Valor Econômico - 24/01/2011
Em apenas uma década, a antiga vila de pescadores de Pecém deu lugar ao principal centro logístico do Ceará, um complexo industrial e portuário que deve movimentar 4 milhões de toneladas de carga este ano. "Se você considerar que o porto começou a operar em 2002, vê que é um resultado importante, mas o salto decisivo está por vir", diz Mário Lima Júnior, diretor de Desenvolvimento Comercial do porto de Pecém.
Assim como Suape, Pecém tem a vantagem de contar com ampla capacidade de expansão. "Temos 120 quilômetros quadrados para exploração industrial, o que nos favorece para apoiar projetos de porte, como a refinaria Premium II, da Petrobras e a siderúrgica da Vale, que estão sendo montadas na região", afirma Lima Júnior.
Os investimentos da Petrobras na refinaria são estimados em US$ 11,1 bilhões. A siderúrgica da Vale chega a US$ 6 bilhões. Com a chegada da ferrovia Transnordestina, que ligará o Estado a Pernambuco, Maranhão e Piauí, o porto de Pecém também se prepara para ampliar as operações na fronteira agrícola. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Pecém já se consolidou como liderança nacional na exportação de frutas e calçados.
Em 2010, foram exportadas 252 mil toneladas de frutas pelo porto, o que equivale a 37% do total movimentado pelos demais portos. Nas exportações de calçados, a movimentação anual atingiu 18 mil toneladas, o que representa 34% do total. De janeiro a outubro de 2010, segundo Lima Júnior, a movimentação de carga no porto subiu 68% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Para 2011, Lima Júnior projeta crescimento acima de 60%. O ano será marcado pelo início das operações da termelétrica Energia Pecém, parceria entre EDP e MPX, do empresário Eike Batista. O obra, que recebeu investimento de R$ 2,6 bilhões, deve entrar em operação nos próximos meses (AB)
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