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terça-feira, 13 de setembro de 2011

E injusta é essa campanha insana da Rede Globo contra a saúde pública brasileira.

É triste ver um grupo empresarial utilizar uma concessão pública para fazer campanha ideológica contra a CPMF. Por quê? Um grupo que teve um faturamento de 10, 5 bi no ano, faz uma campanha miserável contra a saúde pública brasileira.  

E o pior? Temos um governo de medrosos, que se deixa levar por essa campanha insana contra os mais humildes que dependem da saúde pública. São milhões nos hospitais públicos, são milhares sofrendo nos corredores dos hospitais. 

Enquanto isso, os ricos desse país tem uma carga tributária suave, enquanto que os mais pobres são penalizados, proporcionalmente, por alta tributária. 

O problema nesse país é que temos um sistema tributário concentrador de renda e injusto. E injusta é essa campanha insana da Rede Globo contra a saúde pública brasileira. 




Carta Maior

ENDINHEIRADOS VENCEM A FILA DO SUS ?

A mídia do dinheiro garante que o governo desistiu. Não vai mais taxar bancos, operações financeiras, ricaços, helicópteros, jatinhos (isentos de IPVA). A presidenta Dilma, asseveram os porta-vozes da plutocracia, não quer o risco de um desgaste em ano eleitoral. 

A mídia que derrubou a CPMF e subtraiu R$ 40 bi da saúde comunica que o governo decidiu ressuscitar a lenga-lenga do ‘fazer mais com menos'. 



Nada contra a eficiência do gasto público. Ao contrário. A dúvida é se no caso da saúde já não é o que acontece, no limite do suportável, quando se dispensa ao brasileiro um gasto per capita sete vezes inferior ao dos franceses, por exemplo. Isso é média. O deserto real é mais árido: apenas 42% daquilo que o país gasta com saúde tem origem e destino público. Sai do governo e chega na fila do SUS, que atende mais de 75% da população. Outros 58% só circulam entre os 25% que tem plano de saúde.Em países onde a saúde é direito universal essa desproporção não ocorre: o gasto do Estado representa 75% do investimento total. Mas o jornalismo nativo diz que o governo do PT decidiu ‘fazer mais com menos' na área que concentra a maior queixa contra a qualidade do serviço público. Nada mais falso do que opor as urnas à justiça tributária e social. 

A União investe apenas 1,8% do PIB em saúde (o restante vem dos estados e municípios). O articulista de Carta Maior, Amir Khair, informa que nos últimos 12 meses até julho o gasto do país com juro da dívida pública atingiu R$ 225 bi: 5,7% do PIB. Como o superávit primário deve ficar em 3,2% do PIB até dezembro, restará um rombo equivalente a 2,5% do PIB. Maior do que o gasto da União com a saúde, ele vai engordar a dívida em 2012. Em coluna nesta pág., o economista João Sicsu lembra que 47% da carga tributária brasileira (a tal ‘carga insuportável' de 35%, em nome da qual a coalizão demotucana extingiu a CPMF) advém do "consumo", que pesa sobretudo na renda dos mais pobres. E que menos de 5% dela advém de "transações financeira". Fica a dúvida: taxar o privilégio desgasta mais do que o ônus de operar um sistema público de saúde com um déficit de caixa deR$ 30 bi?

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