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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Brasil precisa de investimento e não de maior aperto fiscal

Brasil precisa de investimento e não de maior aperto fiscal
FOTO: Divulgação/TV Globo

Em entrevista ao Jornal da Globo desta segunda-feira, a candidata à presidência Dilma Rousseff defendeu a ampliação dos investimentos em vez de um ajuste fiscal maior nas contas do governo. Segundo ela, o Brasil já superou a fase do aperto indiscriminado das contas públicas e precisa agora fiscalizar os gastos e investir em infraestrutura.
A candidata citou as obras de interligação das bacias do Rio São Francisco, estimadas em R$ 6 bilhões, para levar água às famílias do semiárido nordestino, e de construção das hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau, no Rio Madeira, para garantir energia e evitar o racionamento já vivido pelo Brasil.
“Hoje nós estamos na fase do investimento, do planejamento, do controle e da fiscalização do gasto público, mas não estamos na fase do ajuste fiscal”, defendeu Dilma, lembrando que os investimentos públicos ficaram parados por 25 anos.
Segundo ela, o ajuste fiscal feito até 2002 implicava em corte linear de gastos e aumento de impostos, um modelo que classificou como “crime”, se fosse adotado hoje no Brasil. Para a candidata, aumento do salário mínimo e investimentos em saneamento, por exemplo, não escapariam da tesoura, o que pode ser evitado uma vez que o país tem inflação sob controle, reservas internacionais de US$ 260 bilhões e a dívida pública em trajetória de queda.
“O pessoal que está defendendo ajuste fiscal está errado. O que nós temos de defender é outra coisa. O Brasil tem de crescer e tem de controlar os seus gastos, não pode sair crescendo e gastando dinheiro a roldão. Agora, defender ajuste fiscal como foi praticado no Brasil é um crime hoje”, afirmou. “Sou a favor de uma taxa de investimento cada vez maior.”

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