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domingo, 28 de março de 2010

A ditadura no Brasil voltará com Serra (governador de São Paulo)? A Culpabilização do Professor da Escola Pública



A ditadura no Brasil voltará com Serra (governador de São Paulo)? A Culpabilização do Professor da Escola Pública
Serra reprimiu violentamente professores dia 26.03.10, quando foram ao Palácio dos Bandeirantes (sede do governo de SP) para negociar sobre o seu desprezo, descaso com a educação.
O Paulista elegeu esse senhor como governante e ainda não percebeu quem ele é, leia aqui. A violência, do Governador de São Paulo , contra a democracia e direitos humanos é tão grave, que todo cidadão deveria prestar atenção na relação do PSDB com a mídia *PIG.
Por que a mídia esconde tudo isso?

A Culpabilidade dos Professores da Escola Pública


Os professores nunca ganharam tão mal no Estado de São Paulo como agora, apesar dos esforços do governo federal para tentar viabilizar melhorias financeiras e dar perspectivas de suportes funcionais e estruturais na área, já que sem uma ótima educação pública um pais não prospera, não avança, não recompõe dívidas sociais impagas desde primeiro de abril de 1964. Os professores nunca foram tão estranhamente culpabilizados pela mídia em geral como agora, principalmente quando o governo federal potencializa verbas públicas para investimentos na carreira profissional, além de estímulos que facultem aos educadores uma melhor qualidade de vida (os direitos humanos dos professores), de estudos evolutivos (qualificação é sempre), de valoração profissional que promova o que faz melhor para ganhar melhor e mudar o meio para melhor.
No entanto, paradoxalmente nunca se viu tanto suspeito amigo do alheio querendo palpitar sobre educação, a maioria deles (de repente suspeitos amigos da escola) que já estiveram no poder e tiveram todos as razões e motivos para revolucionarem métodos e práticas, no entanto, inoperantes, impotentes, foram incompetentes para mudar o que precisa ser mudado, mas ainda assim fizeram políticas públicas duvidosas, desviaram verba pública para antros neoliberais privados, e agora, periga ver, querem falar de teorias em praticas que não tiveram, pior, colaboraram com o sucateamento das políticas públicas básicas, como em São Paulo, que tem suas entidades públicas propositalmente falidas, para não dizer da alta grana das privatarias que ninguém sabe onde foi parar, ninguém viu, ninguém investiga a chamada “máfia russa” das privatizações-roubos paulistas-paulistanas.

Quem é que vai pagar por isso? Pensar pode.

No mesmo contexto, professores com curso superior ganhando menos do que policiais com ensino médio (e a segurança pública também falida), enquanto a sociedade ainda sofre as seqüelas do falso “sucesso” do Plano Real, os milhões de desempregados, mais uma impunidade generalizada, falências gerais, máfias e quadrilhas neoliberais governando os governos, e, no contexto, pais incompetentes que geraram filhotes ímprobos também palpitando para encobrir erros familiares graves, e, ainda, os governos trabalhando com uma educação que se vale de estatísticas, dígitos, quando são seres humanos que trabalham com outros seres humanos, numa área que deveria buscar um humanismo de resultados, para uma educação vivenciada com rumos de investimento ético-comunitário para comunidades carentes.

O professor mal remunerado, numa escola pública propositalmente sem estrutura (mais a terceirização neoescravista no entorno pouco funcional), os filhos da sociedade se matando para sobreviver e pais pedindo demissão de serem pais (despejando os filhos mal educados na escola), uma mídia jogando contra (*PIG - interesses escusos), um bando de incompetentes com poder opinativo dando palpites sem conhecimento da dura realidade histórica, algumas áreas acadêmicas com visões de gabinetes não vendo o professor enquanto ser e humano também, numa sociedade decrépita e um corpo discente carente em função de tudo isso, e, quando se vê, a policia incompetente não é culpada pelo grave aumento da violência, mas o professor é culpabilizado pelos problemas graves do ensino público?

O que há por trás de tudo isso? Quem quer enganar quem? Uma impunidade generalizada de impunes ex-presidentes a ex-governadores e ex-prefeito, juizes corruptos e ladrões soltos, e ninguém fala na falência de uma justiça filha da elite que, amoral, sim, tarda, falha, é tendenciosa e parcial, principalmente entre os corruptos e ladrões membros da pior oposição que o Brasil teve, a oposição ao governo federal.

Porque o governo federal pauta uma reforma educacional investindo como nunca no professor, é que antros de máfias e quadrilhas querem desviar o foco do investimento visando lucros impunes, desmoralizando uma categoria que sempre está na ponta do problema, quando havia tempo em que um professor ganhava o mesmo do que um juiz, e os nossos magistrados marajás nunca são culpabilizados pelo que geram de impunidades por atacado. O que isso quer dizer?

Vamos malhar o professor que é agora o inventado “culpado de ocasião” por incompetência de nefastas políticas públicas suspeitas (como em São Paulo tucano-liberal do DEMO); vamos desviar alta verba da educação para propaganda política enganosa; vamos falar em choque de inclusão, gerenciamento, balelas, enquanto isso o povão, claro, vai continuar votando nos mesmos, tudo continua como está, como em São Paulo em que professor ganha trinta por cento a menos do que no Piauí, e, pior, a falência do estado generalizada (empresa estão indo embora pois o estado cresceu só três por cento quando o Brasil todo cresceu quase sete por cento), e assim, as funestas e hipócritas políticas neoliberais – apoiadas pela FIESP, OAB, Rede Globo e agiotas do capital emboaba – vamos desmontando o estado, sem prover o povão de alguma maneira, e assim, quebrando a escola, daremos o filé da enorme grana federal (que o governo disponibiliza), para ONGS suspeitas, e assim, tudo continua como está, todo mundo ganha, menos a educação pública propriamente dita, e, como precisa mesmo sempre aparecer um culpado para ser malhado, fica todo problema na mão do professor que, mal remunerado, se matando para sobreviver, acúmulos vários (vários empregos), saúde debilitada, vendendo de Avon a bijuterias, e assim caminha a mediocridade imediatista de se pensar a categoria dos professores como única culpada de ocasião, quando é vitima da situação toda e nunca devidamente provido salarialmente, para que, afinal, a mentira deslavada saia ganhando e o modelito do estado mínimo (da força da grana que ergue e destrói coisas belas) ganhe potência midiática entre os podres poderes.

Professor? Respeito muito suas lágrimas.

E os Direitos Humanos dos Professores da Escola Pública?

Teórico da Educação, Jornalista Comunitário, Coordenador de Pesquisas da FAPESP-USP em Culturas Juvenis, Conselheiro em Direitos Humanos

Por Silas Correa Leite - Do Overmundo

Quem acredita na FSP (Força Serra Presidente)?

Só 58% dos eleitores sabem Dilma é a candidata de Lula; 5% acham que o atual presidente apoia Serra.

Serra e Dilma empatam na base lulista
Autor(es): FERNANDO RODRIGUES
Folha de S. Paulo - 28/03/2010


Entre os eleitores que aprovam o governo, 33% votam na petista, e 32%, no tucano

Só 58% dos eleitores sabem que Dilma é a candidata de Lula; Serra lidera com folga entre quem julga o governo regular, ruim ou péssimo

A popularidade recorde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se fragmenta quando se trata de eleger o seu sucessor. Embora seja de oposição, José Serra (PSDB) está empatado com Dilma Rousseff (PT) entre os eleitores que consideram o governo Lula ótimo ou bom, segundo a pesquisa Datafolha.
No levantamento realizado nos dias 25 e 26 deste mês, Dilma registra 33% de intenção de votos entre os eleitores que dão 76% de aprovação ao governo Lula. Já Serra obtém 32% dos votos nesse segmento. Ciro Gomes (PSB) recebe 11% dos votos dos eleitores que aprovam Lula, e Marina Silva (PV), 7%.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Esses números do Datafolha mostram que ainda está longe de se concretizar a transferência automática dos votos de Lula para sua candidata. Também fica mais nítida a estratégia de Serra, cujas declarações públicas têm sido elogiosas em relação ao atual presidente.
Outro dado relevante é o desempenho de Dilma entre os que consideram o governo Lula apenas regular (20% dos eleitores). Nesse grupo de eleitores não há empate: o Datafolha detectou uma grande vantagem de Serra, que recebe 51% das intenções de voto, contra apenas 9% da petista. Com 10% cada um, Ciro e Marina estão numericamente à frente de Dilma.
Entre os 4% que consideram o governo Lula ruim ou péssimo, Serra lidera com folga, atingindo 48%. Nesse segmento, Marina vem a seguir (11%), seguida por Ciro (8%) e Dilma, que está em quarto lugar (5%).
O Datafolha mostra também que Dilma não se ressente mais de ser uma pessoa pouco conhecida dos eleitores: 87% já dizem conhecê-la de alguma forma, ainda que apenas de ter ouvido falar a seu respeito. Ou seja, não é por ser desconhecida dos eleitores que a petista estaria impedida de melhorar sua taxa de intenção de votos.
Serra tem um percentual mais alto, com 97% dos eleitores dizendo conhecê-lo. Ciro tem 93%, e Marina, 52%.
Um fato a contribuir para Dilma estar agora estacionada na pesquisa é que só 58% dos eleitores sabem que ela é a candidata de Lula; 5% acham que o atual presidente apoia Serra. Esses percentuais pouco se alteraram de dezembro para cá.

