Lula chora ao falar da vida pós-Planalto em festa de 1º de Maio
Vou continuar morando no mesmo apartamento, na mesma distância do sindicato que me projetou para a política e das empresas em que fiz as greves mais maravilhosas do País', diz
Agência Estado
SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva controlou a fala para não desobedecer a lei eleitoral em seu terceiro e penúltimo discurso em evento sindical do Dia do Trabalho. À vontade na comemoração de 1º de Maio da entidade sindical em que iniciou a carreira política, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Lula foi interrompido várias vezes ao longo do discurso de 30 minutos por um coro de "Dilma, Dilma", em apoio à pré-candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff. A petista passou o Dia do Trabalho ao lado de Lula. "A legislação não me permite falar em candidatos", disse Lula em discurso, sendo interrompido pelo coro. E lamentou: "Eu não posso falar."
Diante de um público de pelo menos 10 mil pessoas, na capital paulista, Lula emocionou-se ao imaginar a vida depois de sair do Palácio do Planalto. "Quando eu deixar a Presidência, vou continuar morando no mesmo apartamento, na mesma distância do sindicato que me projetou para a política e das empresas em que fiz as greves mais maravilhosas do País", disse, com a voz embargada.
O presidente não conteve o choro ao dizer: "O que mais vai me dar orgulho é que eu vou poder dizer, ao encontrar qualquer trabalhador, ''bom dia, companheiro''. Porque eu fui leal ao que nós dissemos que íamos fazer."
Por Terror do Nordeste - Blog da Dilma - 01.05.2010
Lula pediu aos dirigentes sindicais que o convidem para os festejos de 1º de Maio do ano que vem. "Se for alguém ruim, a gente vem aqui e mete o pau. Se for alguém bom, a gente vem aqui ajudar e aplaudir."
Ainda hoje, Lula e Dilma devem discursar em evento da CUT, em São Bernardo do Campo. O presidente e a ex-ministra Dilma receberam das mãos do presidente da CUT, Artur Henrique, o documento "Plataforma para as eleições 2010."
Segundo o dirigente sindical, o caderno traz 200 propostas dos trabalhadores para o "trabalho decente e a inclusão social". "As propostas consolidam as conquistas do governo Lula", disse o sindicalista.
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