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domingo, 2 de maio de 2010

O Mapa da Corrupção no Governo FHC-SERRA

Veja meus amigos, o que é jornalismo investigativo desta mídia asquerosa existente em nosso querido país. Só teremos verdadeira democracia no dia em que tivermos meios de comunicação comprometidos com a verdade dos fatos e isto jamais existirá.

O jornalismo verdade é um jornalismo capenga porque pende para um lado. Quando o dito mensalão do PT chegou às raízes do Valerioduto - sendo o nascedouro no governo demotucano, as Organizações Globo esfriou aquela "cobertura investigativa sobre o mensalão", que não deu em nada porque estava enraizado no governo FHC-SERRA.

Nós temos um compromisso com o país de nossos filhos para não deixar os demotucanos voltarem com as suas pritatizações e desmanche do Estado brasileiro, além da desconstrução de nossa soberania conquistada no governo Lula-DILMA.

Vamos ao excelente texto de Martinho Nunes da Costa, recebido por e-mail da lista dos amigos do Frankilin.

Em contribuição à memória nacional, especialmente como advertência para que a história não se repita, reproduz-se, a seguir, alguns dos destaques do livro “O Mapa da Corrupção no Governo FHC”, produzido por Larissa Bertoni e Ronaldo de Moura:

- Pasta Rosa – É uma pasta de cor rosa encontrada no interior do banco Econômico, quando da intervenção ali levada a efeito. Continha indicações camufladas de doações ilegais de dinheiro feitas por banqueiros a políticos. Quando das eleições de 1999, teriam sido doados R$2,4 milhões.

- Caso SIVAM – “Sistema de Vigilância da Amazônia, orçado em 1,4 bilhão de dólares, aprovado no governo Itamar Franco, sem licitação. O contrato de fornecimento e instalação dos equipamentos foi assinado com a americana Raytheon, em 07/03/1997, no governo FHC. Este ‘tinha a intenção de ficar bem com os Estados Unidos. FHC temia retaliações, caso o acordo não fosse fechado’.”

A respeito deste caso, explica o jornalista Sebastião Nery em sua Coluna do jornal O Estado de 21/08/2007: “Depois de vários telefonemas lobísticos de Bill Clinton... Fernando Henrique comprou de uma empresa norte-americana o SIVAM..., em 1997, ‘para que a Aeronáutica pudesse monitorar o espaço aéreo da Amazônia’: - ‘O sistema que custou um bilhão e 700 milhões de dólares, vive em pane, traz riscos para a aviação e não é capaz de vigiar a Amazônia. A confiabilidade do SIVAM foi colocada em cheque há dez meses, quando o vôo 1907 da Gol coincidiu com o jato Legacy. As investigações mostraram que havia buracos negros no céu da Amazônia, que os radares não alcançavam’ (Veja). O ‘capitalismo selvagem’ sempre foi condenado no mundo inteiro. Este nosso,..., o do SIVAM, é ainda pior. É o ‘capitalismo bandido’”.

- PROER – Foi este um programa de ajuda financeira do Banco Central, a partir de 1995, a bancos em dificuldades e “pode ter custado 12,3% do PIB-Produto Interno Bruto brasileiro em 1999, o equivalente a 111,3 bilhões de reais.”

- O vale-tudo da Reeleição – “Em maio de 1997, a Folha de S.Paulo revelou que aliados de FHC compraram o voto de deputados indecisos quanto a aprovar a emenda da reeleição, ao preço de R$200 mil per capita.”

- Sucessão de escândalos no DNER – “Na relação que o TCU enviou ao Congresso com as 135 obras que apresentavam problemas legais em 1999, 70 foram contratadas pelo DNER... O DNER pagou serviços de manutenção da ponte Rio-Niterói que estava nas mãos da iniciativa privada desde 1995... Irregularidades no pagamento de milhões de reais em precatórios... Quando até a ‘Advogada Geral da União atestou que o verbo afanar era bastante conjugado naquele órgão’, FHC, em fevereiro de 2002, extinguiu o DNER e criou o DNIT-Departamento de Infra-Estrutura de Transporte.” A exemplo da anedota do marido traído, FHC tirou o sofá da sala; mas logo colocou outro no lugar; e foi só o que fez.

- Privatização – O Grampo do BNDES – Semelhante tipo de gravação foi feito em meados de 1998, com o fito de registrar conversas telefônicas entre o então presidente do BNDES, André Lara Resende, e o ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros. Os entendimentos via telefone, grampeados, deixaram claro que o governo, “ao invés de exercer o papel obrigatório de juiz imparcial dos leilões das privatizações, estava manobrando para favorecer um dos concorrentes (o banco Opportunity , de Daniel Dantas) e, declaradamente, prejudicar um outro. A regra constitucional que exige a impessoalidade do funcionário público foi irremediavelmente desrespeitada. E FHC sabia disso, porque era informado de tudo por Mendonça de Barros.”

- O caso Marka – FonteCindam – “Representa o prejuízo de R$1,6 bilhão para os cofres públicos, em janeiro de 1999,” quando aqueles dois bancos foram socorridos com essa grande quantia, a fundo perdido. O dinheiro saiu do Bacen, cujo presidente era Francisco Lopes, um profissional até então muito bem conceituado. Uma declaração muito eloqüente sobre a gravidade do ilícito cometido nessa operação foi dada (em 02/02/1999, um mês após a saída de Francisco Lopes, do Bacen) pelo ministro da Fazenda da época, Pedro Malan, o qual afirmou “que só contaria tudo o que aconteceu naquele caso dez anos depois de sua morte.” No mais, as operações de desvalorização do real, naquele janeiro de 1999, “causaram ao Bacen um prejuízo superior a 15 bilhões de reais.”

- O caso do TRT de São Paulo e o juiz Nicolau dos Santos Neto – “Foram liberados 263 milhões de reais para a construção do fórum trabalhista de S. Paulo, mas apenas 70 milhões de reais foram aplicados na obra. O juiz Nicolau, como ficou comprovado pelas investigações, tinha acesso fácil à liberação das verbas federais para a construção. Resultado: Nicolau foi condenado à prisão; outro envolvido no embuste, o senador Luiz Estêvão, foi cassado. Mas o dinheiro desviado, 169 milhões de reais,” até hoje não foi recuperado. Ainda há mais um senão: se foram liberados R$263 milhões, aplicados somente R$70 milhões e desviados R$169 milhões, falta esclarecer o destino dos R$24 milhões da diferença. Martinho Nunes da Costa, 16/04/2010 – Fortaleza-CE.

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