment a partir das 17 horas... Fui assediado pela direção do partido. Numa conversa com o presidente, vices, tesoureiro, secretários, acabei, para que eu não viesse a ser prejudicado dentro do partido eu tomei a decisão muito dura de ser tomada naquela ocasião, ponderando a minha ótima relação com o governador Camilo Santana, com o ex-governador Cid Gomes...
Foi uma decisão muito árdua, porém necessária para a minha sobrevivência no partido”, confessou ele, admitindo que votou para atender os seus interesses políticos.
A jornalista então questiona: “Dilma cometeu crime?”. E o parlamentar diz: “Para ser muito franco, em eximo a responsabilidade que foi colocada como motivo para a instalação do processo de impeachment para cassação da presidenta Dilma. Eu discordo do parecer, mas lamentavelmente tive que votar contra para atender o partido”.
A jornalista, perplexa, pergunta ao deputado cearense se ela acha correto a conduta que teve diante de tal gravidade e interesse para o país. “Com a mais absoluta certeza, acho correto”.
“A gente entende que essa é uma lastima muito maior que o PT e o PSDB. Uma necessidade de uma reforma política.
Que a gente encare essa crise como algo institucional, algo enraizando na sociedade que faz com que pessoas que têm posicionamentos x, acabem se direcionando para falas y e que levam a um resultado z. É lamentável”, comentou a jornalista.
Em nota oficial, Adail tentou explicar o seu voto, afirmando que votou contra a vontade para votar com o PP.
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