Brasil na era Lula, depois de 11 anos, volta a ser a 8ª economia do planeta

País volta a ser oitava maior economia
Autor(es): ÉRICA FRAGA ESPECIAL PARA A FOLHA.
Folha de S. Paulo - 28/03/2010


Após 11 anos, Brasil voltou ao posto que havia sido perdido para a Rússia segundo ranking que considera PIBs em dólares

Crescimento ajuda a atrair mais investidores e a elevar influência geopolítica; dados foram compilados pela Economist Intelligence Unit


A recente crise mundial alçou o Brasil à condição de oitava maior economia do mundo em 2009. É a primeira vez desde 1998 que o pais ocupa essa posição no ranking global com o PIB (Produto Interno Bruto) medido em dólares.
A crise econômica no mundo desenvolvido, a fortaleza do real e políticas anticíclicas bem sucedidas adotadas pelo governo contribuíram para esse resultado. Mas por trás da performance brasileira há também deficiências, como uma economia ainda fechada, que se travestiram de vantagem durante a crise, mas que no longo prazo tendem a voltar a pesar negativamente na trajetória do país.
O desempenho da economia brasileira já havia sido favorável entre 2007 e 2008, quando passou da décima à nona posição no ranking mundial, deixando para trás a Espanha e o Canadá, embora tenha sido ultrapassado pela Rússia. Com esse movimento, o Brasil também passou a ser a segunda maior economia das Américas, atrás apenas dos Estados Unidos.
Ganhar posições no ranking de maiores economias é positivo porque torna o país mais atrativo para investidores externos e aumenta seu peso geopolítico. Mas desde que a mudança seja sustentável; e, de preferência, se trouxer chances de mais progresso no futuro.
Colocando o caso brasileiro em perspectiva histórica, não se pode dizer que a melhoria registrada nos últimos dois anos represente um fato inédito. Há décadas o país oscila entre a oitava e a décima posição (embora tenha estado pontualmente também em sétimo e décimo terceiro lugares desde 1980).
O câmbio costumava ser fator primordial nas mudanças do Brasil no ranking das maiores economias. Na última vez em que havia ocupado a oitava posição, em 1998, foi derrubado pela maxidesvalorização do real em janeiro do ano seguinte, caindo para décimo lugar.
No ano passado a força do real também colaborou para a melhoria relativa do Brasil. Prova disso é o fato de que o tamanho da economia brasileira medido pela chamada paridade do poder de compra (PPP) -que ajusta os valores absolutos do PIB de acordo com o custo de vida em cada país -se manteve na nona posição.
Mas não foi só o câmbio. Outros fatores também ajudaram o Brasil, como o próprio desempenho da economia e o fato de ser relativamente fechado.

A guerra suja contra o governo Lula com o objetivo claro de eleger Serra.


Uma operação midiática de grande escala contra o governo Lula

Desde o Brasil se denuncia que a partir da primeira quinzena de março foi lançada uma operação midiática em larga escala que aciona todos os instrumentos ao alcance da direita política e do poder econômico contrários ao presidente Lula e ao seu governo, contra a candidata presidencial Dilma Rousseff e contra o Partido dos Trabalhadores.
Por Niko Schvarz *

O começo dessa campanha reconcentrada já é visível nos grandes meios de comunicação quando o país se encaminha às eleições presidenciais a ser realizadas em outubro do ano em curso. Nas redações, o bombardeio midiático é conhecido pelo nome de "Tempestade no Cerrado", que, de algum modo, evoca, devido à sua localização geográfica, ao Palácio do Planalto, sede do governo. A expressão recorda a "Tempestade no deserto" da primeira invasão ao Iraque, em fevereiro de 1991, dirigida pelo general Norman Schwarzkopf, que produziu 70 mil vítimas.

A ordem nas redações da Editora Abril, de O Globo, de O Estado de São Paulo e da Folha de São Paulo é de disparar sem piedade, dia e noite, sem pausas contra esse triplo objetivo (que, na realidade, é um só), para provocar uma onda de fogo tão intensa que torne impossível ao governo e ao PT responder pontualmente às denúncias e provocações.

A cartilha é a seguinte:

1) Manter permanentemente uma denúncia, qualquer que seja, contra o governo Lula nos portais informativos na Internet;
2) Produzir manchetes impactantes nas versões impressas e utilizar fotos que ridicularizem ao presidente e à candidata;
3) Ressuscitar o caso do mensalão de 2005 e explorá-lo ao máximo e, ao mesmo tempo, associar Lula a supostas arbitrariedades cometidas em Cuba, na Venezuela e no Irã;
4) Elevar o tom dos editoriais;
5) provocar ao governo de modo que qualquer reação possa ser qualificada como tentativa de censura;
6) Selecionar dados supostamente negativos da economia e apresentá-los isolados de seu contexto;
7) Trabalhar os ataques de maneira coordenada com a militância paga dos partidos de direita e com os promotores cooptados;
8) utilizar ao máximo o poder de fogo dos redatores.

Uma estratégia midiática tucana foi traçada por Drew Westen, um cidadão estadunidense que se apresenta como neurocientista e presta serviços de cunho eleitoral, sendo autor de The Political Brain (O cérebro político) que, segundo dizem, é o livro de cabeceira de José Serra, governador de São Paulo e próximo candidato presidencial do PSDB. A adaptação do projeto corre por conta de Alberto Carlos Almeida, autor dos livros "Por que Lula" e "A cabeça do brasileiro", que atua como politólogo e foi contratado a peso de ouro para formular diariamente a tática de combate ao governo

A denúncia é recheada de exemplos concretos, reveladores de que essa tática já está sendo aplicada nos diários e, rapidamente, chega à Internet. Se referem às falsificações numéricas (em vários casos, de enormes dimensões) para ocultar ou inverter os bons resultados da política econômica e social do governo em matéria de infraestrutura em todo o país, na construção de habitações e no combate da inflação.

Uma campanha especial toma como eixo a Dilma Rousseff e seu "passado terrorista", dizendo que, além de assaltar bancos, tinha prazer em torturar e matar bons pais de família. Também colocam em cena a um filho de Lula. Isto é: a clássica campanha de tergiversações e calúnias; porém, nesse caso, agigantada em suas proporções e na somatória de meios postos à disposição que, sem dúvida, se irão incrementando e subindo o tom à medida que nos aproximemos a outubro.

O leitor poderá apreciar também até que ponto campanhas similares a esta em sua essência vêm sendo realizadas agora mesmo contra governos de esquerda do continente, como acontece com Cuba, Venezuela ou Bolívia, entre outros.

No caso do Brasil, a operação tende a impactar a ascensão da campanha eleitoral por Dilma Rousseff, que reduziu consideravelmente a vantagem inicial de Serra e continua subindo enquanto este desde até situar-se em virtual situação de empate técnico. Também correm a seu favor a notável projeção internacional da política do presidente Lula, expressada estes dias em seu compromisso direto e no terreno para a solução do problema palestino-israelense; bem como seus êxitos internamente. O orçamento da educação foi triplicado em 8 anos, passando de 17,4 bilhões de reais, em 2003, para 51 bilhões, destinando-se grande parte do aumento do PIB para a educação básica; e fevereiro registrou um recorde de 209.425 novos empregos formais, cifra que chega a 390.844 no primeiro bimestre do ano de 2010.

* Jornalista uruguaio que escreve regularmente no matutino La República, o texto foi publicado e traduzido por Adital

Quando o covarde se esconde atrás dos escudos da tropa de choque.

Um dado interessante na nova pesquisa DATAFOLHA Espontânea e nanicos

Onipresente

As curvas da pesquisa espontânea, quando o entrevistado diz em quem deseja votar sem ver uma lista de nomes, têm uma evolução discrepante do levantamento estimulado.

Diferentemente do que ocorreu na pesquisa em que o eleitor vê seu nome, em que está estabilizada, Dilma continuou sua curva ascendente no levantamento espontâneo. Tinha 8% em dezembro, passou a 10% em fevereiro e agora chegou a 12%.

Esse percentual a coloca à frente de Luiz Inácio Lula da Silva (8%), que, até dezembro, liderava com folga a pesquisa espontânea. Isso mostra que a cada pesquisa o eleitor deixa de citar o nome do atual presidente porque vai percebendo que o petista não será candidato.

Serra pontuou 8%, o mesmo percentual de dezembro. Ciro e Marina marcaram 1% cada. Houve também 3% para "candidato do Lula" e 1% para "no PT/candidato do PT".

É assustador a forma como a Folha de São Paulo divulgou a pesquisa do seu instituto.


 Caso Datafolha promete

Se você, leitor, chegou de Marte agora, permita-me atualizá-lo sobre um escândalo que promete ser rumoroso entre os setores mais politizados da população. No último sábado, o instituto Datafolha, pertencente à Folha de São Paulo, publicou uma pesquisa sobre a sucessão presidencial que surpreendeu a todos, inclusive àqueles que beneficiou.

Como Dilma Rousseff vem crescendo em todas as pesquisas de intenção de voto para presidente e seu adversário José Serra vem caindo, Márcia Cavallari, do Ibope, João Francisco Meira, do Vox Populi, Mauro Paulino, do Datafolha, e Ricardo Guedes, do instituto Sensus, reunidos publicamente em São Paulo na semana passada em evento da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas, concordaram que a candidata petista é hoje a favorita para ganhar as eleições de 2010.

