Dilma abre 17 pontos sobre Serra e venceria no primeiro turno
Em editorial desse sábado, a Folha de S. Paulo detona a estratégia tucana nessas eleições, principalmente o uso de imagens do presidente Lula no programa eleitoral:
Comentários: só agora os jornalistas demotucanos reconhecem que o que explica o fenômeno Dilma é o êxito econômico e social do governo Lula. Tardiamente eles reconhecem o sucesso deste governo ao cuidar do povo brasileiro.
Folha de S.Paulo - Depois de três dias de propaganda eleitoral no rádio e na TV, a candidata à Presidência, Dilma Rousseff (PT), dobrou sua vantagem sobre seu principal a adversário, José Serra (PSDB), e seria eleita no primeiro turno se a eleição fosse hoje. Segundo pesquisa Datafolha realizada ontem em todo o país, com 2.727 entrevistas, Dilma tem hoje 47%, contra 30% de Serra. Na semana anterior, na pesquisa feita entre os dias 9 a 12, a petista estava com 41% contra 33% do tucano. A diferença de 8 pontos subiu para 17 pontos. Marina Silva (PV) oscilou negativamente um ponto e está com 9%. A margem de erro máxima do levantamento é de dois pontos percentuais.
Candidatos de partidos pequenos não pontuaram. O percentual dos que dizem votar em branco, nulo ou nenhum é de 4%. E os indecisos somam 8%.
Quando são calculados só os votos válidos, os que são dados aos candidatos (desconsiderados os brancos e os nulos), Dilma vai a 54%. Ou seja, teria acima de 50% e ganharia a disputa em 3 de outubro.
Os que viram o horário eleitoral alguma vez desde que começou, na terça-feira, são 34%. Entre os que assistiram a propaganda, Dilma tem 53% e Serra, 29%. Já entre as mulheres, Dilma lidera pela primeira vez. Na semana anterior, havia empate entre ela e Serra, em 35%. Agora, a petista abriu 12 pontos de frente nesse grupo: 43% contra 31% de Serra. A liderança de Dilma no eleitorado masculino é maior do que entre o feminino: tem 52% contra 30% de Serra.
A petista cresceu ou oscilou positivamente dentro da margem de erro em todos os segmentos pesquisados pelo Datafolha, exceto entre os de maior renda (acima de dez salários mínimos mensais). Dilma tinha 28% de intenção de voto entre os mais ricos e manteve esse percentual. Serra recuou de 44% para 41%.
Hoje, o tucano não lidera em nenhuma região do país. Seu melhor desempenho é o empate técnico no Sul (40% contra 38% de Dilma). No Sudeste, ele perde de 42% a 33%. No Norte/Centro-Oeste, Dilma tem 50% contra 27% do tucano. No Nordeste, a petista tem 60% contra apenas 22% do rival.
Na pesquisa espontânea, em que eleitores declaram voto sem ver lista de candidatos, Dilma foi de 26% para 31%. Serra foi de 16% a 17%. Lula ainda tem 1%. Na disputa de um segundo turno, Dilma teria 53% contra 39% de Serra. Há uma semana, a petista tinha 49% e o tucano, 41%.
Foto: Eliária Andrade / Agência O Globo |
Em editorial desse sábado, a Folha de S. Paulo detona a estratégia tucana nessas eleições, principalmente o uso de imagens do presidente Lula no programa eleitoral:
Diz o colunista Fernando de Barros e Silva, também na Folha:
"[...] Do ponto de vista político, todavia, a campanha de Serra parece ter recebido seu atestado de óbito com a divulgação da pesquisa Datafolha que mostra uma diferença acachapante a favor da petista Dilma Rousseff. A situação já era desesperadora. Sintoma disso foi o programa do horário eleitoral que foi ao ar na quinta-feira no qual o principal candidato de oposição ao governo Lula tenta aparecer atrelado... ao próprio Lula. [...]
[...] Mais difícil ainda, contudo, quando em vez de um político disposto a levar adiante suas próprias convicções, o que se viu foi um personagem errático, não raro evasivo, que submeteu o cronograma da oposição ao cálculo finório das conveniências pessoais, que se acomodou em índices inerciais de popularidade, que preferiu o jogo das pressões de bastidor à disputa aberta, e que agora se apresenta como "Zé", no improvável intento de redefinir sua imagem pública.
Não é do feitio deste jornal tripudiar sobre quem vê, agora, o peso dos próprios erros, e colhe o que merece. Intolerável, entretanto, é o significado mais profundo desse desesperado espasmo da campanha serrista. Numa rudimentar tentativa de passa-moleque político, Serra desrespeitou não apenas o papel, exitoso ou não, que teria a representar na disputa presidencial. Desrespeitou os eleitores, tanto lulistas quanto serristas.
O Datafolha de hoje, com Dilma Rousseff abrindo 17 pontos de vantagem sobre José Serra, indica que o destino da eleição presidencial está praticamente selado. A não ser em caso de uma reviravolta brusca e muito improvável no quadro eleitoral, o cenário que se desenha é o de uma avalanche, com a aclamação já no dia 3 de outubro da candidata que Lula tirou do bolso para sucedê-lo. [...]Blog do Alexandre Porto
[...] Sem prejuízo desses fatores, o que explica o fenômeno Dilma é o êxito econômico e social do governo Lula. O resto é acessório. Daqui em diante, a crise na oposição tende a ganhar dimensões de catástrofe natural. Haverá a aceleração previsível da debandada e movimentos de adesão ao transatlântico de Dilma.
Comentários: só agora os jornalistas demotucanos reconhecem que o que explica o fenômeno Dilma é o êxito econômico e social do governo Lula. Tardiamente eles reconhecem o sucesso deste governo ao cuidar do povo brasileiro.
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