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domingo, 7 de março de 2010

Eduardo Guimarães: Veja requenta ‘escândalo’ de 2005



Àté as 19h02m de 6 de março de 2010, sábado, nenhum dos grandes portais de internet (G1, IG, Terra e UOL) havia destacado em primeira página matéria de capa da revista Veja deste fim de semana.

Em contrapartida, os blogueiros Noblat, Josias de Souza e Reinaldo Azevedo repercutiram. Este último, aliás, pediu “prisão” para os acusados.

A razão da frieza que fez tardar a repercussão da mais nova “denúncia” da desacreditada publicação paulista, porém, não se deve só à bizarria que ronda uma tática que não surtiu quase nenhum resultado nas dezenas de vezes em que foi usada.

O caso Bancoop arrasta-se há pelo menos cinco anos. De vez em quando volta à mídia, quando esta acha que daquela vez, vai. Será agora?

Confiram o que diz a Wikipédia (juro por Deus, a denúncia é tão velha que já virou até verbete de enciclopédia) sobre o recorrente escândalo anti-PT do atucanado Ministério Público paulista.


Escândalo da Bancoop

Escândalo da Bancoop foi o nome dado pela mídia brasileira ao suposto uso da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) para beneficiar o caixa do Partido dos Trabalhadores (PT) nos anos de 2004 e 2005.

Histórico

Fundada em 1996 pelo deputado federal Ricardo Berzoini (atual presidente do Partido dos Trabalhadores), a Bancoop vem sendo investigada pelo Ministério Público desde 2007, por suspeitas de lavagem de dinheiro, superfaturamento e desvio de recursos. Um dos indícios da malversação é a situação financeira da empresa. Outrora uma das mais importantes construtoras de imóveis do estado de São Paulo, com mais de 15 mil cooperados, e mesmo tendo recebido vultosos aportes financeiros, somando mais de R$ 40 milhões a partir de 2003, por parte de fundos de pensão, transformou-se numa empresa com um déficit estimado em mais de R$ 100 milhões.

Entre os crimes atribuídos aos dirigentes da Bancoop (sindicalistas, em grande maioria) estão o da criação de empresas de fachada para desviar recursos da cooperativa. Uma destas empresas, a Mizu Gerenciamento e Serviços, efetuou pequenas doações ao PT em outubro de 2002, pouco antes do segundo turno das eleições. Segundo o promotor José Carlos Blat que comanda as investigações, este é um forte indício de que a Bancoop estava sendo usada para abastecer o Caixa 2 do PT muito antes do esquema montado por Marcos Valério e que resultou no Escândalo do Mensalão. Em 2004, por exemplo, empresas ligadas à Bancoop (Germany e Planner) contribuíram com R$ 120 mil para a campanha do PT em Praia Grande.

Notícias sobre as vinculações suspeitas da Bancoop com o Partido dos Trabalhadores pipocam na imprensa brasileira desde pelo menos 2005 Em 2006, foi aberta uma representação junto ao Ministério Público para apuração de inúmeras irregularidades, incluindo a criação por dirigentes da Bancoop de empresas de fachada que servem à própria cooperativa (entre elas, Conservix, Germany, Mirante, Master Fish e Vita), atrasos na entrega dos imóveis e cobrança de taxas espúrias, mesmo de cooperados que já haviam quitado suas prestações (sob pena de perder o imóvel). Um inquérito foi instaurado em junho de 2007 e a investigação ainda está em curso.

Defesa dos envolvidos

Acusado numa reportagem exibida pela TV Bandeirantes em 24 de março de 2008, quanto ao seu envolvimento no escândalo da Bancoop, Ricardo Berzoini defendeu-se em nota pública, afirmando desconhecer quaisquer doações ou vínculos financeiros da cooperativa com o PT e informando estar afastado da Bancoop desde dezembro de 2002.

A Bancoop também emitiu nota criticando a matéria exibida na TV Bandeirantes, declarando-se como entidade apartidária e que jamais financiou campanhas eleitorais. Foi negada igualmente qualquer possibilidade de insolvência da empresa. Conforme diz ipsis litteris a nota, caso ocorresse inadimplência de seus cooperados que deixassem de pagar à Bancoop, a conseqüência seria a paralização [sic] das obras, nada mais

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