Luis Nassif
O estilo Dantas na ação entre amigos
Enviado por luisnassif, qui, 30/09/2010 - 09:20Serra e Gilmar poderiam alegar que nada falaram sobre a votação. Gilmar Mendes, o Ministro que conspurcou o Supremo com acusações sem prova no caso do grampo, que quase criou uma crise institucional com a fala denúncia de grampo no Supremo, afirmou peremptoriamente que não conversaram.
O Supremo tem que mostrar dignidade, agora. Autorizar um inquérito policial onde sejam periciados os telefones de Serra e de Gilmar "meu presidente". E, confirmada a ligação, demita um Ministro que não soube honrar a toga.
Ministro do STF adiou julgamento que pode derrubar exigência de dois documentos na hora de votar, pedida pelo PT
Candidato e ministro negam conversa, que foi presenciada pela Folha; julgamento sobre se lei vale continuará hoje
MOACYR LOPES JUNIOR
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
Após receber uma ligação do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes interrompeu o julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar.
Serra pediu que um assessor telefonasse para Mendes pouco antes das 14h, depois de participar de um encontro com representantes de servidores públicos em São Paulo.
A solicitação foi testemunhada pela Folha.
No fim da tarde, Mendes pediu vista (mais prazo para análise), adiando o julgamento. Sete ministros já haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor.
A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos é apontada por tucanos como um fator a favor de Serra e contra sua adversária, Dilma Rousseff (PT). A petista tem o dobro da intenção de votos de Serra entre os eleitores com menos escolaridade.
A lei foi aprovada com apoio do PT e depois sancionada por Lula, sem vetos.
"MEU PRESIDENTE"
Ontem, após pedir que o assessor ligasse para o ministro, Serra recebeu um celular das mãos de um ajudante de ordens, que o informou que Mendes estava na linha.
Ao telefone, Serra cumprimentou o interlocutor como "meu presidente". Durante a conversa, caminhou pelo auditório. Após desligar, brincou com os jornalistas: "O que estão xeretando?"
Depois, por meio de suas assessorias, Serra e Mendes negaram a existência da conversa.
Para tucanos, a exigência da apresentação de dois documentos pode aumentar a abstenção nas faixas de menor escolaridade.
Temendo o impacto sobre essa fatia do eleitorado, o PT entrou com a ação pedindo a derrubada da exigência.
O resultado do julgamento já está praticamente definido, mas o seu final depende agora de Mendes.
Se o Supremo não julgar a ação a tempo das eleições, no próximo domingo, continuará valendo a exigência.
À Folha, o ministro disse que pretende apresentar seu voto na sessão de hoje.
CONSENSO
Antes da interrupção, foi consenso entro os ministros que votaram que o eleitor não pode ser proibido de votar pelo fato de não possuir ou ter perdido o título.
Votaram assim a relatora da ação, ministra Ellen Gracie, e os colegas José Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio Mello.
Para eles, o título, por si só, não garante que não ocorram fraudes. Argumentam ainda que os dados do eleitor já estão presentes, tanto na sessão, quanto na urna em que ele vota, sendo suficiente apenas a apresentação do documento com foto.
"A apresentação do título não é tão indispensável quanto a do documento com foto", disse Ellen Gracie.
O ministro Marco Aurélio afirmou que ele próprio teve de confirmar se tinha seu título de eleitor. "Procurei em minha residência o meu título", disse. "Felizmente, sou minimamente organizado."
A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos foi definida em setembro de 2009, quando o Congresso Nacional aprovou uma minirreforma eleitoral.
O PT resolveu entrar com a ação direta de inconstitucionalidade semana passada por temer que a nova exigência provoque aumento nas abstenções.
O advogado do PT, José Gerardo Grossi, afirmou que a exigência de dois documentos para o voto é um "excesso". "Parece que já temos um sistema suficientemente seguro para que se exija mais segurança", disse.
Colaboraram FELIPE SELIGMAN e LARISSA GUIMARÃES , da Sucursal de Brasília
Clique aqui para acompanhar no Twitter
qui, 30/09/2010 - 09:33
qui, 30/09/2010 - 09:43
O mais grave: "Candidato e ministro negam conversa, que foi presenciada pela Folha".
