Caríssmos leitores,
Vamos aqui disponibilzar e discutir os impactos das mudanças climáticas: causas, efeitos e possíveis soluções. Esta é temática que propomos, como membro da mesa diretora do Conselho Municpal de Defesa do Meio Ambiente de Russas.
Hà uma conclusão lógica em face dos efeitos das Mudanças Climáticas em nosso país. E preciso sair do discurso para a realização (mitigação e adaptação).
Como diz Mário Quitana: o que mata um jardim não é mesmo alguma ausência nem o abandono... O que mata o jardim é esse olhar vazio de quem por ele passa indiferente.
E veja que o planeta dá respostas, está se mexendo, meio que implorando por ajuda dos humanos, mas os homens e mulheres, em sua maioria estão de baixo cruzados, vazios e indiferentes.
Neste sentido, percebe-se que as mudanças climáticas estão presentes em todo o nosso país. Aqui no Semi-árido, vemos isso com muito mais impactos.
As chuvas estão ficando mais concentradas, irregulares do que normalmente já são. Estamos neste momento vivendo um momento de altas temperaturas constantes como nunca tivemos antes. E há um processo de desertifcação em toda a região.
Vamos então ver a série Vozes do Clima, começando aqui no Semi-árido, antes vamos ler um breve relato disponível aqui Ecoviagem
As mudanças climáticas já são uma realidade em todo o Brasil. Apresentada por Marcos Palmeira, a série Vozes do Clima vai mostrar o que está acontecendo no Brasil e as maneiras pelas quais os brasileiros podem enfrentar as consequências das mudanças climáticas no país. Filmada em alta definição, "Vozes do Clima" percorreu vários estados brasileiros. São Paulo, Ceará, Amazonas, Brasília, Minas Gerais e Rio de Janeiro são cenários da série que estreia dia 22 de março durante a programação do Fantástico.
Cientistas e especialistas como Rachel Biderman, diretora do Centro de Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV); Carlos Nobre, climatologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE); Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente; Edison Lobão, ministro de Minas e Energia; Reinhold Stephanes, ministro da Agricultura, e Marcelo Furtado, diretor-executivo do Greenpeace Brasil, entre outros, ajudarão a entender como a atividade humana inadequada está contribuindo para o aquecimento do clima, os alarmes locais dados pela natureza e as consequências diretas no Brasil.
Com o intuito de conscientizar a população para uma mudança em seu comportamento diante do meio onde vive, a série, produzida pela Pindorama Filmes e dirigida por Gian Carlo Bellotti, traz o foco para o caso brasileiro e alerta que o problema não está limitado às longínquas calotas polares, mas sim muito mais perto de todos nós. Cidades, Agricultura, Semiárido, Energia, Amazônia, Desenvolvimento Socioeconômico são os subtemas do quadro, que revela a urgência da discussão do assunto por todas as estâncias sociais.
O programa “Desenvolvimento socioeconômico” aborda como as mudanças climáticas impactarão o desenvolvimento do Brasil, o que é economia sustentável, o novo paradigma surgido com a demanda por produtos verdes e a triangulação entre iniciativa privada, governos e consumidores.
“Agricultura” discute como as mudanças no clima afetam a geografia da produção agrícola no Brasil, como o aquecimento global põe em risco a segurança alimentar nos próximos anos e revela a queda na produção da tradicional região cafeeira no Sul de Minas Gerais. Edison Vianna, médio agricultor, conta como perdeu toda a sua produção de café após uma chuva de granizo. Sem alternativas, cortou todas as plantas e doou a madeira para vendedores de lenha.
O episódio “Amazônia” revela que o desmatamento da floresta coloca o Brasil como o quarto maior emissor de CO2 do mundo. Nesse caso, qual é o papel do consumidor? 80% da madeira e 90% da carne produzidas na região são consumidas no país. O que é o Fundo Amazônico e o Bolsa Floresta?
“Semiárido” aborda a região brasileira que sentirá de forma mais severa as mudanças climáticas. O aumento na temperatura média – 4ºC nos últimos 40 anos – e a diminuição da quantidade de chuvas entre 15 e 20% geram o avanço da desertificação, o enfraquecimento do bioma e a má utilização da terra.
