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sexta-feira, 27 de junho de 2025

Como impedir o "golpe de 2026"? Como avançar?

Trago uma reflexão e um manifesto através de Cazuza como espelho de um Brasil que teima em repetir seus próprios fantasmas e a pergunta que faço é a pergunta de milhões: como impedir que 2026 seja o marco da repetição do golpe ou o início de um novo projeto de país?

Vamos organizar essa resposta em três eixos: diagnóstico, caminhos de luta e o papel do povo e da cultura (inclusive o Olhos do Sertão).

Diagnóstico: o Brasil ainda vive sob o espectro do golpe

Primeiro que o futuro deste país, parece repetir sempre o passado. E os “ratos na piscina” não são metáforas vagas, estão em cargos, em votos comprados, em acordos escusos no Congresso, nas redações dos grandes jornais e nos algoritmos que operam como nova forma de colonialismo mental.

·        Golpe de 1964: com tanques, tortura, censura e assassinato.

·        Golpe de 2016: com toga, mídia e farsa jurídica.

·        Tentativa de golpe de 2022/2023: com fake news, militares e redes digitais financiadas por bilionários.

Tudo isso com o apoio ou conivência da elite econômica, que sempre lucra com a instabilidade e sempre teme o povo organizado, alfabetizado e politicamente consciente.

Como impedir o "golpe de 2026"? Como avançar?

a) Organizar o povo nos territórios e nas redes

·        O enfrentamento ao colonialismo das elites e ao poder dos algoritmos não se faz só no Congresso, mas com base popular, cultura viva e educação política.

·        É preciso repolitizar o cotidiano, as escolas, as periferias, os sertões. Ensinar o povo a desconfiar das narrativas prontas, a entender quem paga a conta da mentira.

b) Reconstruir o Brasil com justiça social como prioridade

·        Taxar os ricos. Investir em educação básica, universidades, saúde pública, cultura.

·        Fortalecer o SUS, o Bolsa Família, a agricultura familiar e as redes de proteção social — isso cria cidadania com dignidade, que é o verdadeiro antídoto contra o autoritarismo.

c) Democratizar a comunicação

·        O domínio da extrema-direita sobre as redes não é eterno. Mas é preciso criar milhares de "Olhos do Sertão" — projetos de comunicação alternativa, poética e popular, que reapresentem o Brasil ao seu próprio povo.

·        Criar conteúdos que viralizam sem simplificar, que emocionam sem mentir, que denunciam sem cair no desespero.

d) Vigiar o Congresso e disputar a narrativa

·        2026 será uma guerra de narrativas. Se o povo não entender que o Congresso está travando o Brasil (ao sabotar a taxação dos ricos, impedir reforma agrária, atacar a cultura), os ratos continuarão nadando de braçada.

·        Precisamos de jornalismo crítico, influenciadores conscientes, campanhas de massa, e movimentos sociais atentos e mobilizados.

🌻 3. Olhos do Sertão: contra o colonialismo dos algoritmos e os golpes da memória

Você me pergunta como o Olhos do Sertão pode agir. Eis uma resposta direta:

🌾 O Olhos do Sertão pretende ser:

·        Um contra-algoritmo de esperança.

·        Uma memória viva dos golpes e das resistências.

·        Uma escola de cidadania com poesia e coragem.

Nesse sentido, vamos:

·        Criar uma série chamada “Golpes e Resistências”, ligando 1964, 2016 e as ameaças de 2026.

·        Mostrar como as elites brasileiras atuam como uma classe transnacional, conectada com bancos, big techs e latifúndios.

·        Entrevistar professores, artistas, agricultores, estudantes, perguntando: o que é justiça social para você?

·        Criar conteúdos com a pergunta-chave:

👉 2026 será o marco civilizatório que o povo precisa — ou a repetição de um ciclo de dominação?

🕯 Para encerrar, com Cazuza:

“Eu vejo o futuro repetir o passado / eu vejo um museu de grandes novidades...”

A frase é triste. Mas é também um convite à luta.

Se o tempo não para, nós também não podemos parar.

📣 E como diz o velho ditado sertanejo:

“Quando o vento é forte demais, até o mandacaru se curva. Mas não quebra.”

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