Independente se falaram do julgamento ou não, o simples fato de ter havido uma conversa e ela negada já é razão de suspeição e impeachment do GM. Agora, quero saber se:
1) Alguém, (no caso o PT?) vai ter coragem de solicitar o inquérito policial ao qual o Nassif se refere? Ou vão esperar um "ato de ofício" de STF?
2) Dilma e Lula teriam coragem de colocar Fausto de Sanctis no STF, na vaga que está sobrando?
O Supremo tem que mostrar dignidade, agora. Autorizar um inquérito policial onde sejam periciados os telefones de Serra e de Gilmar "meu presidente". E, confirmada a ligação, demita um Ministro que não soube honrar a toga.
Folha de S.Paulo -
Após falar com Serra, Mendes para sessão - 30/09/2010
Após falar com Serra, Mendes para sessãoMinistro do STF adiou julgamento que pode derrubar exigência de dois documentos na hora de votar, pedida pelo PT
Candidato e ministro negam conversa, que foi presenciada pela Folha; julgamento sobre se lei vale continuará hoje
MOACYR LOPES JUNIOR
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
Após receber uma ligação do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes interrompeu o julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar.
Serra pediu que um assessor telefonasse para Mendes pouco antes das 14h, depois de participar de um encontro com representantes de servidores públicos em São Paulo.
A solicitação foi testemunhada pela Folha.
No fim da tarde, Mendes pediu vista (mais prazo para análise), adiando o julgamento. Sete ministros já haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor.
A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos é apontada por tucanos como um fator a favor de Serra e contra sua adversária, Dilma Rousseff (PT). A petista tem o dobro da intenção de votos de Serra entre os eleitores com menos escolaridade.
A lei foi aprovada com apoio do PT e depois sancionada por Lula, sem vetos.
"MEU PRESIDENTE"
Ontem, após pedir que o assessor ligasse para o ministro, Serra recebeu um celular das mãos de um ajudante de ordens, que o informou que Mendes estava na linha.
Ao telefone, Serra cumprimentou o interlocutor como "meu presidente". Durante a conversa, caminhou pelo auditório. Após desligar, brincou com os jornalistas: "O que estão xeretando?"
Depois, por meio de suas assessorias, Serra e Mendes negaram a existência da conversa.
Para tucanos, a exigência da apresentação de dois documentos pode aumentar a abstenção nas faixas de menor escolaridade.
Temendo o impacto sobre essa fatia do eleitorado, o PT entrou com a ação pedindo a derrubada da exigência.
O resultado do julgamento já está praticamente definido, mas o seu final depende agora de Mendes.
Se o Supremo não julgar a ação a tempo das eleições, no próximo domingo, continuará valendo a exigência.
À Folha, o ministro disse que pretende apresentar seu voto na sessão de hoje.
CONSENSO
Antes da interrupção, foi consenso entro os ministros que votaram que o eleitor não pode ser proibido de votar pelo fato de não possuir ou ter perdido o título.
Votaram assim a relatora da ação, ministra Ellen Gracie, e os colegas José Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio Mello.
Para eles, o título, por si só, não garante que não ocorram fraudes. Argumentam ainda que os dados do eleitor já estão presentes, tanto na sessão, quanto na urna em que ele vota, sendo suficiente apenas a apresentação do documento com foto.
"A apresentação do título não é tão indispensável quanto a do documento com foto", disse Ellen Gracie.
O ministro Marco Aurélio afirmou que ele próprio teve de confirmar se tinha seu título de eleitor. "Procurei em minha residência o meu título", disse. "Felizmente, sou minimamente organizado."
A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos foi definida em setembro de 2009, quando o Congresso Nacional aprovou uma minirreforma eleitoral.
O PT resolveu entrar com a ação direta de inconstitucionalidade semana passada por temer que a nova exigência provoque aumento nas abstenções.
O advogado do PT, José Gerardo Grossi, afirmou que a exigência de dois documentos para o voto é um "excesso". "Parece que já temos um sistema suficientemente seguro para que se exija mais segurança", disse.
Colaboraram FELIPE SELIGMAN e LARISSA GUIMARÃES , da Sucursal de Brasília
Clique aqui para acompanhar no Twitter
qui, 30/09/2010 - 09:33
qui, 30/09/2010 - 09:43
O mais grave: "Candidato e ministro negam conversa, que foi presenciada pela Folha".
