A Comissão de Ética da Assembleia de São Paulo aprovou nesta quinta-feira (6) o convite para que o secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas (PSDB), explique declaração recente sobre suposto esquema de venda de emenda.
A aprovação do convite aconteceu após tumultuada sessão na qual os deputados estaduais discutiram, por mais de uma hora, se Covas deveria ser "convocado" ou "convidado".
A comissão tem 30 dias para ouvir Covas, que é deputado estadual licenciado. Outro convidado na sessão de hoje foi o deputado Major Olimpio (PDT), que já faz parte da comissão.
Os deputados também negaram o pedido da bancada petista para convidar os ex-secretários da Casa Civil do governo José Serra (2007-2010), o agora senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e Luiz Antonio Guimarães Marrey.
PROPINA
Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", Covas, que é pré-candidato tucano a prefeito de São Paulo, contou ter sido assediado com R$ 5.000 em propina por um prefeito, após aprovação de uma emenda.
No relato, ele diz não ter aceitado o dinheiro. "Dá isso para uma Santa Casa" sugere, na gravação.
Após a divulgação da entrevista, o tucano afirmou que falou em "hipótese".
Na terça-feira, a Comissão de Meio Ambiente da Assembleia "desconvocou" reunião em que o Covas falaria sobre o caso.
CASO DAS EMENDAS
O conselho está reunido para discutir as acusações do deputado Roque Barbiere (PTB) contra colegas da Casa.
Em entrevista coletiva a jornalistas nesta semana, Barbiere comparou o Legislativo paulista a um camelódromo, referindo-se a uma suposta negociação de emendas parlamentar.
"Isso é igual camelô, cada um tem um jeito. Para os mais antigos, não é surpresa. Se fingir que é surpresa, é hipocrisia."
No dia 10 de agosto, ele havia dito ao jornal "Folha da Região", de Araçatuba, que de "25 a 30%" dos deputados vendem emendas.
O petebista aproveitou uma brecha do regimento
da Assembleia e viajou para sua cidade, Birigui. Seu depoimento será lido pelo presidente do PTB paulista, Campos Machado.
Ontem, o presidente da Assembleia, deputado Barros Munhoz (PSDB), envolvido também com corrupção, deixou em aberto a possibilidade de punir Barbiere caso ele não explique as novas acusações que fez contra seus colegas.
Segundo Munhoz, as declarações foram profundamente injustas e caluniosas. "Foi profundamente infeliz e, mais do que isso, foi injusta. Terá que ser reparada."
Questionado se a afirmação de Barbiere poderia culminar num processo por quebra de decoro parlamentar, o tucano deu a entender que sim. "A frase é caluniosa. Uma calúnia contra a Casa é quebra de decoro."Da redação, com informações da FSP.
Extraído do blog Terror do Nordeste
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