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quarta-feira, 18 de junho de 2025

🌵 Lápides em Movimento: O Extermínio Geopolítico Silencioso

 🌵Olhos do Sertão

 

Lápides em Movimento: o Extermínio Geopolítico Silencioso

Vivemos num mundo onde as pedras se movem.
Pedras pesadas, como lápides.
Elas se mexem não por milagre, mas por resistência.

Sob elas, não há mortos em paz.
Há nações inteiras soterradas por sanções, embargos, bloqueios.
Enterradas vivas sob o peso da geopolítica imposta pelos impérios de nosso tempo.

Essa imagem, pedras se mexendo como lápides, me veio como um eco da história recente. Um aviso.
Ela fala do que acontece quando um país ousa trilhar um caminho autônomo.
Quando decide que sua soberania, sua economia e sua cultura não estarão à venda nas bolsas de valores de Washington, Londres ou Tel Aviv.

 

É quando começa o extermínio geopolítico.
Um processo frio, calculado e cruel.
Um assassinato de economias, sem bombas, mas com juros.
Sem tanques, mas com bloqueios.
Sem invasões, mas com sabotagens.

Basta que uma nação levante a cabeça e diga “não” e ela se torna um alvo.
Irã, Venezuela, Cuba, Coreia do Norte, Síria, Bolívia, Nicarágua, Palestina...
A lista é longa e aumenta a cada tentativa de autonomia, de autodeterminação.

O Império moderno não precisa mais de guerras convencionais.
Ele
mata com sanções.
Congela ativos, isola mercados, quebra moedas, corrompe governos, infiltra narrativas.
E tudo isso com a chancela da “ordem internacional”, como se fosse normal um país sufocar outro até a asfixia.

Essas lápides que se movem são os sinais de que os povos enterrados não morreram.
Eles resistem.
Nas ruas, nas urnas, nas redes subterrâneas da economia.
Mesmo sob a terra da propaganda, da censura e da chantagem,
a vida pulsa.

Vivemos tempos de guerra não declarada.
O terrorismo de Estado agora veste terno, fala inglês fluente e usa o dólar como bala.
Quem não se ajoelha, é destruído.
E quem resiste, vira manchete distorcida.

Mas as pedras se mexem.
As lápides não dormem.
E os enterrados jamais aceitarão a paz dos cemitérios


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