Tom de despedida marca última visita do presidente ao seu Estado natal antes de deixar o governo
Em mais uma parada no roteiro de viagens em que se despede do cargo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva exaltou sua própria trajetória de vida e disse deixar como maior legado a prova de que um operário pode chegar à Presidência da República. Lula, que retornou pela última vez como presidente a Pernambuco, seu Estado natal, aproveitou a agenda oficial para encampar mais uma vez o tom de despedida.
“O legado mais importante é que vocês podem chegar lá”, afirmou Lula, dirigindo-se aos trabalhadores rurais e operários que formaram a plateia para o lançamento da pedra fundamental de uma fábrica da Fiat no Complexo de Suape. Os trabalhadores, que asseguraram o público farto na visita do presidente, foram separados por uma grade dos convidados do governo e da Fiat para a cerimônia.
Lula relembrou a frase que costumava guiar seu discurso na década de 80, quando liderava greves do ABC paulista, na qual dizia que, dali em diante, ninguém deveria duvidar da capacidade do trabalhador brasileiro. “Valeu a pena a gente poder ser testado”, acrescentou o presidente.
Foto: Agência Estado
Presidente visitou pela última vez seu Estado natal antes de deixar o cargo
O presidente, que entrega a faixa a Dilma Rousseff no próximo dia 1º, também voltou a tecer elogios à sucessora, ao declarar que a ex-ministra fará um governo ainda melhor que o seu. Além disso, ele declarou que o Brasil nunca teve sua autoestima tão em alta como agora. “O Brasil se descobriu para si.”
O presidente aproveitou também para alfinetar mais uma vez a imprensa, ao comentar a notícia veiculada pelo jornal Folha de S. Paulo de que o governo distribuiu sua verba de publicidade em mais de 8 mil veículos. “E ainda dizem que somos ameaça à liberdade de imprensa”, ironizou.O clima de despedida ficou evidente também em conselhos que Lula deixou para o governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos, que o acompanhou na solenidade. O presidente recomendou ao socialista que assuma seu segundo mandato com todos os projetos bem encaminhados. “Quatro anos passam rápido para desgraça. Pode ser muito para quem está na oposição. Para quem está no governo, é muito rápido”, disse.
Fonte: IG
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