Independente se falaram do julgamento ou não, o simples fato de ter havido uma conversa e ela negada já é razão de suspeição e impeachment do GM. Agora, quero saber se:
1) Alguém, (no caso o PT?) vai ter coragem de solicitar o inquérito policial ao qual o Nassif se refere? Ou vão esperar um "ato de ofício" de STF?
2) Dilma e Lula teriam coragem de colocar Fausto de Sanctis no STF, na vaga que está sobrando?
qui, 30/09/2010 - 10:08
Esta gente apronta uma atrás da outra. Olha lá que estão tão folgados que nem se escondem mais para infringir a lei e a ética. Pelo menos o falso grampo foi um crime quase perfeito.
Isto foi postado por Juliana Freitas, no "Boca Digital"Pelo telefone…
Toda vez que eu vou falar alguma coisa do Serra aqui eu tomo o maior cuidado com a fonte. Sempre procuro as mais serristas possíveis, que acabam por aliviar pro lado do tucano mas, por serem serristas, são incontestáveis:
Ontem à noite, via twitter, o blogueiro Ricardo Noblat anunciou:
Clica aí na imagem para ver a twitada na página correspondente.
que dá link para esta postagem no Blog do Noblat:
Fui dormir logo depois da primeira twittada do Noblat me perguntando: Será que vai dar manchetão??? É uma coisa bem bacana, né? Um candidato liga pro Gilmar Mendes (leia-se STF) e pede a ele que adie a sessão que resolve se a gente vai ter que levar o título de eleitor ou não para votar, e cuja votação estava em 7 X 0 para a não necessidade do Título Eleitoral. A grande esperança do candidato da massa cheirosa é que a massa fedida (eu, tu, ele, nós e vós) não tenha o título de eleitor e não consiga votar na Dilma. Já que não ganha pela competência… enfim!
Vocês prestaram atenção???
SERRA LIGOU PARA GILMAR MENDES ‘PEDINDO’ PRA QUE ELE INTERROMPESSE A VOTAÇÃO, E ELE OBEDECEEEEEU!!!
Mas, enfim, acordei de manhã e corri pro PC pra ver se rolou alguma manchete, e não é que a Folha de São Paulo publicou na capa??? [surpresa mode on]
Não foi o manchetão que eu queria, né? Mas se tratando da Folha de São Paulo, foi maior do que eu esperava!!!
Segue a matéria:
Após falar com Serra, Mendes para sessão
Ministro do STF adiou julgamento que pode derrubar exigência de dois documentos na hora de votar, pedida pelo PT
Candidato e ministro negam conversa, que foi presenciada pela Folha; julgamento sobre se lei vale continuará hoje
MOACYR LOPES JUNIOR
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
Após receber uma ligação do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes interrompeu o julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar.
Serra pediu que um assessor telefonasse para Mendes pouco antes das 14h, depois de participar de um encontro com representantes de servidores públicos em São Paulo.
A solicitação foi testemunhada pela Folha.
No fim da tarde, Mendes pediu vista (mais prazo para análise), adiando o julgamento. Sete ministros já haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor.
A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos é apontada por tucanos como um fator a favor de Serra e contra sua adversária, Dilma Rousseff (PT). A petista tem o dobro da intenção de votos de Serra entre os eleitores com menos escolaridade.
A lei foi aprovada com apoio do PT e depois sancionada por Lula, sem vetos.
"MEU PRESIDENTE"
Ontem, após pedir que o assessor ligasse para o ministro, Serra recebeu um celular das mãos de um ajudante de ordens, que o informou que Mendes estava na linha.
Ao telefone, Serra cumprimentou o interlocutor como "meu presidente". Durante a conversa, caminhou pelo auditório. Após desligar, brincou com os jornalistas: "O que estão xeretando?"
Depois, por meio de suas assessorias, Serra e Mendes negaram a existência da conversa.
Para tucanos, a exigência da apresentação de dois documentos pode aumentar a abstenção nas faixas de menor escolaridade.
Temendo o impacto sobre essa fatia do eleitorado, o PT entrou com a ação pedindo a derrubada da exigência.
O resultado do julgamento já está praticamente definido, mas o seu final depende agora de Mendes.
Se o Supremo não julgar a ação a tempo das eleições, no próximo domingo, continuará valendo a exigência.
À Folha, o ministro disse que pretende apresentar seu voto na sessão de hoje.
CONSENSO
Antes da interrupção, foi consenso entro os ministros que votaram que o eleitor não pode ser proibido de votar pelo fato de não possuir ou ter perdido o título.
