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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Em 2006 todas as luzes do PIG eram para Heloísa Helena, agora são para Marina. Depois virá o ostracismo.

Respondendo a uma sabatina do Estadão em 02 de setembro, a candidata do Partido Verde à presidência da República Marina Silva disse: "Não é utópico imaginar ser possível governar com gente boa de todos os partidos. José Serra já convidou a mim e a Dilma para fazer parte de seu governo". Isso depois de defender um "realinhamento histórico do PT com o PSDB.

Apoiada hoje por um setor da FIESP (seu vice é dono do grupo Natura), Marina, desde os tempos de ministra de Lula, cultivou relações com o imperialismo dos EUA, cuja imprensa a trata como "pop star".  Começou pelas ONGs (Greenpeace, WWF), e igrejas, depois chegou às multinacionais, com a liberação dos transgênicos, aos "investidores", com a concessão ds florestas à iniciativa privada.

Marina escolheu sair do governo Lula divergindo de uma lei favorável aos ruralistas, passando uma imagem de "esquerda". Coisa que dentro do PT ela nunca foi. No Acre, seu Estado, ela já defendia aliança com o PSDB há 15 anos!

Ao longo de 2009, setores do MST e a direção do PSOL (inclusive do grupo do ex-dirigente do PT, João Machado, ligado ao chamado "Secretariado Unificado") chegaram a cortejar Marina par encabeçar uma "frente eleitoral". 

Como se sabe, a presidente do PSOL, Heloísa Helena, manteve seu apoio à Marina até hoje, mesmo tendo o partido lançado Plínio à presidência.

 PARA QUAL POLÍTICA?

Mas afinal, para aplicar qual política Marina quer unir PT e PSDB? 

* Temos de reduzir o gasto público fazendo com que cresça metade do crescimento do PIB (...) vou reduzir impostos".

*  Minha posição pessoal em relação ao aborto é clara: sou contrária (mas sou a favor do plesbiscito para decidir esta questão)

*  Numa Constituinte exclusiva que eu defendo teríamos de colocar a reforma tributária, previdenciária e  a política".

Uma reforma para avançar ou uma contra-reforma? A resposta à questão-chave do salário mínimo revela:

*  Não é possível assumir compromissos de aumento real do salário mínimo. É preciso avaliar como estão as contas públicas".

Ora, desde a ditadura militar é isso que ouvem os trabalhadores. Com muita luta da CUT, no governo Lula isso começou a mudar com a conquista de aumento real de 54% em 7 anos.  Mada nada está garantido para o ano de 2011.  Mas, com Marina no governo. como se vê, seria ainda mais difícil!.

Qualquer trabalhador pode entender: Marina na verdade, não traz nada de novo, é apenas mais uma que passou para o lado dos patrões. Neste caso, dos patrões moderno que querem um união com PT e PSDB juntos no governo federal para aplicar metidas de ajuste, corte de gastos etc. Todo o contrário da democracia. 

Mas é claro, tudo isso pintado de verde para ficar na moda. 

Comentário: quando Marina era Ministra do Meio Ambiente, os mesmos jornais que hoje a paparica eram os jornais que a chamavam de incompetente. Na verdade, Marina é uma laranja do PIG para levar as eleições de 2010. No entanto, o povo já entendeu toda a jogada, como aconteceu em 2006 quando todas luzes do PIG eram para Heloísa Helena.

Rede Globo, Folha, Veja, Estadão travestidos de "verdes" para levar a eleição para o segundo turno.

Jornal O TRABALHO, nº 681 - 8 a 22 de setembro de 2010

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