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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Greve e truculência no Ceará


Por Altamiro Borges

Professor Freitas diz que foi atingido por cassetete;
Batalhão de Choque afirma que ele foi acertado por
objetos arremessados pelos próprios manifestantes.
(Foto: Alex Costa/Agência Diário)


Em greve desde 5 de agosto, os professores da rede estadual do Ceará foram duramente reprimidos num protesto ontem (29) na Assembléia Legislativa do estado. O governador Cid Gomes, que tem adotado uma postura intransigente diante das reivindicações da categoria, acionou a Batalhão de Choque contra os grevistas. Vários docentes ficaram feridos, ensangüentados.

Repúdio à violência e apoio aos professores


A violência da polícia gerou imediata reação dos movimentos sociais e de lideranças políticas do estado. O deputado Chico Lopes (PCdoB/CE) emitiu uma nota. “Qualquer violência, parta de onde partir, contra trabalhadores em greve, deve ser repudiada... Os excessos cometidos hoje precisam ser apurados, com penalização dos responsáveis. Nenhum trabalhador em greve pode ficar sujeito a agressões”, ressalta o parlamentar, que também é professor e integrante do sindicato da categoria – Apeoc.

Segundo relatos da entidade, a greve dos professores da rede estadual continua com expressiva adesão. Ela registra maior força em Fortaleza. Segundo a própria Secretaria da Educação do Estado, de 174 escolas da capital, 67 estão totalmente paralisadas e 43 estão afetadas parcialmente. Já no interior do estado, a paralisação atinge várias cidades e cerca de 400 escolas.

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