Votaram assim a relatora da ação, ministra Ellen Gracie, e os colegas José Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio Mello.
Para eles, o título, por si só, não garante que não ocorram fraudes. Argumentam ainda que os dados do eleitor já estão presentes, tanto na sessão, quanto na urna em que ele vota, sendo suficiente apenas a apresentação do documento com foto.
"A apresentação do título não é tão indispensável quanto a do documento com foto", disse Ellen Gracie.
O ministro Marco Aurélio afirmou que ele próprio teve de confirmar se tinha seu título de eleitor. "Procurei em minha residência o meu título", disse. "Felizmente, sou minimamente organizado."
A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos foi definida em setembro de 2009, quando o Congresso Nacional aprovou uma minirreforma eleitoral.
O PT resolveu entrar com a ação direta de inconstitucionalidade semana passada por temer que a nova exigência provoque aumento nas abstenções.
O advogado do PT, José Gerardo Grossi, afirmou que a exigência de dois documentos para o voto é um "excesso". "Parece que já temos um sistema suficientemente seguro para que se exija mais segurança", disse.
Link para assinantes, aqui. Se quiser ler direto do Blog do Noblat, aqui.
Nos sites G1, O Globo, Estadão e Veja (não vou linkar não, joga no Google) até agora, dia 30 de setembro de 2010, às 08:32h, nenhuma palavra sobre o telefonema do Serra para Gilmar Mendes, embora haja notícia do adiamento da votação.
Assisti o ‘Bom Dia Brasil’ e nadica de nada…
Vamos ver no decorrer do dia…
Alguém aí já imaginou se fosse Dilma, no lugar de Serra? Teria o destque do tamanho, ou maior, que o caso merece, mas como foi Serra… bem… quem ficou surpreso?
Agora preciso de uma boa alma que me ajude a ligar os pontinhos:
José Serra – Gilmar Mendes – Daniel Dantas – Verônica Serra – Verônica Dantas – Ricardo Sérgio – FHC … quem mais?
http://www.bocadigital.net/2010/09/pelo-telefone.html
Esta gente apronta uma atrás da outra. Olha lá que estão tão folgados que nem se escondem mais para infringir a lei e a ética. Pelo menos o falso grampo foi um crime quase perfeito.
Isto foi postado por Juliana Freitas, no "Boca Digital"Pelo telefone…
Toda vez que eu vou falar alguma coisa do Serra aqui eu tomo o maior cuidado com a fonte. Sempre procuro as mais serristas possíveis, que acabam por aliviar pro lado do tucano mas, por serem serristas, são incontestáveis:
Ontem à noite, via twitter, o blogueiro Ricardo Noblat anunciou:
Clica aí na imagem para ver a twitada na página correspondente.
que dá link para esta postagem no Blog do Noblat:
Fui dormir logo depois da primeira twittada do Noblat me perguntando: Será que vai dar manchetão??? É uma coisa bem bacana, né? Um candidato liga pro Gilmar Mendes (leia-se STF) e pede a ele que adie a sessão que resolve se a gente vai ter que levar o título de eleitor ou não para votar, e cuja votação estava em 7 X 0 para a não necessidade do Título Eleitoral. A grande esperança do candidato da massa cheirosa é que a massa fedida (eu, tu, ele, nós e vós) não tenha o título de eleitor e não consiga votar na Dilma. Já que não ganha pela competência… enfim!
Vocês prestaram atenção???
SERRA LIGOU PARA GILMAR MENDES ‘PEDINDO’ PRA QUE ELE INTERROMPESSE A VOTAÇÃO, E ELE OBEDECEEEEEU!!!
Mas, enfim, acordei de manhã e corri pro PC pra ver se rolou alguma manchete, e não é que a Folha de São Paulo publicou na capa??? [surpresa mode on]
Não foi o manchetão que eu queria, né? Mas se tratando da Folha de São Paulo, foi maior do que eu esperava!!!
Segue a matéria:
Após falar com Serra, Mendes para sessão
Ministro do STF adiou julgamento que pode derrubar exigência de dois documentos na hora de votar, pedida pelo PT
Candidato e ministro negam conversa, que foi presenciada pela Folha; julgamento sobre se lei vale continuará hoje
MOACYR LOPES JUNIOR
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
Após receber uma ligação do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes interrompeu o julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar.
