Soraya Aggege
A presidenta Dilma Rousseff aproveitou o 4º Congresso Nacional do PT, que acontece neste final de semana, em Brasília, para desmentir rumores, desfazer intrigas e se aproximar do coração do partido. Durante 40 minutos de seu discurso, na sexta-feira 2, ela foi taxativa. Desmistificou o que tem lido em grande parte da imprensa: a “herança maldita”, sua “inapetência política”, a “faxina” contra a corrupção. Terminou garantindo que seu governo fará a Comissão da Verdade e será “bastante firme” com os direitos humanos. Foi ovacionada pelos 1.500 delegados petistas de todo o país.
Dilma mostrou logo no início do discurso que ganhou os corações petistas ao sair ilesa de um incidente causado pela truculência de sua equipe de segurança. Dezenas de delegados credenciados do partido foram barradas pela segurança presidencial, que alegava falta de espaço no auditório. Antes da fala de Dilma, enquanto o presidente da legenda, Rui Falcão, falava, os delegados barrados começaram a esmurrar as portas, aos gritos de “Abram, abram, é nosso partido e é de massas”. Os delegados que estavam confortavelmente sentados dentro do auditório pararam de ouvir Falcão e gritaram: “Abram, abram! Partido, partido é dos trabalhadores!”. Até que as portas foram abertas.
Carta Capital
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