PT de São Paulo vai ter mais uma chance de dizer para os seus simpatizantes que aprendeu com os erros do passado. O momento é de renovação.
Fernando Haddad, candidato de Lula à prefeitura de São Paulo, estreia nas caravanas do PT
Leila Suwwan e Maria Lima
Extra.
SÃO PAULO E BRASÍLIA - Escalado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar a prefeitura paulistana em 2012, o ministro da Educação, Fernando Haddad, estreia “em campo” nos próximos dias.
A partir desta sexta-feira e durante este fim de semana, ficará lado a lado com outros pré-candidatos nas primeiras caravanas do PT na periferia de São Paulo. Na próxima semana, deve dividir “palanque” com Lula e o prefeito Luiz Marinho na Feira Literária de São Bernardo do Campo.
Os eventos marcam o início de uma disputa interna no partido, na qual Haddad, novato em eleições, tem como principal adversária a senadora e ex-prefeita Marta Suplicy, cujos apoios definham pelo alto índice de rejeição.
Com padrinhos de peso como Lula e a presidente Dilma Rousseff, Haddad tem criado incômodos nas bases. O PT municipal prefere evitar prévias, mas avisou nesta quinta-feira, em resolução pública, que não há consenso com imposição. É uma resposta à rápida aglutinação em torno da necessidade de um candidato com um perfil novo e mais palatável. Nas palavras de um interlocutor do grupo de Haddad, Marta Suplicy e Aloizio Mercadante são candidatos que batem na trave, mas o PT precisa marcar gol na prefeitura e governo de São Paulo em 2012 e 2014.
- Lula tem sido cuidadoso, conhece o PT. Ele tem a opinião dele, mas agora cabe a Haddad entrar em campo. Não temos nada contra ele, vamos recebê-lo bem. Sabemos que ele é um petista antigo, mas que não militou no dia a dia. Mas isso também não tem mistério. Depois da terceira reunião, vai tirar de letra - disse o presidente do diretório municipal do PT, o vereador Antonio Donato.
Na resolução da executiva municipal, o partido afirma estar unido com os dirigentes estaduais e nacionais por uma candidatura de consenso. “Mas esse consenso não será verdadeiro caso seja imposto”, diz o texto.
No grupo petista mobilizado em torno de Haddad, a maior preocupação é minimizar rusgas com Marta.
A senadora já mandou sinais de que não ficará de braços cruzados, ainda que esteja “enfrentando o Lula”.
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