De repente, porém, aparece essa pesquisa Datafolha mostrando queda da petista (dentro da margem de erro) e considerável subida do tucano. O resultado foi tão surpreendente que, em sua coluna deste domingo na Folha, o colunista Clóvis Rossi diz assim que não entendeu nada:



“O resultado da pesquisa mais recente, ontem publicada, é um denso mistério, ao menos para mim. Não consigo encontrar uma explicação forte para o fato de José Serra ter subido quatro pontos em um mês”.



Não foi por outra razão que, no mesmo sábado em que a pesquisa “sui generis” foi divulgada, o diretor do Datafolha tentou explicar o inexplicável com o velho clichê de que “pesquisas são um retrato do momento” etc.

Já neste domingo, a Folha publica um editorial pretendendo explicar mais do que a pesquisa “estranha”, mas o futuro, ou seja, o que outras pesquisas deverão mostrar.



“SÃO SURPREENDENTES, ainda que não constituam reversão categórica nas tendências do eleitorado, os números da pesquisa do Datafolha sobre sucessão presidencial, divulgados ontem(...)”.



Mais sincero – ou descuidado – que Rossi, outro colunista da Folha, o Kennedy Alencar, explicou, na internet, a situação que levou o jornal mais engajado na candidatura do PSDB à Presidência a literalmente estuprar o seu Datafolha. Segundo ele, sem essa pesquisa o lançamento iminente da candidatura tucana à Presidência ocorreria em clima de “velório”.

A pressa da Folha em “explicar”, não a sua pesquisa “maluca”, mas os resultados de outros institutos que deverão contrariá-la em breve, denota que o partidarismo pode ter causado um dano muito sério a um dos pilares de sua sustentação no mercado. O Datafolha é – ou era - um diferencial desse veículo de comunicação.

Penso que o efeito pretendido pela Folha e por José Serra ao engendrarem essa aparente farsa estatística poderá ser conseguido, só que parcial e inicialmente. Os leigos acreditarão na reação de Serra, bem como parte dos tucanos, dos seus aliados em outros partidos e de financiadores de campanha identificados com o projeto eleitoral da direita.

Todavia, duvido de que outros institutos, além do Ibope, aceitarão se envolver nessa farsa. Daí as insistentes “explicações” da Folha para o tsunami estatístico que vem por aí e que deverá fazer este assunto retornar à pauta política em breve. Não percam, portanto. Será divertidíssimo.

Por que Datafolha cheira mal

Vários fatores estão gerando suspeita sobre a pesquisa Datafolha feita de afogadilho na quinta e na sexta-feira e publicada hoje, começando pela pressa e pelo sigilo que envolveram a sua realização.

O próximo fator que salta aos olhos é a conveniência dessa sondagem para o governador José Serra, notoriamente o candidato a presidente da família Frias, dona do grupo Folha, justamente na véspera de seu afastamento do governo do Estado e do lançamento da sua candidatura.

O terceiro fator está contido na análise do diretor do Datafolha, Mauro Paulino, na Folha, valendo-se da platitude de que “pesquisas são flagrantes do momento” e que podem mudar, pois parece plantar uma “explicação” para o previsível desmentido dessa pesquisa por outros institutos

O último fator, tão subjetivo quanto os anteriores, é o de que estamos falando de um instituto de pesquisas de opinião que pertence à Folha de São Paulo, aquele jornal que não hesitou em publicar, em sua primeira página, falsificação grosseira de ficha policial da grande adversária de Serra.

A pesquisa tenta se justificar exacerbando os pontos mais frágeis da ministra Dilma Rousseff, como a maior dificuldade dela entre as pessoas do mesmo sexo e do Sul do país, arrematando com as propagandas de Serra na TV e sua intensa incursão nos programas de auditório, ou com ele ter admitido que é candidato e por estar chovendo menos em São Paulo.

Nada explica, porém, que, tão repentina e intensamente, as mulheres e o Sul do país tenham descoberto que amam Serra. Duvido de que uma declaração dele de que é candidato ou acontecerem um pouco menos desastres em São Paulo lhe permitiriam angariar cerca de 7,5 milhões de votos (cada ponto percentual vale 1,5 milhão) tão rapidamente.

A pesquisa Datafolha é de uma conveniência inacreditável para Serra. Ele deve ser o político mais sortudo do mundo. Esses números serão usados para ajudar a fechar apoios políticos à sua candidatura e a soterrar resistências dentro do seu partido e entre seus aliados externos.

Finalmente, concluo que essa manipulação escandalosa permitirá ver até que ponto o PT está preparado para enfrentar uma campanha desse nível. Se o partido, de uma forma ou de outra, não encomendar pesquisas com celeridade, permitindo, assim, que o factóide surta efeito, será preocupante.

Por outro lado, se o PT mostrar que está antenado e disposto a enfrentar a guerra eleitoral que se avizinha, a Folha e seu grupo político poderão descobrir que fizeram uma aposta muito alta ao falsificarem uma pesquisa de forma tão grosseira.


E por que o Datafolha foi a campo

Há um outro fator que torna ainda mais estranha a pesquisa Datafolha divulgada neste sábado. Para entendê-lo, vejamos a freqüência com que o instituto de pesquisas tem ido a campo para a avaliar a sucessão presidencial.

As últimas três sondagens aconteceram de 14 a 18 de dezembro de 2009, de 24 a 25 de fevereiro de 2010 e, surpresa!, meros 30 dias depois. E, à diferença de suas pesquisas anteriores, não houve divulgação de que esta ocorreria.
Por que o Datafolha foi a campo tão rápida, sigilosa e inesperadamente? Terá alguma coisa que ver com o lançamento iminente da candidatura Serra, aquela que eu dizia, de novo na contramão da maioria, que era inexorável?

O Datafolha, os professores e o mundo bizarro de Serra


A pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado, apresenta dados curiosos. Segundo o instituto, Serra abriu vantagem na disputa. No entanto, a mesma pesquisa aponta que Dilma ampliou sua vantagem na espontânea, dado obviamente omitido das manchetes. Enquanto isso, professores experimentam mais uma vez a truculência do governo Serra, que reprimiu duramente manifestação de sexta-feira. Jornalista Leandro Fortes analisa foto que, segundo ele, ilustra bem o mundo bizarro do governador José Serra. (A foto é de Clayton de Souza, da Agência Estado).

Marco Aurélio Weissheimer

Os vídeos apresentados abaixo foram gravados por João Humberto Venturini, que estava na manifestação de sexta-feira. Em seu blog, ele relata o que presenciou.

Na sexta-feira, Paulo Henrique Amorim avisou que uma pesquisa Datafolha estava saindo do forno para levantar um pouco o combalido ânimo do governador de São Paulo, José Serra(PSDB). Horas depois, a Folha de São Paulo estampava como manchete: Serra volta a subir e abre 9 pontos sobre Dilma (36% a 27%). Já era esperado.

Um dos dados curiosos na pesquisa Datafolha (que não mereceu destaque na divulgação da mesma pelos jornais) é o levantamento espontâneo, onde Dilma voltou a crescer e aumentar a diferença sobre Serra. Segundo a espontânea (quando o entrevistado diz em quem deseja votar sem ver uma lista de nomes) Dilma continua em alta: tinha 8% em dezembro, passou a 10% em fevereiro e agora chegou a 12%. Esse percentual a coloca à frente do presidente Lula (8%), que, até dezembro, liderava a pesquisa espontânea. Serra manteve os 8% da pesquisa de dezembro. Ciro e Marina tiveram 1% cada. Houve também 3% para "candidato do Lula" e 1% para "no PT/candidato do PT".

Somando-se, então, os votos destinados a Lula, a Dilma, e ao “candidato do Lula”, chega-se a 23% na espontânea favoráveis à candidatura do PT.

Como explicar essa diferença entre os números da espontânea e da estimulada? Talvez um manuseio excessivamente entusiasmado na margem de erro da estimulada? Sabe-se lá...

Os professores e o "mundo bizarro de Serra”



A pesquisa Datafolha serve também, entre outras coisas, como uma antecipação da campanha de Serra aos problemas à sua imagem causados pela greve dos professores em São Paulo. Na sexta-feira, tropas de choque da Polícia Militar de São Paulo reprimiram uma nova manifestação dos grevistas, usando bombas de efeito moral e balas de borracha. Pelo menos 16 pessoas ficaram feridas. Se a matéria relativa à pesquisa tivesse uma foto para ilustrar o quadro por ela descrito, essa foto seria a da Agência Estado (acima), de que fala o jornalista Leandro Fortes, em seu blog Brasília, eu vi (ver abaixo). No final da noite de sexta, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), divulgou nota oficial, condenando a truculência do governo Serra e pedindo, mais uma vez, a abertura de negociações com a categoria:


Os acontecimentos da sexta-feira em São Paulo foram resumidos assim pelo jornalista Leandro Fortes em seu blog, Brasília eu vi:

Muito ainda se falará dessa foto de Clayton de Souza, da Agência Estado, por tudo que ela significa e dignifica, apesar do imenso paradoxo que encerra. A insolvência moral da política paulista gerou esse instantâneo estupendo, repleto de um simbolismo extremamente caro à natureza humana, cheio de amor e dor. Este professor que carrega o PM ferido é um quadro da arte absurda em que se transformou um governo sustentado artificialmente pela mídia e por coronéis do capital. É um mural multifacetado de significados, tudo resumido numa imagem inesquecível eternizada por um fotojornalista num momento solitário de glória. Ao desprezar o movimento grevista dos professores, ao debochar dos movimentos sociais e autorizar sua polícia a descer o cacete no corpo docente, José Serra conseguiu produzir, ao mesmo tempo, uma obra prima fotográfica, uma elegia à solidariedade humana e uma peça de campanha para Dilma Rousseff.

