Panama Papers: Lula, Dilma e PT não estão em lista de offshores
Caso revelou envolvimento de sete partidos em esquemas de lavagem de dinheiro, entre eles o PSDB, que usa o combate à corrupção para dar golpe em Dilma
Postado por Agência PT, em 4 de abril de 2016 às 17:11:23
A presidenta Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores não são citados nos documentos divulgados, no domingo (3), no caso ‘Panama Papers’.
Considerado o maior vazamento de documentos confidenciais já realizado no mundo, o caso chamado de ‘papéis do Panamá’
revelou o suposto envolvimento de diversos políticos, empresários e
celebridades nacionais e internacionais em esquemas de lavagem de
dinheiro e evasão fiscal. Há a inclusão de nomes, inclusive, de
políticos brasileiros como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-senador e presidente do PSDB Sérgio Guerra, morto em 2014.
Os arquivos da empresa de advocacia do
Panamá Mossack Fonseca mostram que o escritório criou ou vendeu empresas
offshores para políticos brasileiros de partidos como PDT, PMDB, PP,
PSB, PSD, PSDB e PTB, muitos deles envolvidos na Operação Lava Jato. Ao
menos 57 brasileiros já relacionados à investigação da Polícia Federal
aparecem nos documentos, ligados a mais de cem offshores criadas em
paraísos fiscais. No Brasil, empresas offshore não são ilegais, desde
que as transações sejam declaradas à Receita Federal.
Até o momento, o PMDB, do
vice-presidente Michel Temer, foi a legenda com mais integrantes
mencionados nos documentos da empresa panamenha. Eduardo Cunha, que já é
réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por seu envolvimento na Lava Jato
e é acusado pela Procuradoria Geral da República de ter contas secretas
no exterior, aparece no ‘Panama Papers’ como titular de ao menos uma
offshore.
O tucano Sérgio Guerra,
ex-senador e ex-presidente nacional do PSDB morto em 2014, também
aparece na lista da Mossack Fonseca. Ele já foi citado por delatores da
Lava Jato como destinatário de propinas relacionadas ao esquema de
corrupção da Petrobras. Segundo os documentos, Guerra adquiriu uma
empresa offshore com a esposa e um dos filhos.
Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias
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