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domingo, 5 de dezembro de 2010

Afinal, Nelson Jobim é fofoqueiro, informante dos EUA ou é um traidor?

Caríssimos (as) companheiros (as),


Retorno ao ao trabalho na blogosfera. Da vitória da Dilma até o presente momento muitas coisas aconteceram. Mesmo de férias do blog Olhos do Sertão tenho acompanhado as discussões. 


No momento, o que é mais discutido são as revelações do site Wikileaks, principalmente sobre a diplomacia do governo brasileiro e outras questões que envolvem o nosso país, principalmente o Ministro da Defesa Nelson Jobim que parece ter ficado desnudado com sua dúvida "ser ou não ser" no governo Lula e continuará, para minha tristeza e de muitos, Ministro da Defesa no governo Dilma. 


Será o Ministro Nelson Jobim um bom contato dos EUA no governo Lula? O que seria o formato deste "bom contato"? O que seria "aproveitar o bom contato com o Ministro da Defesa"?


Como este blogueiro aqui já destacou: o governo americano não tem aliados, tem interesses a defender em todas as partes do mundo. E sua política externa é movimentada para defender os seus interesses a qualquer custo. Para isso, cria-se uma rede de espiões e informantes em todo mundo, inclusive no Brasil. 


Será que Nelson Jobim é um informante do governo americano no Brasil? Será que nós não estamos sendo ameaçados com este tipo de "brasileiro"? 


O que Wikileaks revela? Que Nelson Jobim, ministro da Defesa do Brasil, é informante da Embaixada do Estados Unidos? Isso não é traição? 


Em carta Maior, através do texto Wikileaks expõe diplomacia dos EUA e chamusca Jobim revela que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, saiu chamuscado com a revelação do Wikileaks sobre os comentários e as informações que teria repassado ao governo norte-americano, onde referencio o seguinte fragmento do referido texto: 


A transmissão, a outro governo, de um suposto segredo de Estado de um aliado do Brasil é uma falta grave", disse um graduado diplomata brasileiro ao Valor.


Importante destacar aqui parte referenciada do referido texto de  Carta Maior 




Novos documentos divulgados pelo site Wikileaks mostram críticas feitas pelo ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford Sobel, ao Plano Nacional de Defesa anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro de 2008. Em telegrama enviado a Washington, Sobel critica a ênfase dada pelo governo brasileiro à "independência no controle de armamentos" e à busca de alianças e acordos militares com nações dispostas a transferir tecnologia. Em outro documento, embaixada dos EUA em Paris alerta para aproximação entre Brasil e França. Comentários do ministro da Defesa, Nelson Jobim, irritam diplomacia brasileira. (por 





Folha também destaca que telegramas divulgados pela ONG WikiLeaks revelam que diplomatas dos EUA consideram Nelson Jobim um aliado. 


Como tão bem escreve a Fernando Rodrigues : mantido no cargo no governo de Dilma Rousseff, o ministro é elogiado e descrito como “talvez um dos mais confiáveis líderes no Brasil”.

E o que é ser confiável aos olhos do governo americano? FHC era confiável, como também os ditadores militares, como muitos políticos do PSDB e do DEM, com seus pensamentos colonizados. 

Para mim, a questão não é ser anti-americano, mas ser a favor dos interesses deste país. E os interesses deste país não são os interesses americanos porque somos totalmentes diferentes, na forma e no conteúdo.  

Enquanto os EUA se tornaram mais ricos durante a segunda metade do século XX, todos os países da América Latina, sem nenhuma exceção,  se tornaram mais pobres com lideres "confiáveis" ao governo dos EUA.  

Durante os últimos 30 anos do século passado, EUA conspiraram contra os países latino-americanos que se permitiram criar uma política soberana e para melhorar a vida de seus povos. Para isso, aparelharam as ditaduras militares no hemisfério sul, para colocarem "líderes confiáveis". 

Como bem lembra Ronaldo - Livreiro - o ministro desmentiu o Wikileaks, mas foi o primeiro a tomar tal atitude, pois nem mesmo as autoridades norte-americanas negaram a autenticidade dos documentos divulgados pelo site.



Ronaldo também lembra que o referido ministro Nelson Jobim participou da farsa que derrubou o delegado Paulo Lacerda da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), acusado de grampear o ministro Gilmar Mendes, do STF. Jobim apresentou a Lula provas falsas da existência de equipamentos de escutas que teriam sido usados por Lacerda para investigar Mendes. Foi desmentido pelo Exército.


Importante questionar o governo Lula e à própria Dilma o que fez de extraordinário este ministro para continuar no governo Lula. Neste sentido, reproduzo aqui os questionamentos de Ronaldo que são meus também: 


Por que Nelson Jobim tem que continuar no Ministério da Defesa, se nem da cota do PMDB é, qual será o seu grande avalista, o presidente Lula ou as forças armadas? E a pergunta sem resposta que não quer calar, "Será que ele votou para presidente no número 13 da candidata Dilma?


Paulo Henrique Amorim também pergunta: O que mais o Jobim contou ao embaixador americano e que não está no Wikileaks ?


Paulo Henrique Amorim destaca em seu blog que os documentos divulgados pelo Wikileaks revelam um escândalo. Por quê? 


Por que o ministro da defesa (dos EUA) espinafra a política externa do Brasil, num almoço com o embaixador americano. E reforça a impressão do embaixador de que o Itamaraty é antinorte-americano.


PHA destaca ainda que Jobim é textual: a política externa brasileira tem “inclinação anti-norte-americana”. Um escândalo ! Não à toa que o embaixador americano considera Jobim “íntegro e confiável”.

No portal TERRA destaca que um dos trechos dos documentos revela recomendações da embaixada americana: tornar o relacionamento do Brasil com os Estados Unidos mais "pessoal" pra competir com a França, aproveitar o "bom contato com (Ministro da Defesa, Nelson) Jobim", "ligações entre os presisdentes (Barack) Obama e Lula" e "visita da secretária (de Estado, Hillary) Clinton ao País".


Será o referido ministro um fofoqueiro?  


O Radar Político publica parte do  telegrama divulgado pelo Wikileaks, datado de 25 de janeiro de 2008. Nele Jobim teria dito a Sobel que Guimarães aparecia como um “sério problema em diversos níveis”.  Além de “odiar os EUA”, Guimarães também é descrito como alguém que trabalhava ativa e calculadamente para dificultar as relações do Brasil com os americanos e outros países industrializados.




Eu vou apostar, para não chamá-lo de TRAIDOR,  que Nelson Jobim não passa de um fofoqueiro, mas pergunto: o governo brasileiro, liderado por Dilma no próximos quatro anos,  precisa de um fofoqueiro no ministério da Defesa? E para quê?


Sinceramente, eu apostava mais na Dilma, pela sua personalidade, pela sua história de vida, no entanto alguns dos  meus temores,  pela forma como se deu  a eleição no segundo turno, parecem se confirmarem. Ainda carrego no sangue a adrenalina e as toxinas do que foi o segundo turno desta eleições. Um segundo turno que nunca mais quero para a minha vida, quando o discurso hipócrita e fundamentalista cristão contaminou a todos nós e todo o país



Portanto, pergunto: afinal, o ministro da Defesa é é aliado, é informante, é um traíra,  ou é a é apenas um  fofoqueiro dos EUA? 

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