Impressionante a armação revelada por uma leitora da Folha e publicada por Luiz Carlos Azenha no Viomundo.
Conta a história de um médico que aparece como fonte de um suposto
movimento de desistência do programa “Mais Médicos”, pelo fato de este
ser uma bolsa e, portanto, não pagar 13º salário e não recolher FGTS.
É obvio que se fosse para admitir médicos no serviço público, o
Governo estaria preso aos critérios normais da administração: o contrato
não poderia ter prazo determinado, nem lugar de exercício profissional
determinado, nem os critérios de avaliação de desempenho que possui.
FGTS também não teria, pois não o tem os servidores.
Mas voltemos à história da Folha.
Ela usa como exemplo dos médicos que estariam “desistindo” da
inscrição para o “Mais Médicos” um certo cidadão que é médico do
Hospital Sírio-Libanês, dá consultas particulares a R$ 450, é integrante
do corpo clínico do Hospital da Clínicas da USP e ainda diretor de um
projeto privado de que atende pacientes na favela de Heliópolis a R$ 40,
segundo ele o valor que receberia por consulta dos planos de saúde.
Todos sabem que há um movimento de médicos que se inscreveram já com a
intenção de desistir e tornar confuso o processo de seleção do Mais
Médicos. O próprio médico em que a Folha se baseia procurou outros
“desistentes” pelo Facebook, talvez para indicar â Folha.
Que o médico ouvido pela Folha não tenha o princípio da verdade como fundamento de sua ética, é problema dele.
Que a Folha mostra a seus leitores uma distorção como sendo a
realidade, é um problema de ética jornalística que diz respeito à
sociedade.
Na linguagem médica é um “falso positivo”, uma indicação falsa que leva a conclusões erradas.
Leia sobre esta barbaridade no Viomundo.
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