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domingo, 2 de maio de 2010

Dilma: "Democracia não é tratar o movimento social a cassetete, mas respeitá-lo"

Dilma: governo FHC deixou 'reino das desigualdades'

CAROLINA FREITAS - Agência Estado

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, classificou hoje o Brasil deixado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) como o "reino das desigualdades". "Durante o governo de transição, tínhamos diante de nós um País cheio de problemas, um País que era o reino das desigualdades. Fizemos ali a passagem pelo deserto", afirmou, na abertura de um encontro do PT no centro da capital paulista.

Em discurso de mais de meia hora, Dilma criticou o antecessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Disse que o PT encontrou o País com uma "inflação descontrolada e de joelhos diante da sua dívida externa". Segundo a ex-ministra, o governo Lula foi responsável por controlar a inflação e retomar as rédeas da política externa. "Não deixamos que a inflação corroesse a renda do trabalhador. Este processo veio acompanhado de uma nova visão de mundo. O Brasil começou a se erguer sobre seus próprios pés", discursou, na abertura do Encontro Extraordinário dos Setoriais Nacional do PT, que reuniu cerca de 300 pessoas no Salão Nobre da Câmara Municipal.

A pré-candidata negou que o governo Lula tenha dado continuidade à política econômica de FHC e afirmou que a administração petista representou para o Brasil "uma nova era de prosperidade". "Vamos lutar pelo terceiro governo popular e democrático", pediu.

Dilma evocou o slogan de campanha do presidente Lula de 2002, "A esperança venceu o medo", e disse que nessas eleições a esperança ganha um novo significado. "Dentro da nossa esperança, há a certeza de que somos capazes de fazer. Porque nós fizemos."

Movimentos sociais

A ex-ministra também relembrou a ligação histórica entre o PT e os movimentos sociais e, numa crítica indireta ao adversário José Serra, pré-candidato tucano à Presidência, criticou o uso da violência contra manifestações organizadas pelos movimentos sociais.

"Democracia não é tratar o movimento social a cassetete, mas respeitá-lo. O papel dos movimentos sociais é ver se tudo está nos conformes", afirmou, referindo-se ao poder de fiscalização da sociedade sobre as ações governamentais.

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