Em depoimento à Corregedoria Geral da Administração, vinculada ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), uma testemunha afirmou que o ex-deputado estadual José Antônio Bruno (DEM) recebeu um maço de notas de R$ 100 de um homem.
O dinheiro seria para abastecer um suposto esquema de venda de emendas parlamentares na Assembleia Legislativa de São Paulo, denunciado pelo deputado estadual Roque Barbiere (PTB). O depoimento da testemunha foi revelado na edição desta terça-feira (4) do jornal "O Estado de S. Paulo".
Segundo a testemunha, a cena ocorreu no gabinete do deputado em agosto de 2009. José Antônio Bruno foi deputado entre 2007 e 2010. Ao jornal, ele negou o episódio, mas disse suspeitar da participação de um ex-assessor seu no suposto esquema de corrupção.
O denunciante, que não teve o nome revelado, disse que trabalhou no gabinete do parlamentar entre 2009 e 2010, mas foi "isolado" por se recusar a repassar parte de seu salário ao então deputado.
Entenda o caso
A polêmica a respeito da liberação de emendas parlamentares em São Paulo começou após o deputado Roque Barbieri (PTB) afirmar, em entrevista ao jornal "Folha da Região" (de Araçatuba, interior do Estado), que de 25% a 30% dos parlamentares enriqueceram negociando emendas com prefeituras e fazendo lobby para empreiteiras. Ele, no entanto, não citou nomes. O Conselho de Ética da Assembleia vai investigar a acusação.
Segundo reportagem da “Folha de S. Paulo” de sexta-feira (30), os dois principais partidos que sustentam a coalizão do governo Alckmin --o PSDB e o DEM-- receberam metade (49,1%) dos recursos liberados pelo Palácio dos Bandeirantes para emendas apresentadas neste ano pelos deputados estaduais paulistas.
Juntos, PSDB e DEM conseguiram R$ 9,3 milhões para financiar projetos escolhidos por seus parlamentares --22 tucanos e oito democratas. Eles representam 32% da Assembleia Legislativa.
Dos dez que mais conseguiram indicar recursos do orçamento deste ano até agora, nove são de partidos aliados de Alckmin.Estadão
Extraído do blog Terror do Nordeste
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