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domingo, 27 de novembro de 2011

Qual é a verdadeira faxina que o Brasil precisa?

Vejo como hipocrisia a atuação de setores da  mídia (Rede Globo, Veja, Folha e Estadão)  brasileira no negócio da "faxina".

Ontem encontrei um conhecido que disse: estava pensando em você Luís, como estaria reagindo a "faxina da Dilma". Continua ele: a Dilma está correta, o Brasil precisa de uma faxina. E eu disse, realmente o Brasil precisa de um grande faxina, e vamos começar por onde? Perguntei a ele? 

No seu silêncio eu respondi:

1. Vamos fazer uma auditoria na privataria nesse país. E prender os lesas-pátria, os vendilhões da pátria. 

A privataria foi danosa ao país porque "vendeu" (entregou) empresas estratégicas ao desenvolvimento de nosso país, principalmente a Vale do Rio Doce. E o pior, privataria financiada pelo BNDS, ou seja, dinheiro público.

Nesse sentido pergunto: quem de fato defende os interesses desse país? A turma do "tira-sapato" de FHC? Que queria doar parte do território brasileiro para os EUA? A turma que queria doar a Petrobrás para as sete grandes?

Penso, que a verdadeira faxina deve ser feita nas mentes colonizadas da Rede Globo, Folha, Estadão, Veja e partidos como PSDB, DEMOS e PPS, que preferem defender os interesses das multinacionais. Veja o caso do derrame de petróleo pela Chevron. Nem uma palavra condenando a empresa predadora americana. Nenhuma. 


Portanto, a verdadeira faxina é varrer das mentes desse pessoal a subserviência aos interesses internacionais em nosso país. A sanha entreguista e colonizada de suas propostas de país. 

A depender desse pessoal já não seríamos mais uma Nação soberana. 

Por fim, confesso que alguns ministros da Dilma não os ministros que esse país precisa, mas o que fazer, quando se governa através de uma coalizão de partidos? 




Mino Carta: o denuncismo hipócrita



Por Mino Carta, da CartaCapital

O ministro Lupi segura ainda, com fervor, a sua pasta, para a contrariedade de quem já o queria fora do governo, obediente às denúncias da mídia nativa. Ocorre que a presidenta não se mostrou obediente na mesma medida, a bem da sua autoridade e do seu governo, e dos cidadãos em geral.

CartaCapital não acredita que o ministro Lupi mereça especiais resguardos, tampouco o jornalismo pátrio especial respeito. Antes de ser refém do denuncismo, Dilma Rousseff mostra saber o que lhe convém, e que é ela quem manda. Os objetivos midiáticos, se de um lado parecem evidentes, de outro causam efeitos aparentemente opostos aos desejados.

Caso a intenção tenha sido realmente criar problemas para a eleita contra a vontade da mídia, verifica-se que a culatra é obrigada a um novo, constante desgaste. A cada lance da faxina, a popularidade da presidenta cresce. Pretende-se que embatume? Pois fermenta. Dilma, de resto, prepara uma reforma ministerial para o começo do ano próximo e com toda probabilidade o atual ministro do Trabalho figurará entre os substituídos.

Nebulosa é a forma pela qual se constituiu o ministério no período intermediário entre a eleição e a posse. Falou-se de interferências de Lula na escolha de vários titulares, bem como da designação de outros ao sabor de pressões partidárias de sorte a garantir a chamada governabilidade. Que las hay, las hay, é tradição da nossa política, ditada por injunções inescapáveis.

Há nomes que, CartaCapital arrisca-se a crer, não se discutem. Uns já exibiram larga competência na gestão Lula, como, por exemplo, Celso Amorim e Guido Mantega. Outros, firmaram-se sob o comando de Dilma, Mercadante, Tombini, Helena Chagas, exemplos também. Há ainda ministros que não passam de figurantes obscuros, embora lotados em pastas exponenciais. Digamos, o Ministério da Justiça.
Em mais de um episódio, o comportamento de José Eduardo Cardozo me causou perplexidade, ou mesmo sentimentos mais incômodos. Cito um episódio apenas. Foi ele quando deputado federal quem, em companhia do colega Sigmaringa Seixas, comboiou o então ministro Márcio Thomaz Bastos para um jantar com o banqueiro Daniel Dantas na residência brasiliense do então senador Heráclito Fortes. Chamo a atenção dos leitores para o fato de que à época, primeiro mandato de Lula, a mídia denuncista deixou passar o evento em branca nuvem. Ergueu-se somente a voz de CartaCapital.

Basta, para mim, ouvir o nome do orelhudo para padecer de súbitos arrepios. É do conhecimento até do mundo mineral que, condenado em diversas instâncias por tribunais internacionais, Dantas goza de regalias no Brasil. Mesuras. Proteção. Esteve atrás das grandes mazelas, das privatizações de FHC aos ditos “mensalões”. Versátil, financiou tucanos e petistas. Incólume, grampeou meio mundo. Satisfeito agora, em plenitude abrangente, imagino, com o enterro da Satiagraha.
O destino dos ministros de Dilma Rousseff preocupa sobremaneira a mídia nativa, nem um pouco a incomodam os feitos de DD. Como dizem os nossos perdigueiros da informação, Dantas é “todo-poderoso”, destes que moram em “mansões”, talvez no gênero o número 1, porque, “afinal”, é “o dono do pedaço”. E daí? Ele tem recursos e esperteza para comprar a todos, em quaisquer áreas.

Nunca esquecerei que o escritório de advocacia de Márcio Thomaz Bastos, quando ele era ministro, me processou em ação penal movida por Dantas, a -acusar o acima assinado por ter registrado apenas umas tantas verdades factuais. Nunca esquecerei o jantar na casa de Heráclito, e, anos depois, o encontro no Planalto entre Lula e Tarso Genro de um lado, doutro Nelson Jobim e Gilmar Mendes, que prometera chamar às falas o próprio presidente da República. Selaram em santa paz o desterro do honrado Paulo Lacerda, réu por ter oferecido efetivo da Abin às operações da Satiagraha.

Por mais falho que tenha sido o trabalho do delegado Protógenes, as ações criminosas do orelhudo continuam à vista. E como esquecer o que Paulo Lacerda contou a mim diante de testemunhas a respeito de pressões exercidas a favor de Dantas por deputados e senadores e até por um ministro? Os herdeiros da casa-grande unem-se na hora do risco, um cuida dos interesses do outro, nunca daqueles do País. A societas sceleris, hipócrita e feroz, sempre se repete e se renova.

Este gênero de permissividade, de leniência, de envolvimento, se quiserem de hipocrisia ecumênica machuca em mim o jornalista, o indivíduo, o cidadão.

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