Economista afirma que o Brasil poderá ter menos impactos da crise americana com profunda recessão e repercussão nos mercados, principalmente na Europa.
E o mercado interno brasileiro continuará crescendo. E tudo isso, graças ao presidente Lula que aumentou a relação Sul-Sul e a dependência do mercado interno, reduzindo a dependência dos EUA.
Se o Brasil fosse governado por demotucanos já estaria desgraçado porque esse pessoal é serviçal incondicional dos EUA.
Eles têm mentes colonizadas, apesar da podridão desse sistema neoliberal aflorando e desempregando os trabalhadores.
Eles têm mentes colonizadas, apesar da podridão desse sistema neoliberal aflorando e desempregando os trabalhadores.
Economia dos EUA viverá profunda recessão, prevê professor
Ana Cláudia Barros
Terra Magazine
A elevação do teto da dívida americana, aprovada no Senado no limite do prazo, pode evitar o calote dos Estados Unidos, mas não abrevia os problemas que terão que enfrentar. Para o chefe do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UNB), Joaquim Pinto de Andrade, a previsão é que o País viva, nos próximos meses, um período de "profunda recessão", o que, inevitavelmente, terá reflexos mundiais.
- O pacote (para a redução do déficit), da forma como foi aprovado, provavelmente vai implicar numa recessão bastante acentuada. Não deixa muito claro como essa recuperação se dará num período mais longo. Tudo vai depender do timing da contenção de despesas e da qualidade dessa contenção. Moral da história: acho que a economia vai entrar num período de recessão, maior do que está. A coisa pode ser mais séria do que estamos pensando. Isso será muito ruim para a reeleição do (presidente Barack) Obama, mas pode ser também muito ruim para os republicanos, que mostraram uma lógica pouco sustentável. A sociedade americana ficou perplexa e o mundo também.
Andrade aposta numa perda de espaço dos Estados Unidos para os emergentes e chama de "irresponsável" a postura do Congresso americano, que "colocou a política acima da sociedade e da economia", afetando a confiança no País, antes uma referência de "bom pagador".
Brasil
Para o economista, os impactos da crise americana, entretanto, não devem ser sentidos com tanta intensidade no Brasil.
- As importações americanas vão cair violentamente. Isso terá um reflexo muito grande nos países que dependem do mercado dos Estados Unidos. O Brasil, felizmente, diminuiu muito a dependência. Se os Estados Unidos caem, a Europa cai também. A nossa dependência em relação aos países de renda alta e média será colocada em xeque. Talvez, o Brasil esteja numa situação levemente favorável, porque começou a se associar a economias não Norte-Sul, mas Sul-Sul. De alguma maneira, estamos mais blindados do que as demais economias, dependendo menos dos EUA. Essa blindagem se dá tanto pelo câmbio quanto pelo mercado interno fortalecido.
Andrade prevê ainda uma diminuição da dependência brasileira em relação ao mercado europeu, que deve ser mais diretamente afetado pela recessão americana.
- Vamos ter que nos virar com as economias emergentes. Vai ser uma relação Sul-Sul que já estava se esboçando e agora vai se tornar mais profunda. Os mercados vão ser provavelmente muito mais mercados chineses, asiáticos, terceiro mundo, eventualmente. Então, vai haver uma mudança na composição e a economia doméstica, o mercado interno, provavelmente pode continuar crescendo. Graças ao (ex-pesidente) Lula, de alguma maneira, que aumentou a relação Sul-Sul e a dependência do mercado interno. Talvez, nessa "rebordosa" toda, o Brasil se saia bem, no sentido de que a Europa, os países ricos vão ser mais atingidos do que os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Vamos ser obrigados a reduzir as exportações ainda mais, mas a economia está preparada para isso, já que o setor externo está se estrangulando e o mundo vai importar menos ainda. Talvez o Brasil se feche. Ele tem algum preparo para isso, uma vez que o mercado interno está muito forte.
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