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domingo, 22 de junho de 2025

Guerra no Irã foi planejada há anos.

 Brian Berletic — ex-fuzileiro naval dos EUA, autor e analista de relações internacionais — defende uma narrativa crítica à política externa de Trump com relação ao Irã. Aqui estão os principais pontos do seu argumento:


Guerra planejada há anos

Berletic afirma que a escalada contra o Irã não foi algo repentino nem impulsionado apenas pelo governo Trump; segundo ele, trata-se de uma estratégia de longo prazo articulada pelos EUA e seus aliados para enfraquecer o Irã estrategicamente. Ele sugere que mesmo as tentativas diplomáticas de Trump são dissimuladas, servindo como cobertura para interesses militares e econômicos, especialmente envolvendo o complexo industrial-militar dos EUA e poderes regionais como Israel e Arábia Saudita. marxist.com+15seguinte.inf.br+15geopol.pt+15

Diplomacia” como fachada

Embora Trump tenha apresentado-se como alguém à procura de acordos e até de paz — mencionando que “o Irã parece estar se acalmando” e que sanções seriam a principal arma —, Berletic argumenta que essa postura diplomática é um artifício para mascarar um plano mais agressivo. O foco real estaria em pressionar o Irã e mantê-lo sob cerco contínuo.


Assassinato de Qassem Soleimani: tentativa de estopim

Berletic destaca que o assassinato de Soleimani — general da Guarda Revolucionária — foi uma manobra deliberada de Trump para provocar o Irã, criar justificativas jurídica e moral para uma resposta militar mais ampla e gerar um clima de guerra que legitime futuras ofensivas. Isso está alinhado com a acusação de teoria de “presidência imperial” que busca confrontação direta. jacobin.com.br

Implicações geopolíticas maiores

A desaproximação do acordo nuclear (JCPOA), fortalecida por sanções e operações militares — inclusive cibernéticas —, teria um fim estratégico: minar as bases econômicas e de influência do Irã na região. O objetivo maior seria consolidar o domínio EUA-Israel-Arábia Saudita sobre o Oriente Médio e neutralizar o que Berletic chama de “Eixo da Resistência” (Irã, Síria, Hezbollah etc.). jacobin.com.br+9seguinte.inf.br+9aterraeredonda.com.br+9

Avaliação crítica

  • Diplomacia vs. belicismo: Berletic vê a retórica pacifista como instrumental — uma cortina de fumaça para estratégias reais de contenção e ataque.
  • Sanções como guerra econômica: Ele ressalta que medidas como sanções e isolamento econômico são parte de uma hostilidade contínua.
  • Pré-condição para conflito armado: Trump teria criado as condições para, se desejasse, desencadear um conflito aberto, inclusive envolvendo ataques cibernéticos ou militares limitados.

Contexto e repercussões

  • Especialistas militares, como o coronel Lawrence Wilkerson (ex-chefe de gabinete de Colin Powell), alertaram que um confronto com o Irã poderia custar até US $10 trilhões e se prolongar por uma década — algo que Berletic considera parte dos riscos calculados que Washington estaria disposto a correr aterraeredonda.com.br.
  • Organizações de esquerda — como Jacobin e World Socialist Web Site — classificaram decisões como a morte de Soleimani como escalada perigosa e postura de “presidência imperial”, echoando observações similares às de Berletic jacobin.com.br.

Conclusão

Berletic retrata o governo Trump não como um agente genuíno de paz, mas como um facilitador de longo prazo de políticas agressivas contra o Irã. A chamada “diplomacia” serviria para reforçar pressões econômicas, políticas e militares, preparando terreno para ações mais incisivas. Segundo ele, isso representa uma guerra híbrida planejada, com impacto dramático para a região e possível repercussão global.

 

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