Inesquecível, Serra, inesquecível.

sábado, 27 de março de 2010

Plebiscito ganha força.

Autor(es): # Flávia Foreque
Correio Braziliense - 27/03/2010

Governistas avaliam que a saída de cena de Aécio dá ao pleito mais ênfase nas comparações entre Lula e FHC

Paulo H. Carvalho/CB/D.A Press - 21/8/09
Para Aloizio Mercadante, se Aécio Neves não estiver no páreo, disputa em Minas Gerais ficará mais favorável a Dilma, nascida em Belo Horizonte

O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), comemorou o anúncio do governador mineiro de desistir da candidatura à presidência em 2010. Na visão do parlamentar, a formalização abre espaço para a campanha governista em Minas Gerais. “Vamos ter uma candidata mineira. Politicamente, o anúncio de Aécio é importante para a campanha nacional”, afirmou Mercadante. Embora tenha se firmado politicamente no Rio Grande do Sul, a pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, é natural da capital mineira.

Na avaliação de Mercadante, a desistência de Aécio Neves amplia também o potencial de alianças políticas do PT e fortalece o caráter plebiscitário da disputa. Isso porque, afirma, a candidatura de José Serra, atual governador de São Paulo e ministro da Saúde no governo Fernando Henrique Cardoso, facilita comparações entre os dois mandatos de Lula e os de seu antecessor no Planalto. O senador compara o desafio da oposição em 2010, diante dos altos índices de popularidade do governo Lula, com aquele que o PT enfrentou em 1994, diante do bom desempenho do Plano Real. “A nossa situação era muito difícil. A deles está mais ainda”, avalia.

Para o senador Renato Casagrande (PSB-ES), o anúncio do tucano começa a definir os nomes que irão compor a eleição presidencial. O parlamentar afirma que o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), um dos nomes apontados para a disputa, pode levar vantagem com a decisão. “Quem se beneficiou de forma mais imediata foi o próprio Ciro, pela relação que construiu com o Aécio”, pondera o senador. Recentemente, o deputado do PSB, desafeto histórico de Serra, afirmou que deixaria a campanha presidencial se Aécio confirmasse sua candidatura. O tucano também acenou para o pré-candidato do PSB. “Eu gostaria de estar num projeto político ao lado do governador Ciro Gomes, mas isso não depende apenas da nossa vontade pessoal. Mas, mesmo se ele estiver num campo político e eu noutro, isso não vai impedir que nós conversemos”, afirmou Aécio no mês passado.

Apesar da desistência do governador mineiro, Casagrande pondera que Aécio ainda pode assumir a vaga de vice na chapa tucana. “Ainda dá tempo de o PSDB tentar convencê-lo a ser vice.”

Obstáculo
O senador Pedro Simon (PMDB-RS), favorável a uma candidatura própria de seu partido ao Palácio do Planalto, viu na ação de Aécio mais um obstáculo à campanha de José Serra. Isso porque caso o governador de São Paulo assuma desde já o posto de candidato, terá que enfrentar por mais tempo o desgaste de ser o oponente da escolhida por Lula. Num momento em que o governo petista tem grande aprovação, esse cenário seria perigoso para os tucanos, avalia o parlamentar.

Para o presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra, a desistência de Aécio à candidatura presidencial não vai alterar a estratégia de campanha de Dilma. “(O anúncio) não interfere em nada, mas, dependendo de como o Aécio vai se comportar daqui pra frente, pode interferir”, afirma outro petista.
Quem se beneficiou de forma mais imediata foi o Ciro Gomes, pela relação que construiu com Aécio
Senador Renato Casagrande (PSB-ES)

A ênfase na polarização

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vacarezza (PT-SP), disse que não pega bem comentar a articulação política da oposição, mas ressaltou que a escolha pelo nome de José Serra não muda muita coisa quanto à estratégia de Dilma Rousseff. “O problema do Serra vai ser explicar o ônus deixado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso”, diz. “No PT, todo mundo já esperava que Serra fosse o candidato do PSDB. Isso não muda nada”, conclui.

Faltaram as prévias

Patrícia Aranha

A decisão de Aécio Neves é negativa para o PSDB, segundo analistas, principalmente porque o partido abriu mão, mais uma vez, de fazer uma escolha ouvindo os filiados. O cientista político Fábio Wanderley, professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), compara o episódio ao que ocorreu em 2006. “É um desfecho ruim da disputa latente que se arrastou por muito tempo, sem que acontecessem as prévias. Voltamos ao ícone negativo da decisão do último candidato a presidente, Geraldo Alckmin, em uma reunião com dirigentes da sigla em um restaurante em São Paulo. A escolha por prévias amenizaria o clima, que já não é bom para a oposição, que enfrenta alta popularidade do governo Lula.”

Para o presidente do Centro de Pesquisa, Análise e Comunicação (Cepac), Rubens Figueiredo, se Aécio adiasse mais o anúncio, acabaria refém do partido. “Foi uma decisão altiva, porque a indefinição do governador Serra estava transformando o governador mineiro em reserva de luxo”, diz.

Ambos acreditam que a decisão pode render frutos no futuro. “Na hipótese de eventual derrota de Serra na campanha para presidente, e com Aécio no Senado, o PSDB praticamente cai no colo de Aécio, que seria o candidato natural em 2014”, diz Wanderley.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Entre bombas e pauladas da polícia de Serra

A VERDADE SOBRE JOSÉ SERRA E A EDUCAÇÃO PAULISTA

VERDADE SOBRE JOSÉ SERRA E A EDUCAÇÃO PAULISTA

Estamos em ano de eleição e, portanto, é hora de prestarmos atenção aos possíveis candidatos para que o nosso voto não seja motivo de mais mazelas sociais causadas por más administrações. Sabemos, no entanto, que manter-nos informados quanto ao que realmente acontece em nossa sociedade não é tarefa fácil, uma vez que boa parte da grande mídia está a serviço do capital e de partidos políticos - geralmente conservadores.

É por essa razão que, por meio desse e-mail, queremos informar a todos o que realmente acontece na educação paulista, uma vez que possivelmente o Sr. José Serra se candidatará ao cargo de presidente da República neste ano.

Acreditamos na Internet como um meio eficiente de fazer ouvir a nossa voz, quando o governo e a mídia, por conta dos seus interesses eleitoreiros, querem nos calar e difamar a todo custo.

Um exemplo dessa atitude criminosa da mídia golpista é a matéria que, recentemente, foi pblicada no Estadão. Dentre outras insinuações, o jornal acusava os professores da rede estadual de entrar em greve como um pretexto para ficarem de "braços cruzados", um jeito "sutil" de classificar a categoria como preguiçosa.

O jornal "esqueceu-se", no entanto, de contar aos leitores os reais motivos da paralisação dos professores. Este e-mail, portanto, pretende impedir a manipulação asquerosa promovida por esse e por outros jornais de grande circulação, contando o que de fato acontece nos estabelecimentos de ensino do estado de São Paulo e que motivou a greve.

SEGREGAÇÃO DA CATEGORIA

O governo Serra dividiu os professores em categorias com letras sugestivas como O de otário, L de lixo, F de f*****, etc, como se fôssemos gado marcado a ferro quente nas costas com as iniciais do dono.

O intuito disso é muito simples: segregar a categoria, jogando professores uns contra os outros, numa clara tentativa de enfraquecer a categoria, facilitando a aplicabilidade dos desmandos do governo tucano.

A verdade, no entanto, é uma só. Somos todos professores, e temos - ou deveríamos ter pela lógica mais pueril - os mesmos direitos. Na prática, porém, não é o que acontece depois da invenção das malfadadas "letrinhas". Cada categoria de professores é totalmente diferente da outra.

A DUZENTENA

Os professores da categoria O, por alguma razão ilógica que ainda estamos tentando compreender, após término de contrato terão que ficar 200 dias afastados das salas de aula. Isto significa que, se um professor está cobrindo uma licença de três meses, após esse período cessa o contrato e ele precisa ficar 200 dias em casa.

As perguntas óbvias que surgem imediatamente são: Acaso deixaremos de precisar trabalhar durante 200 dias? Nossos filhos deixarão de comer durante 200 dias? Sob quais argumentos o governo aprovou uma lei tão absurda e sem sentido?

O que parece é que a lei é um desestímulo a que os professores participem das atribuições de aula, e cubram licenças como professores eventuais, o que acontece muito.

Isso porque um professor contratado exige que se recolha INSS, que se pague horas de HTPC, dentre outros benefícios que o eventual não tem.

AULAS PRONTAS

Há alguns anos o governo tucano de São Paulo vem enviando às escolas revistas com aulas já prontas - tirando toda a autonomia e liberdade do professor.

