Presidente atacou gestões dos tucanos em São Paulo e disse que tarifa de pedágio 'é roubo' O
Estado de S.Paulo
Liderados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os petistas deram largada nesta sexta-feira, 20, em Osasco, à campanha eleitoral no Estado de São Paulo. Deixaram claro que apostam todas as fichas numa vitória de Dilma Rousseff (PT) à Presidência no primeiro turno e vão concentrar esforços para eleger Aloizio Mercadante para o governo do Estado.
"A campanha começou há poucos dias, nós começamos uma briga, temos de trabalhar é pensando no primeiro turno desta eleição. Imagina se o lutador de boxe entra no ringue e fala: ‘ah, se eu perder aqui, vou ganhar na outra’. Ora, meu Deus do céu. É importante acabar com essa bobagem de achar que o outro já está lá", afirmou o presidente, fazendo comparação com o fraco desempenho do Corinthians na Taça Libertadores da América. Segundo Lula, o time apostou numa vitória num segundo jogo que não foi concretizada.
O presidente pediu votos para Mercadante e fez duras acusações às gestões dos tucanos no Estado. "Isso é roubo", disse, referindo-se aos preços de pedágios nas estradas paulistas e fazendo comparações.
Ele também deixou clara a estratégia de priorizar a campanha em São Paulo. Segundo ele, o candidato a vice, Michel Temer, cuidará da capital, enquanto a militância precisa buscar votos pelo interior. "Precisamos começar a viajar o Estado, e começar a ir para a rua, começar a ir para porta de metrô, para porta de ônibus." E apelou para que a campanha seja feita "com emoção".
"Vou fazer o que estiver ao meu alcance para fazer o Aloizio ser o governador de São Paulo", afirmou Lula. "Você tem oportunidade extraordinária de ganhar. Não só porque você é melhor, mas porque você pode fazer inovações em São Paulo que precisam ser feitas, porque essa turma que está aí, que parece que muda de vez em quando, eles estão governando São Paulo desde 1982."
O presidente fez críticas diretas aos candidato tucano Geraldo Alckmin e chamou o presidenciável José Serra de "arrogante". "Aqui em São Paulo vocês podiam perguntar a Alckmin quem é que cuida desse povo de São Paulo, com mais de 1 milhão recebendo Bolsa-Família. Aqui nem o ProJovem, nem isso eles fizeram aqui porque tudo o que era política do governo federal eles fingiam que não eram com eles. Um ministro meu para marcar audiência com o governador, que agora é adversário da Dilma, demorava seis meses porque eles eram muito arrogantes. Essa falta de humildade, de não reconhece sequer o dinheiro que nós passamos para o Estado. Eu duvido que o adversário tenha recebido do presidente do partido dele, quando era presidente da República, 50% do dinheiro que eu passei para o governador deles", disse, criticando, dessa vez, o antecessor, Fernando Henrique Cardoso.
Pro-Uni. Dilma também atacou os tucanos, sobretudo ao falar do Bolsa-Família e do Pro-Uni. Disse que a oposição trabalhou para minar os dois programas. Citou ação do DEM contra o Pro-Uni no Supremo Tribunal Federal. "Nós fizemos o Bolsa-Família, no momento mais difícil, quando faltava dinheiro logo no início do governo", afirmou.
Em tom de "já ganhou", como se não precisasse de votos ela própria, Dilma também pediu, em seu discurso, votos para Mercadante.
"Eu vim hoje aqui para pedir a vocês que deem a São Paulo a mesma oportunidade que o povo brasileiro deu para o presidente Lula", disse Dilma, iniciando a sua fala. "Estamos todos juntos pedindo a vocês que elejam Mercadante, para que São Paulo tenha a mesma oportunidade que o Brasil teve, nestes oito anos, de ser transformado."
Por fim, afirmou, confiante: ‘Eu vou ser a primeira presidenta do Brasil."
