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segunda-feira, 16 de junho de 2025

🌵 Israel como Proxy Nuclear dos EUA? Uma leitura crítica da guerra e do sionismo militarizado

Não se enganem, esta é um guerra dos EUA contra o Irã. Tudo planejado, negociações para parecer que foi Israel fez a agressão ao Irã de forma independente. O objetivo dos EUA é apagar o Irã do planeta. Veja o vídeo abaixo e análise crítica - Mísseis do Irã detonam Domo de Ferro e Israel passa vergonha .

 

  🌵 Por Olhos do Sertão

 Israel como Proxy Nuclear dos EUA? Uma leitura crítica da guerra e do sionismo militarizado

A partir da recente Operação Verdadeira Promessa 3, quando o Irã lançou mísseis contra diversas cidades israelenses em resposta a provocações e ataques anteriores, cresce o debate global sobre o real papel de Israel na política externa dos Estados Unidos e na instabilidade do Oriente Médio.

Israel como base armada dos EUA no Oriente Médio

Segundo o analista militar Brian Berletic, Israel funciona como uma espécie de "porta-aviões fixo" com bomba atômica no Oriente Médio, operando como um proxy militar dos interesses norte-americanos na região. Isso explicaria, por exemplo:

  • O constante financiamento militar bilionário dos EUA a Israel;
  • A complacência do Ocidente com as políticas de ocupação, apartheid e bloqueio;
  • A blindagem diplomática de Israel em fóruns internacionais, mesmo diante de denúncias de crimes de guerra e violações do direito internacional humanitário.

 O sionismo como projeto político de dominação

É fundamental distinguir:

  • O judaísmo (religião);
  • O povo judeu (grupo histórico e cultural diverso);
  • E o sionismo, que é um projeto político nacionalista, idealizado no final do século XIX por Theodor Herzl no livro O Estado Judeu (1896).

O sionismo político se apresenta como uma resposta às perseguições sofridas pelos judeus na Europa, mas rapidamente se tornou:

  • Um projeto colonial moderno apoiado pelo imperialismo britânico e, depois, estadunidense;
  • Uma ideologia de supremacia étnico-religiosa, que defende um Estado exclusivamente judeu em uma terra habitada por diversos povos (principalmente palestinos);
  • Um motor de desestabilização regional, ao provocar guerras com vizinhos árabes, fomentar divisões sectárias e usar a força militar para expandir seu território de maneira contínua (basta ver os assentamentos ilegais na Cisjordânia).

Israel, bomba nuclear e hipocrisia internacional

Israel:

  • Nunca admitiu oficialmente possuir armas nucleares;
  • Nunca assinou o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP);
  • No entanto, possui um arsenal estimado entre 80 e 400 ogivas nucleares, segundo fontes internacionais.

Enquanto isso, países como o Irã são duramente punidos e monitorados por tentarem desenvolver capacidades nucleares, mesmo que para fins civis. Isso revela uma clara hipocrisia nas regras do jogo internacional, controlado pelos interesses das grandes potências.

E o papel do Irã?

O Irã se apresenta como o principal contraponto ao projeto sionista e imperialista na região:

  • Apoia grupos de resistência como o Hezbollah, o Hamas e os Houthis;
  • Defende a causa palestina como bandeira diplomática e religiosa;
  • Tem sido alvo de sabotagens, sanções e ameaças militares constantes.

A operação de mísseis, ainda que tenha sido limitada, revelou:

  • A fragilidade do Domo de Ferro israelense diante de um ataque coordenado;
  • A reação desesperada de Netanyahu, que tenta arrastar os EUA (via Trump) para uma escalada mais ampla do conflito;
  • O início de um novo tempo, em que Israel deixa de ser intocável militarmente.

O que está em jogo.

O que está em jogo não é apenas uma guerra entre dois países. É a crise de um modelo de dominação geopolítica, fundado no mito do povo escolhido, na manipulação religiosa e na violência colonial. O sionismo, enquanto projeto de Estado com base no apartheid e na exclusão, parece cada vez mais insustentável, ética, política e militarmente.

Como sempre ensinou o sertão: o império pode parecer firme como rocha, mas o tempo, a resistência dos povos e a força da verdade escavam até as estruturas mais duras.

 

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