Ferro critica e cobra Globo por sonegação
"Uma emissora de televisão, como a TV Globo,
sonega, fala em reforma tributária e, no entanto, não cumpre os
procedimentos mais comezinhos da sua relação com o fisco brasileiro. Nós
aguardamos os comentários indignados da Miriam Leitão, do Jabor e do
imortal Merval Pereira", discursou o deputado Fernando Ferro (PT-PE), ao
comentar o caso em que a emissora é suspeita de sonegar ao comprar os
direitos de transmissão da Copa de 2002
247 - O deputado Fernando Ferro (PT-PE) criticou
duramente o caso de suspeita de sonegação da Rede Globo, revelado pelo
blog O Cafezinho, do jornalista Miguel do Rosário. Em discurso na
tribuna da Câmara, o petista lembrou que o episódio teve origem na
compra dos direitos de transmissão da Copa de 2002 junto à Fifa, e que a
emissora tentou fraudar a Receita Federal brasileira ao disfarçar a
aquisição do evento, através de uma operação nas Ilhas Virgens
Britânicas.
"Eu estranho a transação envolvendo a FIFA em interesse de
transmissão da qual a Globo participou. Houve inclusive a condenação do
João Havelange e do Ricardo Teixeira. A Rede Globo foi condenada porque
nessa transação sonegou recursos em paraísos fiscais, na verdade, nos
infernos fiscais", ironizou o parlamentar.
O deputado disse que "na época, valores de 2006, a dívida da Globo
era de 615 milhões". "Hoje, já passa de 1 bilhão. E o curioso é que o
processo desapareceu pelas mãos de uma funcionária que foi processada,
inclusive, demitida e estava presa", seguiu, complementando: "Entrou em
cena o ministro Gilmar Mendes, que lhe concedeu uma liminar e a
liberou".
Comentaristas
O deputado cobrou uma manifestação de alguns dos principais
comentaristas da Globo sobre o assunto. "Uma emissora de televisão, como
a TV Globo, sonega, fala em reforma tributária e, no entanto, não
cumpre os procedimentos mais comezinhos da sua relação com o fisco
brasileiro. Nós aguardamos os comentários indignados da Miriam Leitão,
do Jabor e do imortal Merval Pereira", concluiu Ferro.
A Rede Globo afirmou em nota oficial para assegurar que que não
possuía pendências com a Receita. A informação foi contestada em
reportagem do jornalista Rodrigo Vianna no blog Escrevinhador pela mesma
fonte que denunciou o caso a Miguel do Rosário. O Ministério Público do
Distrito Federal abriu investigação para apurar o caso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário