Certos setores da mídia brasileira cresceram a partir das migalhas que caíam das mesas dos generais ditadores nesse país.
E aprenderam a ser americanófilos (o que vem dos EUA é melhor do que o Brasil - essa gente e seus filhotes conhecem as vielas de Nova York, mas não conhecem as belas cidades nordestinas).
Franklin Martins, Celso Amorim e o grande Marco Aurélio Garcia foi um trio que deu grande dimensão ao governo do presidente Lula.
Lula elogia nomeação de Celso Amorim
Autor(es): » Cristiane Bonfanti
Correio Braziliense - 06/08/2011
DEFESA
Novo ministro é um "homem de Estado" e poderia "ocupar qualquer pasta", diz ex-presidente da República durante evento na Colômbia
Bogotá — O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou a escolha de Celso Amorim para comandar o Ministério da Defesa. A seu ver, ao nomear o ex-chanceler para o cargo, a presidente Dilma Rousseff demonstrou confiança no diplomata e na sua capacidade de gestão em uma área delicada. “Penso que, quando a gente analisa a competência intelectual, a competência de homem de Estado do Celso Amorim, há poucos iguais a ele no Brasil. Ele está qualificado para ocupar qualquer pasta”, avaliou.
Lula também disse que Nelson Jobim, demitido na quinta-feira, vinha fazendo “um trabalho extraordinário”. “A presidente escolheu bem. Acho que não deveria ter ocorrido o que aconteceu. Não sei o que houve com o ministro Jobim, que era altamente qualificado para o cargo, mas aconteceu. Então, agora, é tocar o barco. E, como diria um bom sindicalista, a luta continua”, comentou o ex-presidente. Jobim saiu do governo devido a declarações atribuídas a ele pela revista Piauí, nas quais criticou as ex-colegas Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil). Ele já havia declarado ter votado no tucano José Serra nas eleições presidenciais do ano passado — revelação que irritou os petistas e a própria presidente Dilma Rousseff — e causou constrangimentos ao Planalto na festa em homenagem aos 80 anos de Fernando Henrique Cardoso.
Sobre a reação negativa de oficiais do Exército em relação ao nome de Amorim, o ex-presidente Lula foi incisivo. “Não sei se cabe aos militares gostar ou não gostar. Quando a presidente indica uma pessoa, ela está indicada. Ela é chefe das Forças Armadas, indicou o ministro e acabou. Não se discute, sabe? (O ministro) tem de assumir, começar a trabalhar para sabermos se vai ou não vai fazer o que precisa ser feito”, ponderou.
Demissões
Ao falar sobre a demissão de três ministros em sete meses (além de Jobim, saíram Alfredo Nascimento, dos Transportes; e Antonio Palocci, da Casa Civil), Lula não considerou o número alto. “Às vezes, pode sair até mais. É sempre assim. Quando você vai tirar um ministro e toma a decisão, é tudo muito sofrido. Mas, quando chega a época das eleições, aparecem 30 para pedir para sair e ninguém questiona. O Brasil está preparado para qualquer coisa”, argumentou. Na quinta-feira, o ex-presidente participou de um fórum de investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e, ontem, fez uma palestra sobre desnutrição infantil. Na ocasião, recebeu a 8ª edição do Prêmio pela Nutrição Infantil, da Fundação Êxito, que premia projetos que contribuem para a melhora da alimentação de crianças na Colômbia.
Nota de repúdio
Deputadas e senadoras do PT publicaram ontem uma nota de repúdio ao ex-ministro Nelson Jobim por ter declarado que as ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil) “não conhecia Brasília” e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) era “fraquinha”. As petistas afirmam que as avaliações de Jobim demonstram “profunda violência a todas as mulheres”. “Queremos expressar nosso repúdio pela violência de um ministro que sempre desfrutou de todo o respeito e consideração das bancadas femininas na Câmara e no Senado Federal.” A nota diz ainda que “classificar as ministras como incompetentes e incapazes pode ser caracterizado como violência psicológica e moral”.
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