Carta aos Militantes Petistas – 1
O deputado federal Emiliano José (PT-BA), que já foi presidente do PT da Bahia, acaba de divulgar uma “Carta aos Militantes Petistas”, a primeira de uma série. Ele convida a militância a refletir criticamente sobre a privatização da política. A “profissionalização”, o espírito de mercado, mata o conceito de militância – uma idéia generosa em busca de mudanças sociais. Emiliano José repõe no debate a idéia de revolução. Ele quer promover uma luta político-cultural. Vai enfrentar muita cara de deboche pela frente. Ele defende que política não é profissão, nem meio de vida. Política é a mais nobre das atividades humanas. Não é balcão de negócios. Um professor pode ser um extraordinário militante, assim como o médico, o operário, o feirante, o sem-terra, o soldado, a enfermeira...
Do atual sistema político-eleitoral surge essa espécie estranha que é o “profissional de política”. O militante vai perdendo o horizonte de sua própria vida. Não se pode, entretanto, ficar calado enquanto a reforma política não sai. O pragmatismo embrutece, tolda a visão e afasta o militante dos objetivos programáticos do Partido dos Trabalhadores. “Com ou sem reforma temos que lutar contra a mercantilização da vida política”, afirma ele. Ou acreditamos na capacidade de homens e mulheres se entregarem ao objetivo de mudar o mundo ou estaremos nos entregando ao deus-mercado, rendendo-nos à privatização da política, à lógica decaída do “toma-lá-dá-cá”. É instigante a “Carta aos Militantes Petistas - 1”. Estou esperando a número 2, número 3, número 4...
PARA LER NA ÍNTEGRA
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