Trânsito atrasa presidente e comitiva
Lula foi o último a entrar no palco de Osasco e o único a ganhar mais aplausos que Netinho de Paula (PC do B-SP), candidato ao Senado. Lula foi apresentado como "o filho da dona Lindu" e Netinho como "o garoto que veio da Cohab de Carapicuíba para o mundo", "o homem do gueto".
O comício começou com aproximadamente uma hora de atraso. Lula tinha autorização para pousar de helicóptero num estádio de futebol ao lado do evento, mas, por ser municipal, Dilma e os demais aliados não poderiam usá-lo para não configurar uso da máquina pública. Por conta disso, vieram todos de carro, o que provocou o atraso, com o trânsito intenso. O prefeito de Osasco, Emídio de Souza, é coordenador da campanha de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo.
Vestida de vermelho, a primeira-dama, Marisa Letícia, encarnava uma militante petista ao lado de Dilma, de blusa azul claro. A candidata ao Senado, Marta Suplicy (PT), também de jaqueta vermelha, era uma das mais animadas. Estavam presentes os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Franklin Martins (Comunicação Social).
Imiscuído num reduto petista, o candidato a vice-presidente, Michel Temer (PMDB), quase não foi aplaudido, por não ser conhecido pela maior parte do eleitorado presente. O presidente nacional do Sebrae, Paulo Okamoto, teve a presença no palco anunciada com destaque pelo locutor.
Além de uma foto de Mercadante como cenário de fundo, ao lado do presidente Lula e dos candidatos ao Senado Marta Suplicy e Netinho de Paula, as imensas faixas que enfeitavam a frente do palco pediam votos para Dilma. O jingle do candidato petista ao governo de São Paulo tampouco foi ouvido durante o comício. Apenas o locutor, que esquentava o público antes do início dos discursos, convocada o povo a votar em Mercadante, "porque São Paulo precisa mudar", dizia.
Apostando em uma possível vitória de Dilma em primeiro turno, o PT nacional promete concentrar todos os esforços para acabar com a hegemonia do PSDB em São Paulo. Os tucanos estão há 16 anos à frente do governo paulista e despontam com 51% de intenção de votos para o candidato Geraldo Alckmin.
Liderados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os petistas deram largada nesta sexta-feira, 20, em Osasco, à campanha eleitoral no Estado de São Paulo. Deixaram claro que apostam todas as fichas numa vitória de Dilma Rousseff (PT) à Presidência no primeiro turno e vão concentrar esforços para eleger Aloizio Mercadante para o governo do Estado.
"A campanha começou há poucos dias, nós começamos uma briga, temos de trabalhar é pensando no primeiro turno desta eleição. Imagina se o lutador de boxe entra no ringue e fala: ‘ah, se eu perder aqui, vou ganhar na outra’. Ora, meu Deus do céu. É importante acabar com essa bobagem de achar que o outro já está lá", afirmou o presidente, fazendo comparação com o fraco desempenho do Corinthians na Taça Libertadores da América. Segundo Lula, o time apostou numa vitória num segundo jogo que não foi concretizada.
O presidente pediu votos para Mercadante e fez duras acusações às gestões dos tucanos no Estado. "Isso é roubo", disse, referindo-se aos preços de pedágios nas estradas paulistas e fazendo comparações.
Ele também deixou clara a estratégia de priorizar a campanha em São Paulo. Segundo ele, o candidato a vice, Michel Temer, cuidará da capital, enquanto a militância precisa buscar votos pelo interior. "Precisamos começar a viajar o Estado, e começar a ir para a rua, começar a ir para porta de metrô, para porta de ônibus." E apelou para que a campanha seja feita "com emoção".
"Vou fazer o que estiver ao meu alcance para fazer o Aloizio ser o governador de São Paulo", afirmou Lula. "Você tem oportunidade extraordinária de ganhar. Não só porque você é melhor, mas porque você pode fazer inovações em São Paulo que precisam ser feitas, porque essa turma que está aí, que parece que muda de vez em quando, eles estão governando São Paulo desde 1982."