Serra pediu que um assessor telefonasse para Mendes pouco antes das 14h, depois de participar de um encontro com representantes de servidores públicos em São Paulo.
A solicitação foi testemunhada pela Folha.
No fim da tarde, Mendes pediu vista (mais prazo para análise), adiando o julgamento. Sete ministros já haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor.
A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos é apontada por tucanos como um fator a favor de Serra e contra sua adversária, Dilma Rousseff (PT). A petista tem o dobro da intenção de votos de Serra entre os eleitores com menos escolaridade.
A lei foi aprovada com apoio do PT e depois sancionada por Lula, sem vetos.
"MEU PRESIDENTE"
Ontem, após pedir que o assessor ligasse para o ministro, Serra recebeu um celular das mãos de um ajudante de ordens, que o informou que Mendes estava na linha.
Ao telefone, Serra cumprimentou o interlocutor como "meu presidente". Durante a conversa, caminhou pelo auditório. Após desligar, brincou com os jornalistas: "O que estão xeretando?"
Depois, por meio de suas assessorias, Serra e Mendes negaram a existência da conversa.
Para tucanos, a exigência da apresentação de dois documentos pode aumentar a abstenção nas faixas de menor escolaridade.
Temendo o impacto sobre essa fatia do eleitorado, o PT entrou com a ação pedindo a derrubada da exigência.
O resultado do julgamento já está praticamente definido, mas o seu final depende agora de Mendes.
Se o Supremo não julgar a ação a tempo das eleições, no próximo domingo, continuará valendo a exigência.
À Folha, o ministro disse que pretende apresentar seu voto na sessão de hoje.
CONSENSO
Antes da interrupção, foi consenso entro os ministros que votaram que o eleitor não pode ser proibido de votar pelo fato de não possuir ou ter perdido o título.
Votaram assim a relatora da ação, ministra Ellen Gracie, e os colegas José Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio Mello.
Para eles, o título, por si só, não garante que não ocorram fraudes. Argumentam ainda que os dados do eleitor já estão presentes, tanto na sessão, quanto na urna em que ele vota, sendo suficiente apenas a apresentação do documento com foto.
"A apresentação do título não é tão indispensável quanto a do documento com foto", disse Ellen Gracie.
O ministro Marco Aurélio afirmou que ele próprio teve de confirmar se tinha seu título de eleitor. "Procurei em minha residência o meu título", disse. "Felizmente, sou minimamente organizado."
A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos foi definida em setembro de 2009, quando o Congresso Nacional aprovou uma minirreforma eleitoral.
O PT resolveu entrar com a ação direta de inconstitucionalidade semana passada por temer que a nova exigência provoque aumento nas abstenções.
O advogado do PT, José Gerardo Grossi, afirmou que a exigência de dois documentos para o voto é um "excesso". "Parece que já temos um sistema suficientemente seguro para que se exija mais segurança", disse.
Link para assinantes, aqui. Se quiser ler direto do Blog do Noblat, aqui.
Nos sites G1, O Globo, Estadão e Veja (não vou linkar não, joga no Google) até agora, dia 30 de setembro de 2010, às 08:32h, nenhuma palavra sobre o telefonema do Serra para Gilmar Mendes, embora haja notícia do adiamento da votação.
Assisti o ‘Bom Dia Brasil’ e nadica de nada…
Vamos ver no decorrer do dia…
Alguém aí já imaginou se fosse Dilma, no lugar de Serra? Teria o destque do tamanho, ou maior, que o caso merece, mas como foi Serra… bem… quem ficou surpreso?
Agora preciso de uma boa alma que me ajude a ligar os pontinhos:
José Serra – Gilmar Mendes – Daniel Dantas – Verônica Serra – Verônica Dantas – Ricardo Sérgio – FHC … quem mais?
http://www.bocadigital.net/2010/09/pelo-telefone.html
Um comentário:
Entrem no site do STF:
http://www.stf.jus.br/portal/atendimentoStf/envia...
Preencham os campos e colem a mensagem:
Exmos. Srs. Ministros do STF
A Folha de São Paulo deu a notícia: o Ministro Gilmar Mendes pediu vistas ao processo referente aos dois documentos após telefonema do senhor Serra.
Pergunto-vos: O STF é Juiz ou é parte?
O candidadto José Serra manda no STF?
Respeitosa e indignadamente,
Seu nome
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