SARESP NÃO MOSTRA A REALIDADE DOS ALUNOS PAULISTAS

Os índices do IDESP - que somam índice de aprovação de alunos e desempenho na prova do SARESP - estão longe de revelar a realidade das salas de aula no estado de São Paulo.

A verdade é que, com a progressão continuada, isto é, a obrigatoriedade de aprovar um aluno de um ano a outro, a menos que este exceda o número de faltas permitidas, é muito fácil manter um índice alto de aprovação de alunos, sem que isso signifique necessariamente o desenvolvimento desses indivíduos. Ademais nos resultados do SARESP o que vemos são textos empobrecidos que tentam intensificar avanços pequenos, e minimizar atrasos significativos.

Ademais o
 governo tem o mau hábito de atribuir a suas políticas educacionais os méritos dos avanços dos alunos, e lançar apenas ao professor a responsabilidade pelos regressos.

SALAS LOTADAS

Há um grande número de alunos por sala de aula, o que dificulta o trabalho dos professores, fazendo com que o ensino não tenha a mesma qualidade que poderia ter caso o número de alunos fosse reduzido.

Além disso o governo prometeu que colocaria dois professores por sala na primeira série do Ensino Fundamental I, e isso não é o que temos visto. Ao contrário, o que vemos são PEBs I com 40 crianças de cinco e seis anos sem que haja o prometido professor auxiliar.

PROVÃO DOS ACTs

Está claro que o governo pretende com o provão dos ACTs passar a idéia ilusória de que os supostos "professores incompetentes" serão afastados das salas de aula, o que seria um avanço na educação, uma inovação desse governo. Isto porém não passa de mais uma medida para fazer com que o povo acredite que a educação está melhorando graças ao governo Serra.

Também é um meio de jogar a responsabilidade pela falência da educação sobre as costas dos professores, classificando-os como incompetentes, para não assumir a parcela farta de culpa do governo tucano que sucateou o ensino.

AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO E VALE-TRANSPORTE

Quanto a essa parte não é preciso dizer muita coisa. Não é à toa que os colegas apelidaram o vale-refeição de "vale-coxinha". Quem consegue receber o "benefício" sabe que ele é tão vergonhoso quanto o nosso
salário. 

PROPAGANDA ENGANOSA

O governador José Serra, com claros interesses eleitoreiros, tem veiculado propagandas na mídia que mostram uma realidade falseada da educação paulista. Nessas propagandas o salário dos professores é ótimo, a educação avança vertiginosamente, etc.

Na prática qualquer professor sabe que isso não é verdade.

SALÁRIOS MISERÁVEIS

Freqüentemente somos acusados pela mídia golpista a serviço do PSDB de mercenários, simplesmente porque lutamos pór salários dignos. Parece que a imagem que se tem do professor é a mesma do "voluntariado".

Nós professores temos famílias para sustentar, temos contas a pagar, dedicamo-nos não somente dentro da escola, mas também em nossas casas, já que é no lar que nos atualizamos, corrigimos trabalhos, planejamos
aulas.

O salário base de um professor hoje não chega a R$ 950,00, o que é muito pouco para um trabalho que exige de nós muito tempo.

FALTA DE CONCURSOS PÚBLICOS PARA EFETIVAÇÃO

Vem do período da ditadura militar essa insistência em manter professores temporários na rede. Hoje esses professores são parte significativa de todo o efetivo da categoria. O número de temporários ultrapassa os 80.000 professores.

Isso gera algumas dificuldades na hora de aposentar-se, e não dá acesso a alguns benefícios que o efetivo tem.

É verdade que agora - em ano de eleição - o governo realizará um concurso público para efetivação de professores. No entanto o número de vagas é ridículo, pouco mais de 10.000. Precisamos de muito mais vagas para substituir todos os temporários da rede.

PROFESSORES NÃO FORMADOS ATUAM NA REDE

O governo, que vez ou outra coloca professores de "reforço", como está acontecendo com os educadores da disciplina de matemática, e que quer demonstrar tanto rigor na contratação de professores com provas eliminatórias, na verdade permite que alunos de faculdade - ainda não formados - bacharéis e tecnólogos - que não passaram em sua graduação por disciplinas relacionadas à prática pedagógica, lecionem
tranqüilamente na rede pública.

A mídia e o governo estão tentando jogar a sociedade contra os professores, ao mesmo tempo que tentam abafar as reais dimensões da greve para que a imagem do "candidato das elites" não saia arranhada e atrapalhe suas pretensões políticas.

Grupo Educadores do Brasil

Lula: a cegueira dos tablóides do Brasil

O que significa, do ponto de vista político e psicológico, o personagem José Serra no cenário da direita no Brasil e na América Latina?


Parricídio tucano ou afasia suicida de José Serra

Por Gilberto Felisberto Vasconcellos

O que significa, do ponto de vista político e psicológico, o personagem José Serra no cenário da direita no Brasil e na América Latina?

Foi líder estudantil da UNE, o que não quer dizer talento retórico nem capacidade intelectual; todavia se no passado porventura possuía algum charme persuasivo, atualmente não lhe sobrou nada, e isso está relacionado com a sua progressiva direitização depois do Chile, ou talvez até antes.
Serra em Santiago foi uma espécie de garçom ou mordomo de FHC, a quem deverá o futuro ingresso nas altas rodas banqueiras em São Paulo, tendo apoio da missa católica de Franco Montoro para fazer-se deputado.

Do Chile, José Serra vem carimbado de “marxista”, fazendo marola que estava na trincheira do marxismo, quando na verdade sua quitanda era a Cepal burguesa e desenvolvimentista, sob a direção de Raul Prebish, economista ponta de lança do imperialismo inglês na Argentina, odiado por peronistas, nacionalistas e trotskistas.

Não há contribuição alguma de José Serra à teoria econômica na América Latina. Isso foi dito em 1978 por Ruy Mauro Marini, artigo publicado na Revista de Sociologia Mexicana. José Serra, sem o menor escrúpulo intelectual, censurou o artigo de Ruy Mauro Marini no Cebrap. Neste artigo, aparecia como ele é hoje: um homem que se ufana da burguesia industrial e financeira paulista, um tecnocrata operador do capital monopolista internacional.

Ruy Mauro Marini antecipou o balé financeiro multinacional de José Serra, origem pobre, mas fascinado pelo Banco e pelo poder do dinheiro fazer dinheiro, que não tem nada a ver com o capital produtivo. O PSDB é a expressão de classe da universalização do capital monopolista, isto é, do imperialismo.

Funeral de Allende
A saga mal contada do Chile. Não se conhece nenhum protesto tucano contra a derrubada do presidente Salvador Allende. E esse silêncio, ou essa atitude impassível em relação ao socialismo chileno golpeado pela CIA, é revelador do tipo de “democracia” a que está afeiçoado o PSDB.

José Serra no Chile esteve mais próximo do ‘catolicão’ Eduardo Frei do que do comunista Salvador Allende, ao contrário do que sucedeu com Ruy Mauro Marini, Andre Gunder Frank e Darcy Ribeiro.

Eduardo Frei não só conspirou no golpe de Estado de 1973, como celebrou o regime de Pinochet, o qual contou com o Banco Mundial assessorado por Milton Friedman e os economistas Chicago Boys, que foram admirados e aplaudidos por Roberto Campos, o economista que se esforçou para privatizar a Petrobras e a Vale do Rio Doce.

O modelo econômico de Pinochet foi inspirado na ditadura brasileira de 1964 com os planos de “austeridade” ditados pelo FMI e Banco Mundial, privatizadores com corte de gastos estatais.

O que existe em comum entre Milton Friedman, FHC e José Serra? Estes no poder venderam as empresas estatais para o capital privado e, principalmente, para o capital estrangeiro.

Essa política neoliberal de desnacionalização, que direcionou tanto o regime fascista de Pinochet quanto a social democracia de FHC e Serra, baseia-se em três pilares: exportação, austeridade e superexploração do trabalho.

A Cepal de Raul Prebisch foi a antesala dos Chicago Boys de Milton Friedman, os quais ocuparam altos cargos executivos no regime fascista de Pinochet. A política econômica do general chileno foi de caráter neoliberal e privatizante tanto quanto a da “era vendida” de FHC e Serra. Isso significa que, para além da superficial análise políticóloga baseada na noção de “autoritarismo”, a repressão policial durante a “era vendida” não se fez necessária no Brasil para garantir o domínio neoliberal da burguesia financeiro-monopolista e sua acumulação de capital.

O genocídio econômico neoliberal no Chile estava, segundo Pinochet, justificado por uma “democracia autoritária”.

Panteão caipira
Se a ditadura de 64 seguiu o receituário tecnocrático de Roberto Campos, o repercurtor colonizado de Milton Friedman, o guru gringo de Pinochet, então a política privatizante do general chileno foi, por sua vez, radicalizada pelo príncipe da sociologia no Brasil, que recebeu o justo epíteto de “o rei das privatizações”, disputando esse qualificativo na América Latina com Menem na Argentina e Fujimori no Peru. É por causa desse condicionante econômico do capital monopolista que FHC e Serra nunca derramaram lágrima alguma para Salvador Allende assassinado pelos Chicago Boys, os quais iriam inspirar mais tarde a decisão tucana de privatizar a Vale do Rio Doce e vender as ações da Petrobrás.