As “Cidades” estão preparadas para as catástrofes climáticas? Como Santa Catarina está se reconstituindo? Pela primeira vez temos mais pessoas vivendo nas cidades do que nos campos, caracterizando o chamado inchaço urbano. A cidade de São Paulo saiu na frente ao assumir metas de redução das emissões dos gases do efeito estufa (GEE).
A natureza já dá alarmes suficientes para deixarmos de tratar o tema como um problema para as gerações futuras. Na série, conheceremos o que algumas pessoas já estão fazendo para se adaptar às consequências do aquecimento global e como, por meio de uma atitude pró-ativa, alcançaram uma nova expectativa de vida.Fonte: Del Valle editoria / Janaína Soares Aproach
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Do portal São Francisco temos algumas características do Semi-Arido
Semi-Árido brasileiro representa 18% do território nacional e abriga 29% da população do País. Possui uma extensão de 858.000 km2, representando cerca de 57% do território nordestino, sendo que a área designada como Polígono das Secas (ocorrência de secas periódicas) é estimada em 1.083.790,7 km2. No Semi-Árido, vivem 18,5 milhões de pessoas, com destaque para o fato de que 8,6 milhões pertencem à zona rural, caracterizada por alta vulnerabilidade, já que estão entre os mais pobres da região, com índices de qualidade de vida muito abaixo da média nacional. Sua densidade demográfica de 20 hab/km2 não parece alta quando comparada com a média nordestina que é de 28 hab/km2. Contudo, tomando por base outras regiões semi-áridas no mundo, apresenta-se como uma das mais elevadas. Acresçam-se a esse fato as próprias características naturais ali predominantes. Longe de se caracterizar como um espaço homogêneo, o Semi-Árido pode ser apresentado como um "grande mosaico".
Como principal característica climática, destacam-se as temperaturas médias elevadas e precipitações médias anuais inferiores a 800 mm, extremamente concentradas, gerando os períodos de chuva e estiagens. Cerca de 50% dos terrenos do Semi-Árido são de origem cristalina, rocha dura que não favorece a acumulação de água, sendo os outros 50% representados por terrenos sedimentares, com boa capacidade de armazenamento de águas subterrâneas. Suas feições de relevo refletem a dinâmica climática e estrutural, mas, apesar de dominar grandes extensões dissecadas, é possível registrar significativas áreas ocupadas por serras e vales úmidos.
São apenas dois os rios permanentes que cortam o Semi-Árido: o São Francisco e o Parnaíba; sendo que os demais aparecem de forma intermitente (apenas nos períodos de chuva), desempenhando, contudo, um papel fundamental na dinâmica de ocupação dos espaços nessa região. Mas a disponibilidade de água existente e potencial deve ser vista considerando, também, os açudes públicos e reservatórios privados, além das alternativas crescentes de captação de água para o consumo doméstico.
Essa diversidade natural comporta práticas de manejo do território marcadas por relações sociais "arcaicas" e "modernas", includentes e excludentes; por atividades econômicas tradicionais, de pouca inserção no mercado, com baixo uso de tecnologia em contraste com setores de ponta oriundos da agricultura irrigada. Em ambas as situações, as conseqüências ambientais são graves. Comporta, antes de tudo, uma alta concentração de terras e uma estrutura sócio-política altamente paternalista. Na agricultura tradicional, baseada no sistema de policultura (principalmente milho e feijão) e pecuária (rebanhos de bovinos, ovinos e caprinos), a vulnerabilidade à existência das secas é elevada e a situação agrava-se quando o foco recai nos pequenos agricultores ou nos trabalhadores sem-terra.
Nesse cenário, têm sido marcantes, principalmente até a década de 80, as migrações inter-regionais como alternativa à falta de sustentabilidade para a população mais vulnerável no Semi-Árido, sendo que, nos últimos anos e nas últimas secas, tem sido registrado um fluxo maior para as cidades (periferias) de porte médio na Região Nordeste. Ficam patentes a desestruturação das unidades familiares, diante da impossibilidade de sobrevivência nos períodos de seca, e a ineficiência das ações do poder público, historicamente baseadas em medidas emergenciais e políticas setoriais. É necessário partir para estratégias de políticas públicas com foco integrado de objetivos simultaneamente sócio-econômicos, político-institucionais, culturais e ambientais.
Fonte: www.desertdesmat.hpg.ig.com.br
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