No dia 1º de Maio de 2002 a taxa média de desemprego na região metropolitana de São Paulo, medida pelo DIEESE/SEADE, era de 19,4%, contra 14,2% no início do governo de FHC e Serra. Hoje é de 13%. O número de desempregados no Brasil cresceria em mais de 9 milhões de pessoas na década governada pela coalizão conservadora que agora tenta voltar ao poder. De um total de 75 milhões de trabalhadores, não mais que 27 milhões tinham carteira assinada no último 1º de Maio da 'modernidade' tucana: menos que 36% do total, contra mais de 52% hoje, após 12,4 milhões de contratações formais registradas durante o governo Lula. Os que agora dizem "o Brasil pode mais" produziram um esfarelamento industrial que levou a cortes de até 30% no nível de emprego de alguns setores industriais. Às vésperas do 1º de Maio de 2002 , FHC disse ao lado de Serra, em uma inauguração em São Paulo: ‘O que estamos fazendo é apenas um começo, não é um interregno. Terá continuidade, pelo bem do Brasil'. Soou como uma ameaça. Cinco meses depois os trabalhadores cuidariam de afastá-la elegendo Lula com 52,8 milhões de votos. Oito anos depois, o confronto entre dois projetos de país se recoloca de forma ainda mais nítida; agora sem Lula, mas com resultados que o representam e acentuam o retrocesso personificado na candidatura Serra.
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