FHC e Serra no poder iriam repetir e copiar Albert Hirschman, outro economista anti-marxista que não difere substancialmente de Walt Rostow bancado pela CIA, o assessor de Kennedy e Johnson que mandou jogar bomba nas cabeças dos vietnamitas.

A fúria neoliberal privatizante dos tucanos não foi de inspiração autóctone, ou o resultado de seu convívio com Ulisses Guimarães e Franco Montono, o panteão caipira do largo São Francisco, incluindo o cowboy Orestes Quércia.

Como tudo o que acontece com eles, a diretriz é traçada invariavelmente do exterior e dos centros imperialistas. A compreensão dessa política entreguista do PSDB está em Andre Gunder Frank, sociólogo nascido em Berlim (1929) que deu aula na Universidade de Brasília convidado por Darcy Ribeiro, e que continua até hoje sendo o demônio das ciências sociais.

Gunder Frank, o autor de O Desenvolvimento do Subdesenvolvimento morreu em 2005, deixou uma notável obra teórica e histórica, que é o desmascaramento do neoliberalismo com a ideologia da globalização do capital monopolista.

O detalhe é que além de ter vivido no Chile na época de Salvador Allende, o marxista Gunder Frank, foi aluno de Milton Friedman na Universidade de Chicago na década de 50 e percebeu o caráter reacionário de seu mestre, rompeu com ele e com a Universidade de Chicago, e mais tarde no Chile, denunciou o crime contra o povo latinoamericano perpetuado por aquele figurão que ganhou o prêmio Nobel de economia, por ser o paradigma monetarista do vínculo entre a universidade e o banco, como é também o caso, repetido na periferia, do percurso de FHC e Serra, os quais concentraram o poder econômico e venderam o país, seguindo a terapia do “tratamento de choque”, a expressão de autoria de Milton Friedman, cuja política, como dizia Gunder Frank, aumentou o monopolismo capitalista no mundo, desde quando assessorou Barry Goldwater e orientou as medidas econômicas de Nixon.

Para América Latina exportou a bula, repercutida décadas depois pelos tucanos, sobre a “estabilização da economia”, que não é diferente do modelo de Roberto Campos.

Mercado livre e pau-de-arara
É preciso desconfiar da auto-propagada vocação dos tucanos à democracia. Roberto Campos também se dizia fã da democracia quando serviu à ditadura. Milton Friedman escreveu o livro Capitalismo e Liberdade e contribuiu para o assassinato de 30 mil pessoas no Chile, apelando para os princípios do “mercado livre” e do neoliberalismo. Por isso é preciso perguntar o seguinte: até onde vai o amor de José Serra pela democracia? O fascismo político de Pinochet se valeu do neoliberalismo na economia, o qual será retomado por FHC com eleições, seguindo o que receitava o guru Milton Friedman: o lucro é a essência da democracia. FHC sempre disputou as eleições por cima e em situação favorável, a moeda “real” foi a cédula eleitoral no bolso, dizia Leonel Brizola. Depois se reelegeu na maré das reeleições, o que não acontecerá com José Serra, que é uma espécie de primo pobre da tucanalha, desprovido das fortunas maquiavélicas que foram oferecidas para FHC na Casa Grande.

A dialética Casa Grande e Senzala funciona como um sintoma psicológico de um partido político repleto de egos vaidosos e sem carisma. FHC colocou a graça de seu carisma no dinheiro, na moeda, ficando conhecido como o “príncipe da moeda”.

Herança Vende-Pátria
Hoje, em situação mundial desfavorável provocada pela crise financeira do imperialismo (FHC esteve oito anos agenciando a globalização do capital estrangeiro), o PSDB com José Serra – representando os interesses da burguesia financeira e industrial de São Paulo – se prepara para voltar ao Palácio da Alvorada.

Há porém um problema neste teatro subshakesperiano. É que depois do estrago entreguista de FHC, os tucanos não têm discurso a apresentar, digamos, nenhuma esperança em cima da telenovela, da moeda e da estabilização da economia.
Ainda que não reconheça publicamente, José Serra gostaria de descartar-se da herança de seu progenitor, porque essa herança é um estorvo fatal para ele, impedido de falar que vai retomá-la e tirar-lhe a parte ruim.

Afinal, que “Brasil venceu” com oito anos de FHC? José Serra vive essa contradição em sua trajetória política, pois não poderá negar a paternidade que o gerou, embora esse DNA seja um obstáculo para palmilhar o caminho da Presidência da República.

É difícil para José Serra refutar que a era FHC, com a sua política de privatização internacional e agente da universalização do capital privado, foi um retrocesso nacional, que não fez senão prosperar os bancos e as corporações multinacionais.

Durante a “era vendida” de FHC, o PSDB foi o instrumento político do capital globalizado, que levou adiante as medidas entreguistas de 64, valendo-se do argumento da eficácia, da racionalidade e da competência na administração da vassalagem entreguista.

Baile de Manhattan
Analisado de olho na América Latina, o governo neoliberal de FHC –que José Serra estará compelido a defender agora com todos os constrangimentos – tomou como paradigma e aprofundou o que foi feito na economia pelos Chicago Boys no Chile do general Pinochet.

O neoliberalismo econômico de FHC, Menem e Fujimori começou com as ditaduras da década de 60. A retirada de todas as restrições ao capital estrangeiro, a liberalização dos mercados, a desregulação das empresas privadas, as prescrições sobre os “ajustes estruturais” fizeram parte do pacote macroeconômico chamado “estabilização” aplicado em escala mundial a mando do FMI e do Banco Mundial. Essa foi, na era privatizadora de FHC, a economia portifólio e especulativa, de acordo com o processo de acumulação de capital sob a égide da financeirização.

Quem fez a farra com o Plano Real foi, dentre outros bancos estrangeiros, o Chase Manhattan com os seus superlucros.
São os bancos e as grandes instituições financeiras que irão conceder o prêmio Honoris Causa para FHC, o “gênio das ciências sociais” enfiando (como dizia Leonel Brizola) os barretes em sua cabeça por várias universidades do Primeiro Mundo pelo serviço prestado, sobretudo na Inglaterra de Tony Blair, o afilhado de dona Tatcher e pupilo de Giddens, o comensal assíduo nos ágapes oferecidos por Rupert Murdoch, a patota Barclays Bank e British Airways.

A política econômica neoliberal foi um desastre para a América Latina, empobreceu muita gente e marginalizou amplos setores da população. José Serra irá corrigir os defeitos dessa política imperialista de FHC? É difícil imaginar o discurso do PSDB agora para o que defendeu e executou no poder durante oito anos, tendo sido o principal agente político da universalização do capital monopolista.

Culpa e Insônia
O travesseiro de José Serra está esquentado com a questão: o que dizer na campanha de 2010 acerca da herança daquele que foi o seu progenitor político? Agora, com a crise da financeirização política do capital monopolista, nem a direita da metrópole defende mais a “flexibilização do capitalismo”.

A insônia de José Serra tem razão de ser: cadê o Giddens? Cadê o Blair? Cadê a Tatcher? Cadê o Clinton?

O modelo terceira via-globalização-privatizante-neoliberal fracassou. A alternativa durante a campanha é retornar a Keynes e aos investimentos públicos? Será que isso surtirá algum efeito?

O problema é o peso da herança: FHC foi a transferência do patrimônio público para os interesses privados.

O PSDB não é social nem democrático. Quem faz o programa desse partido é a big finança, e esta não tem nada de democrática; ao contrário, o capitalismo monopolista é contra a democracia.

O interesse imperialista da metrópole é o que determina a concepção do PSDB.

Os gerentes e estamentos anglosaxônicos formularam as políticas da “terceira via” e da privatização, porém isso resultou num desastre completo.

O que foi outrora tido como gênio, Tony Giddens, citado impreterivelmente na bibliografia dos cursos da pós-graduação em ciências sociais, virou um badameco da burguesia pirata de Londres.

Segundo o sibarita Giddens, acabou a luta de classes entre burguesia e proletariado, o vínculo entre nação opressora e nação oprimida foi dissolvido, dissipou a contradição capitalismo versus socialismo, assim a filantropia das ONGs é o que resolve a penúria; enfim, essa “terceira via” neoliberal privatizadora aumentou o abismo entre pobres e ricos.

O PSDB é um partido político colonizado e mimético, sua formatação origina-se dos centros financeiros do capitalismo, seu internacionalismo, ou melhor, seu cosmopolitismo é burguês, portanto não há abracadabra possível que faça José Serra pousar de nacionalista e defensor das riquezas naturais do país; afinal ele foi o fautor e companheiro de viagem do funeral feagaceano da era Vargas. Então, sem que se reduza a política à psicanálise, é preciso reconhecer que um espectro ronda o arraial tucano: o do parricídio. É a matança (simbólica, claro) do pai FHC pelo filho José Serra, se este quiser se despregar da “era vendida”, pelo menos durante a campanha eleitoral de 2010. Se não for seguido este caminho, não restará outra alternativa senão a afasia que o levará à autoimolação política.

Adiós, Serra.

Gilberto Felisberto Vasconcellos é sociólogo, jornalista e escritor



Sem discurso, sem projeto para melhorar a pobre educação pobre de SP, Serra manda a polícia bater nos professores.

Leia mais em Altamiro Borges

quinta-feira, 25 de março de 2010

Maria Aglais de Oliveira é anistiada.