O presidente fez críticas diretas aos candidato tucano Geraldo Alckmin e chamou o presidenciável José Serra de "arrogante". "Aqui em São Paulo vocês podiam perguntar a Alckmin quem é que cuida desse povo de São Paulo, com mais de 1 milhão recebendo Bolsa-Família. Aqui nem o ProJovem, nem isso eles fizeram aqui porque tudo o que era política do governo federal eles fingiam que não eram com eles. Um ministro meu para marcar audiência com o governador, que agora é adversário da Dilma, demorava seis meses porque eles eram muito arrogantes. Essa falta de humildade, de não reconhece sequer o dinheiro que nós passamos para o Estado. Eu duvido que o adversário tenha recebido do presidente do partido dele, quando era presidente da República, 50% do dinheiro que eu passei para o governador deles", disse, criticando, dessa vez, o antecessor, Fernando Henrique Cardoso.
Pro-Uni. Dilma também atacou os tucanos, sobretudo ao falar do Bolsa-Família e do Pro-Uni. Disse que a oposição trabalhou para minar os dois programas. Citou ação do DEM contra o Pro-Uni no Supremo Tribunal Federal. "Nós fizemos o Bolsa-Família, no momento mais difícil, quando faltava dinheiro logo no início do governo", afirmou.
Em tom de "já ganhou", como se não precisasse de votos ela própria, Dilma também pediu, em seu discurso, votos para Mercadante.
"Eu vim hoje aqui para pedir a vocês que deem a São Paulo a mesma oportunidade que o povo brasileiro deu para o presidente Lula", disse Dilma, iniciando a sua fala. "Estamos todos juntos pedindo a vocês que elejam Mercadante, para que São Paulo tenha a mesma oportunidade que o Brasil teve, nestes oito anos, de ser transformado."
Por fim, afirmou, confiante: ‘Eu vou ser a primeira presidenta do Brasil."
Trânsito atrasa presidente e comitiva
Lula foi o último a entrar no palco de Osasco e o único a ganhar mais aplausos que Netinho de Paula (PC do B-SP), candidato ao Senado. Lula foi apresentado como "o filho da dona Lindu" e Netinho como "o garoto que veio da Cohab de Carapicuíba para o mundo", "o homem do gueto".
O comício começou com aproximadamente uma hora de atraso. Lula tinha autorização para pousar de helicóptero num estádio de futebol ao lado do evento, mas, por ser municipal, Dilma e os demais aliados não poderiam usá-lo para não configurar uso da máquina pública. Por conta disso, vieram todos de carro, o que provocou o atraso, com o trânsito intenso. O prefeito de Osasco, Emídio de Souza, é coordenador da campanha de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo.
Vestida de vermelho, a primeira-dama, Marisa Letícia, encarnava uma militante petista ao lado de Dilma, de blusa azul claro. A candidata ao Senado, Marta Suplicy (PT), também de jaqueta vermelha, era uma das mais animadas. Estavam presentes os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Franklin Martins (Comunicação Social).
Imiscuído num reduto petista, o candidato a vice-presidente, Michel Temer (PMDB), quase não foi aplaudido, por não ser conhecido pela maior parte do eleitorado presente. O presidente nacional do Sebrae, Paulo Okamoto, teve a presença no palco anunciada com destaque pelo locutor.
Além de uma foto de Mercadante como cenário de fundo, ao lado do presidente Lula e dos candidatos ao Senado Marta Suplicy e Netinho de Paula, as imensas faixas que enfeitavam a frente do palco pediam votos para Dilma. O jingle do candidato petista ao governo de São Paulo tampouco foi ouvido durante o comício. Apenas o locutor, que esquentava o público antes do início dos discursos, convocada o povo a votar em Mercadante, "porque São Paulo precisa mudar", dizia.
Apostando em uma possível vitória de Dilma em primeiro turno, o PT nacional promete concentrar todos os esforços para acabar com a hegemonia do PSDB em São Paulo. Os tucanos estão há 16 anos à frente do governo paulista e despontam com 51% de intenção de votos para o candidato Geraldo Alckmin.
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