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domingo, 4 de setembro de 2011

Por que o PT não é igual aos demais partidos?

Setores da mídia brasileira tentaram destruir o Partido dos Trabalhadores e  não conseguiram. No entanto, deixaram as suas teses. Uma delas que o PT é igual a todos os demais partidos. 

Nessa linha pensamento importante questionar: que partido tem a organicidade que o PT tem? Que partido poderia eleger um operário presidente? Que partido poderia eleger a primeira mulher presidenta do Brasil? Que partido tem discussões acaloradas sobre as tendências? Que partido nasceu da luta dos trabalhadores? Que partido elege o seu presidente de forma direta? 

Eu poderia elencar muitos questionamentos. E vejo que o PT está amadurecendo, reconhecendo os seus erros e de que não se constitui ema organização de santos beneditinos. 

O PT é feito de homens e mulheres que estão sob as provocações da árvore do pecado. E muitos não resistiram à tentação, mas estão pagando por seus erros. O que não podemos aceitar é o tribunal da mídia que quer substituir a justiça brasileira (julgar e condenar).  As ervas daninhas sempre crescem em meio a semeadura. Isso é inevitável 

Por fim, entendo que PT já está na história brasileira como um dos grandes instrumentos para a transformação desse país em uma grande Nação. A mídia jamais irá reconhecer isso, mas a história brasileira sim. 


PT amplia cota para mulher, cria para jovem e conhece nova corrente



Congresso Nacional petista aprova paridade entre homens e mulheres em cargos de direção e reserva 20% das cadeiras para jovens de até 29 anos. No encontro, militantes conhecem formalmente décima corrente interna, a Inaugurando um Novo Partido. Mais à esquerda, grupo defende mais proximidade dos movimentos sociais e retomada do discurso socialista.

Najla Passos - Especial para a Carta Maior


BRASÍLIA – O PT decidiu que os cargos de direção do partido serão divididos meio a meio entre homens e mulheres. E vai reservar uma cota de 20% para jovens de até 29 anos. As duas regras foram aprovadas neste sábado (03/09), em reunião plenária do IV Congresso Nacional petista, que acontece em Brasília.

A direção do partido já tinha cota por gênero sexual, mas não por idade – as mulheres deveriam ser ao menos 30% dos dirigentes.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, classificou a cota geracional como de “extrema importância”, pois garante revitalização dos quadros partidários. Um dos objetivos estratégicos do PT definidos no encontro é se aproximar mais da juventude, com o que a cota deve contribuir.

“Nós esperamos sair daqui mais fortalecidos, mais unidos, por que o Brasil espera isso do seu maior partido, que tem uma preferência de 32%”, disse Falcão.

Já a aprovação da cota de 50% para mulheres foi considerada uma vitória política de uma nova tendência interna petista, a décima, apresentada oficialmente à militância durante o Congresso.

“Estamos muito satisfeitos porque pautamos e defendemos a paridade de gênero em todas as instâncias”, afirmou à Carta Maior o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), um dos idealizadores da nova tendência.

Batizado provisoriamente de “Inaugurando um Novo Partido”, o grupo nasce de uma dissidência de outro, a Articulação de Esquerda. Começou a ser concebido cerca de um mês atrás e, hoje, segundo seus líderes, conta com 180 militantes em 19 estados.

Só a tendência majoritária do PT, Construindo um Novo Brasil (CNB), do ex-presidente Lula e do ex-ministro José Dirceu, teria tanta capilaridade, segundo a nova corrente.

“Até o nosso congresso de fundação, em dezembro próximo, iremos conversar com toda a esquerda do partido e fortalecer o grupo ainda mais”, acrescentou Assunção.

Além dos preceitos feministas, a corrente defende uma aproximação maior com movimentos sociais e a retomada da perspectiva socialista.

“Nas últimas eleições, nós rebaixamos nossas bandeiras para ganhar, retrocedendo em posicionamentos importantes como em relação à liberação do aborto e à reforma agrária", disse Assunção. Mas nós acreditamos que o PT não pode se contentar apenas em reafirmar seus mandatos. Queremos que o partido recupere a capacidade de ousar e despertar o encantamento dos militantes."

Filiações em massa
Os 1,3 mil delegados petistas deliberaram também sobre reformas estatutárias que podem facilitar filiações em massa. Exemplo é a regra que permite a realização de eventos para financiar o pagamento da taxa dos filiados. Essa espécie de “flexibilização” do estatuto foi proposta pela CNB, a tendência majoritária do PT, que planeja lançar uma campanha para dobrar número de filiados (1,4 milhão).

A campanha começou simbolicamente na abertura do Congresso, sexta-feira (03/09), com a assinatura de ficha de filiação pelo embaixador Samuel Pinheiro Guimarães. Ele foi secretário-geral do Itamaraty por sete anos do governo Lula. O superior dele, o então ministro das Relações Exteriores e hoje ministro da Defesa, Celso Amorim, também é petista.

Os delegados do partido também aprovaram neste sábado o texto base da resolução política que propõe o lançamento de candidaturas próprias nas eleições para as prefeituras, embora também preveja a possibilidade do partido manifestar apoio às candidaturas propostas por aliados. “A unidade em torno da reforma política, da defesa do governo Dilma e da manutenção das alianças é muito positiva”, avaliou o ex-presidente do PT, José Genoíno.

A versão final do documento será votada neste domingo, no encerramento do Congresso.

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