Recebi a mensagem abaixo e encaminho ipis literes porque me fez buscar as minhas memórias de minha comunidade rurícula chamada Pitombeira do município de Jaguaruana. Sem escola por perto a minha família veio para Russas e logo fomos matriculados na escola mais perto de casa. 

Sou eternamente grato á minha mãe porque eu poderia ter crescido analfabeto cuidando de cabras e bodes.

Abaços.
Luís Moreia


Prezado(a) professorluismoreira,

Este conteúdo do "Portal Vermelho" foi enviado a você por marcos antonio oliveira barros (mao.barros@hotmail.com).

Comentário: Olá, gostei desse aetigo e lembrei de todas as pessoas de jaguaruana que fazem história em prol de mundo mais justo.

Título: Maria Aglais de Oliveira é anistiada

Maria Aglais de Oliveira é anistiada.
MARIA AGLAIS DE OLIVEIRA (Maria Dora, na clandestinidade) é anistiada.
Ela nasceu em Jaguaruana, no estado do Ceará, em 1933.
Aos seis anos de idade perdeu a mãe, que morreu de febre amarela.Seu pai, também contaminado pela febre amarela, dividiu os vinte filhos entre parentes e amigos.
Por Márcia Viotto*
Ela nasceu em Jaguaruana, no estado do Ceará, em 1933.

Aos seis anos de idade perdeu a mãe, que morreu de febre amarela.Seu pai, também contaminado pela febre amarela, dividiu os vinte filhos entre parentes e amigos. Maria foi parar na cidade de Russas, sendo criada pela sra.Rufina Pereira - viúva, amiga dos seus pais.

Rufina, de origem latifundiária, era muito severa e Maria Aglais, aos sete anos passou a ser a empregada da casa. Ela matriculou Maria Aglais na escola publica até 4º ano primário e depois em uma escola particular administrada pelas freiras. Maria, inteligente e esperta, aproveitou a oportunidade, já tinha uma compreensão da importância de estudar, percebia que era a sua chance de sair daquela situação.

Aos dezoito anos perde sua “mãe” adotiva. Como não tinha herança, as freiras, a convidaram para morar com elas no orfanato. Uma prima chamada Francisquinha, que tinha amizade com o prefeito, conseguiu duas bolsas uma para fazer o curso normal e outra para fazer contabilidade, mas ela acabou fazendo apenas o magistério.

Maria Aglais tinha uma irmã Giselda , que morava em Recife e resolveu nas férias ir até lá visitá-la. Conheceu Maria Gonçalves assistente social que desenvolvida um trabalho na Associação Nordestina de Credito e Assistência Social .Aprovada no treinamento foi trabalhar na zona rural de Pernambuco – em Bom Conselho e Garanhuns.Logo foi promovida a supervisora das equipes, o que lhe permitiu viajar, ao Porto Rico (1963) e depois aos EUA –Nova York, Washington , fazer cursos de atualização e visitar a zona rural .Foi quando se deu conta da pobreza em que vivia o Brasil - o seu nordeste. Não conseguindo conciliar seus estudos com o trabalho pediu demissão e foi procurar a faculdade federal de Pernambuco – passando no vestibular para ciências sociais. Logo depois conseguiu empregar-se na sucursal do Jornal do Brasil como secretaria. Neste período, Miguel Arraes, liderança expressiva foi preso. Começou a tomar contato com militantes da Ação Popular foi participar com elas do movimento estudantil. Os centros acadêmicos foram postos na clandestinidade. Maria foi demitida do Jornal do Brasil.

Então uma assistente social- Judite da Mata Ribeiro- ligada a Igreja que trabalhava na SUDENE conseguiu para Maria participação de um projeto de formação de camponeses para a reforma agrária. Depois Maria Aglais foi indicada como técnica de cooperativa pesqueira na cidade de Ilhéus –BA. Foi ali que se deu conta da divisão de classes. No meio dos pescadores, percebeu a imensa desigualdade daqueles que viviam do dia a dia para comer. A idéia era criar uma cooperativa. Foi então que conheceu o PC DO B – através do dirigente “Gordo” e abraçou o ideário comunista. A partir de 1969 passou a viver na clandestinidade, de fazenda em fazenda de cacau, com o objetivo de conversar com trabalhadores e levar as idéias revolucionarias. Convivia com o pessoal da AP que vendia coisas na feira de Camacã. Foi quando conhece seu futuro marido- Zé. Maria passou a alfabetizar os trabalhadores e começou a ser mais observada. Teve um aborto e depois perdeu um filho recém nascido em acidente.

A situação dos trabalhadores era terrível. Comiam farinha e pimenta. Fugindo em busca de trabalho o casal morou em casa de chão batido e cama de palha. Maria adoeceu. Teve outro aborto.

Foram então para a casa dos pais do Zé – em Itabuna, e trabalhavam com venda de comida na feira.

Em 1973, a direção do PC DO B fez uma reunião e comunicou que a situação estava grave e que o Partido não tinha condições de manter o contato. A família de seu marido havia mudado para SP, então o casal resolveu vir também. Foram morar em um porão na casa de uma irmã de Zé, em S.Miguel Paulista .Maria foi ser cobradora de ônibus, enfrentando várias madrugadas. Engravidou de novo e o medico a aconselhou a não mais trabalhar para poder levar a gravidez a termo. Após o nascimento de sua filha foi trabalhar na fabrica de latas Matarazzo, mas não agüentou. Passou a trabalhar em casa com confecção de costura e ganhava por produção,também trabalhou no hospital da Penha como auxiliar de enfermagem.
Neste momento, seu marido, que trabalhava em uma metalúrgica reencontrou o pessoal do PC DO B na pessoa de Lucia e Creuza. A partir daí retomou a luta, através do movimento contra a carestia, com nossos queridos camaradas Tom (já falecido) e Ana Martins (nossa atual dirigente estadual).Ana trabalhava no Mobral e Maria passou a trabalhar também.Entrou na luta pela moradia e todos os movimentos,o principal deles o movimento contra a carestia. Maria Aglais passou a fazer parte do Zonal da Leste do PC do B.

Daí por diante, a luta pela anistia, pela Amazônia é nossa ,etc.Veio a anistia e Maria Aglais que então era Maria Dora foi retomar sua identidade no Recife (1981) e Ceará onde trabalhou na Coelce (empresa de eletricidade) foi buscar seus documentos, seu tempo de serviço na cooperativa(sem registro).

Com a anistia, o PC do B voltou a legalidade e Maria Aglais passou a atuação na direção do Distrital da Mooca e depois presidente no distrital de Sapopemba-Vila Prudente.
No movimento dos monitores do Mobral se ligou a APEOESP. E a partir daí Maria Aglais começou a participar da vida sindical do movimento dos professores dando aula na escola estadual Caetano de Campos.

O PC DO B participou de uma invasão habitacional na cidade A.E.Carvalho e Maria resolveu entrar junto com 95 famílias. Já separada, com uma filha pequena de 3 anos, nada tinha a perder.

Não tardou ação de despejo do governador biônico Maluf, ficando três dias ao relento negociando um lugar para morar.

As famílias foram alojadas num conjunto habitacional, ainda em construção, que depois foi inaugurado pelo então prefeito Mario Covas do então MDB, em Sapopemba, conjunto Teotônio Vilela, sem água, sem luz, sem escola, sem creche, sem infra estrutura nenhuma. Maria Aglais foi uma das principais lideranças a organizar e integrar o conjunto (promorar e prédios) criando a associação dos moradores, que passou a reivindicar o funcionamento dos serviços sociais (escolas, creches,luz, água,esgoto,etc) .

Professora da rede estadual e concursada da prefeitura, ministrando aula para o ensino fundamental e jovens adultos, acumulava três cargos. Participava como conselheira da APEOESP e em seguida passou a acumular dois cargos na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, passando atuar no SINPEEM.

Aposentou-se aos 70 anos de idade na escola publica, por não ter como provar, seu tempo de serviço prestado em função do período de clandestinidade e em 2005 entrou com o processo de anistia, tendo conseguido sua aprovação em setembro de 2009.

Maria Aglais, um ícone do PC do B, pela sua militância aguerrida, fiel, possuidora de uma grande humanidade, exemplo e estimulo a tod@s que lutam, tem dedicado sua vida a causa do socialismo, não desiste de sonhar que outro mundo é possível . Atualmente milita no Distrital de S.Miguel, junto a terceira idade daquela comunidade e é também membro da diretoria da União Brasileira de Mulheres.

Parabéns e obrigado por você existir em nossas vidas!

Por Márcia Viotto - socióloga,professora,atualmente assessora da CTB- militante do PCdoB -V.Prudente .

Depois da maquete, Serra "inaugura" demolição de muro


Neste mês, José Serra (PSDB/SP) inaugurou a maquete de uma ponte em Santos, a pedra fundamental virtual de uma escola técnica estadual na capital paulista e, agora, organizou um evento para "inaugurar" uma
demolição.

A cerimônia de "inauguração" da demolição contou com uma máquina enfeitada com um enorme adesivo amarelo do Governo de São Paulo. Serra assumiu o comando do "brinquedo" (foto) e derrubou um muro de
concreto.

"É gostoso", disse do alto da máquina. "Derrubar prédios é uma terapia!".

Os moradores do Jardim Romano, área de alagão nas últimas chuvas, conheceram de perto a "terapia" da demolição de Serra e Kassab.

A demolição na região central da capital paulista é para dar lugar ao Complexo Cultural Teatro da Dança, mas o projeto sequer está pronto.

"Estamos no começo do começo da obra, mas logo estaremos no fim do começo", disse o demo-tucano.

A demolição levará cinco meses. O projeto deve estar pronto para licitação até dezembro. Ou seja, obras só no ano que vem, se houver.

Vejam a ética de tucanos e de sua mídia golpista.

Tucanos e mídia desviam recursos públicos

Sem maior alarde, o Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus) acaba de descobrir que três governos tucanos (São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul), além de um apêndice dos demos (Distrito Federal), desviaram recursos do SUS para o mercado financeiro nos últimos quatro anos. O desfalque serviu para incrementar os programas estaduais de ajuste fiscal, como manda a cartilha neoliberal do “choque de gestão”, em detrimento do atendimento à saúde de uma população estimada em 74,8 milhões de habitantes.

Numa excelente reportagem na revista Carta Capital, o jornalista Leandro Fortes denunciou este esquema criminoso. “Ao todo, o prejuízo gerado aos sistemas de saúde desses estados passa de 6,5 bilhões de reais, sem falar nas conseqüências para os seus usuários, justamente os brasileiros mais pobres”, revela. As auditorias do Denasus, feitas nos 26 estados e no DF, foram iniciadas em março de 2009 e entregues ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, em janeiro último. A intenção era saber quanto cada estado recebeu do SUS e o que fez com os recursos federais.

Ética do PPS foi para o esgoto

O primeiro caso de desvio foi descoberto no Distrito Federal. O ex-secretário da Saúde, Augusto Carvalho, expoente do PPS que se jactava de paladino da ética, “aplicou tudo em Certificados de Depósitos Bancários (CDBs). Em março do ano passado, a aplicação somava 238,4 milhões de reais. Parte do dinheiro, segundo investiga o Ministério Público Federal, pode ter sido usada no megaesquema de corrupção que resultou no afastamento e na prisão do governador José Roberto Arruda”. Será difícil o partido de Augusto Carvalho e Roberto Freire voltar a falar em ética.

Já nos governos tucanos de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, os auditores tiveram dificuldades para vasculhar as suas contas. Badalados pela mídia como “gestores modernos”, que zelam pela “transparência nas contas púbicas” eles fizeram de tudo para sabotar a investigação. O Denasus precisou recorrer ao Ministério Público Federal para descobrir que a governadora Yeda Crusius, entrincheirada na sua mansão sob suspeita de corrupção, reteve 164,7 milhões de recursos do SUS em aplicações financeiras até junho de 2009. Afetado atualmente por um surto de dengue, o estado aplicou apenas 0,29% dos seus recursos na vigilância sanitária. Um crime!

Discurso de Serra desmontado

“Com exceção do DF, a maior parte do recurso retido em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul diz respeito às áreas de vigilância epidemiológica e sanitária, ai incluído os programas de combate à AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Mas também há dinheiro do SUS no mercado financeiro desses três estados que deveria ter sido utilizado em programas de gestão à saúde e capacitação de profissionais do setor”, denuncia Leandro Fortes.

A investigação complica ainda mais a vida de José Serra. “No caso de São Paulo, a descoberta dos auditores desmonta um discurso muito caro ao governador, virtual candidato do PSDB à Presidência, que costuma vender a imagem de ter sido o mais pródigo dos ministros da Saúde do país, cargo ocupado por ele entre 1998/2000, durante o governo Fernando Henrique Cardoso”, aponta Leandro Fortes. Pelos cálculos do Denasus, apenas em 2007, José Serra deixou de aplicar na saúde R$ 1,1 bilhão. Apesar disto, o Tribunal de Contas do Estado aprovou as suas contas.

Mídia é devedora da Previdência Social

Apesar da gravidade dos fatos denunciados pela Carta Capital, a mídia demotucana tem evitado tratar do assunto. O seu “espírito investigativo” não funciona quando se trata de apurar os crimes da oposição neoliberal-conservadora, principalmente quando afetam o blindado José Serra. Mas, além das razões político-eleitoreiras, o silêncio da mídia tem outros motivos escusos. Ela mesma procura tirar vantagens econômicas do desmonte do setor público. A defesa do “estado mínimo” e contra a “gastança pública” tem também objetivos funcionais, de expropriação explícita.

O sítio Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, denunciou recentemente que os principais veículos de comunicação desfalcam a Previdência Social. Os demo-tucanos roubam a saúde e os barões da mídia roubam os aposentados e os pensionistas. “E depois eles reclamam do déficit da previdência”, ironiza Amorim. Os dados enviados ao blogueiro são bombásticos:

- A Infoglobo Comunicações, empresa das Organizações Globo, tem nove processos por dívidas com a Previdência Social, totalizando R$ 17.664.500,51;

- A Editora Abril deve R$ 1.169.560,41;

- A Rádio e Televisão Bandeirantes tem sete processos, totalizando R$ 2.646.664,15, sendo que três deles são de “Pedido de Penhora e/ou Reforço de Penhora”;

- A Folha de S.Paulo tem quinze processos e deve à Previdência Social R$ R$ 3.740.776,10;

- O Estado de S.Paulo tem dois processos e deve R$ 2.078.955,87;

- A Editora Globo tem dois processos e deve R$ 2.078.955,87.

Comparação FHC X LULA

Uma contribuição do irmão socialista e cristão Remo Moreira
 
Com isenção de ânimo e sem paixões políticas, conhecer indicadores sociais e econômicos   comparando os Governos FHC e Lula.
 A diferença, e muito grande... É bom lembrar.


   


Situação do Brasil antes e depois: Itens
Nos tempos de FHC
Nos tempos de LULA
Risco Brasil
2.700 pontos
200 pontos
Salário Mínimo
78 dólares
210 dólares
Dólar
Rs$ 3,00
Rs$ 1,78
Dívida FMI
Não mexeu
Pagou
Indústria naval
Não mexeu
Reconstruiu
Universidades Federais Novas
Nenhuma
10
Extensões Universitárias
Nenhuma
45
Escolas Técnicas
Nenhuma
214
Valores e Reservas do Tesouro Nacional
185 Bilhões de Dólares Negativos
160 Bilhões de Dólares Positivos
Créditos para o povo/PIB
14%
34%
Estradas de Ferro
Nenhuma
3 em andamento
Estradas Rodoviárias
90% danificadas
70% recuperadas
Industria Automobilística
Em baixa, 20%
Em alta, 30%
Crises internacionais
4, arrasando o país
Nenhuma, pelas reservas acumuladas.
Cambio
Fixo, estourando o Tesouro Nacional.
Flutuante: com ligeiras intervenções do Banco Central
Taxas de Juros SELIC
27%
11%
Mobilidade Social
2 milhões de pessoas saíram da linha de pobreza
23 milhões de pessoas saíram da linha de pobreza
Empregos
780 mil
11 milhões
Investimentos em infraestrutura
Nenhum
504 Bilhões de reais previstos até 2010
Mercado internacional
Brasil sem crédito
Brasil reconhecido como investment grade
REALMENTE.....Não dá pra comparar.....seria como querer comparar o Chiclete com Banana com os Beatles...rsss.
abraço,


Remo, socialista, zapatista, e cristão,

Já estamos tão irremediavelmente (a maioria, pelo menos) adestrados à lógica comercial, individualista e mercenária do capitalismo que todos os nocivos efeitos de sua hegemonia nos parecem "naturais", e inevitáveis. Dessa forma, "esquisito" para nós é: 1-alguém dedicar a vida a ajudar os outros sem receber recompensa material. 2-alguém não seguir a moda e comprar só aquilo que ELA MESMA RESOLVEU QUE QUER, por decisão própria e soberana, sem ser obrigada pela mídia ou pela tola sociedade de consumo. 3-alguém que não assiste televisão, por não conseguir aguentar tanta mediocridade, idiotice e oportunismo na programação, e prefere ler um bom livro ou assistir a algum bom filme INDEPENDENTE (não produzido pelos grandes estudios estadunidenses) 4-alguém que não consegue passar horas à frente de uma TV assistindo como vivem dentro de uma casa seis pessoas, as quais nada têm a lhe acrescentar à sua sabedoria de vida. 5-alguém que tenha admiração, respeito e amor pelo povo argentino, nossos irmãos americanos, assim como por todos os outros de nosso imenso continente, e nao caia, "feito um patinho", na tola lorota da "rivalidade" de nosso país com o portenho, lorota esta ardilmente disseminada pela classe dominante com medo de um intercambio maior entre nossos povos, pois o povo portenho é sabidamente mais esclarecido e engajado politicamente, e poderia "suberter" a dócil submissão do nosso povo às estruturas de dominação que há séculos os sufocam. 7-alguém que ANALISE as notícias que recebe da mídia comercial (tv, jornal, revista, sitios, rádio, etc.), e não as assimile IMEDIATAMENTE e IRREFLETIDAMENTE, acreditando piamente e ingenuamente no que recebe, sem a menor reflexão sobre o seu conteúdo e principalmente sobre OS INTERESSES SUBJACENTES DE QUEM ESTÁ DIVULGANDO A NOTÍCIA.