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domingo, 25 de abril de 2010

Serra quer fim do Mercosul e promete desmontar legado de Lula


Durante encontro com empresários em Minas Gerais, o pré-candidato tucano à presidência da República, José Serra (PSDB), apresentou seu ideário econômico: disse que o Mercosul atrapalha e quer acabar com a participação do Brasil no bloco, que não vai continuar com o PAC e que pretende revisar todos os contratos federais durante o governo Lula. O tucano disse também que pretende "rever o papel" do BNDES na economia do país.

O pré-candidato tucano à presidência da República, José Serra (PSDB) saiu do armário esta semana em Minas Gerais e, durante encontro com empresários prometeu desmontar o legado de Lula. O candidato do conservadorismo nativo afirmou o seguinte:

a) o PAC não existe –‘é uma lista de obras’-- logo, não será continuado;

b) todos os contratos federais assinados durante o governo Lula serão revistos, logo, vai paralisar o Estado e o país;

c) o Mercosul só atrapalha; logo, vai desmontar a política externa que mudou a inserção subordinada e dependente do país herdada de FHC; Ao qualificar o Mercosul como uma farsa, Serra parece desconhecer que o grosso das exportações industriais do país tem como destinatários países da América Latina. “Segundo estatísticas oficiais, 90% das vendas de produtos manufaturados de Brasil no mundo ocorrem no Mercosul e em mercados latinoamericanos”, lembra o jornal. As declarações do ex-governador de São Paulo surpreenderam negativamente várias lideranças latinoamericanas pelo desprezo revelado em relação aos demais países da região.

d) criticou a Funasa atual, logo, vai repetir o que fez quando foi ministro da Saúde de FHC, entre 1998 a 2002. E o que fez condensa em ponto pequeno o que promete agora repetir em escala amplificada, se for eleito.

Recuerdos pedagógicos:

I) Serra assumiu o ministério em 31 de março de 1998, em meio a uma epidemia de dengue; prometeu uma guerra das forças da saúde contra a doença;

II) iniciou então o desmonte que ameaça agora repetir;

III) primeiro, ignorou as linhas de ação e planos iniciados por seu antecessor, o médico Adib Jatene;

IV) em nome de uma descentralização atabalhoada, transferiu responsabilidades da FUNASA, Fundação Nacional de Saúde, o órgão executivo do ministério, para prefeituras despreparadas e sem sincronia na ação;

V) Em junho de 1999, Serra demitiu 5.792 agentes sanitários contratados pela FUNASA em regime temporário, acelerando o desmonte do órgão, em sintonia com a agenda do Estado mínimo;

VI) um mês depois, em 1º de julho de 1999, o procurador da República Rogério Nascimento pediu à Justiça o adiamento da dispensa dos 5.792 mata-mosquitos até que as prefeituras pudessem treinar pessoal; pedido ignorado por Serra.

VII) Em 5 de agosto de 1999, num despacho do processo dos mata-mosquitos, a juíza federal Lana Maria Fontes Regueira escreveu: "Estamos diante de uma situação de consequências catastróficas, haja vista a iminente ocorrência de dengue hemorrágica".

VIII) O epidemiologista Roberto Medronho, diretor do Núcleo de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, completaria: ‘"A descentralização da saúde não foi feita de forma bem planejada. O afastamento dos mata-mosquitos no Rio foi uma atitude irresponsável”

IX) em abril de 2001, a Coordenação de Dengue do município do Rio previu uma epidemia no verão de 2002 com grande incidência de febre hemorrágica. A sugestão: contratar 1.500 agentes e comprar mais equipamentos de emergência; foi ignorada por Serra.

X) O ano de 2001 foi o primeiro em que os mata-mosquitos da Funasa, dispensados por Serra não atuaram . A dengue, então, voltou de forma fulminante no Rio: 68.438 pessoas infectadas, mais que o dobro das 32.382 de 1998, quando Serra assumiu o ministério.

XI) Em 2002, já candidato contra Lula, Serra era ovacionado em vários pontos do país aos gritos de 'Presidengue !'. Justa homenagem a sua devastadora atuação da saúde pública.

Contribuição do irmão cristão socalista Remo M. Brito Bastos, socialista, zapatista, e cristão, todos COM MUITO ORGULHO E CONVICÇÃO.

O que lhe envaidece ou lhe dá prazer hoje pode lhe envergonhar daqui a 20 anos. Por isso, proceda de forma que daqui a 20 anos possa se orgulhar do que fez hoje. Comece a questionar as futilidades, as aparências, coisas que não melhoram a vida de ninguém, e passe a desprezar coisas dessa natureza. Existem muitos irmãos nossos precisando de nossa ajuda e solidariedade, as quais podemos hipotecar de diversas formas. Agindo assim, você cresce como ser humano, pois ESTE é o crescimento verdadeiro e consistente, e não o mero crescimento material. Dentre os atributos que fizeram com que fossem lembrados até hoje os maiores mitos da humanidade (Jesus, Ghandi, Francisco de Assis, Da Vinci, Kalr Marx, Ernesto Guevara, Mozart, Beethoven, Einstein, etc.), não se encontra a riqueza material em nenhum deles...todos desprezaram-na, e destacaram-se exatamente pela lúcida cognição dos valores mais importantes de nossa tênue existência. Remo Brito Bastos.

Um comentário:

Acacio disse...

Como as regras para postagem de comentário censuram qualquer possibilidade de debate, deixo aqui três links que mostram como estas acusações são uma total distorção da verdade:

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/05/10/para-serra-mercosul-deve-ser-reformado-916540456.asp

http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/05/serra-volta-criticar-politica-monetaria-e-defende-pac-para-saude.html

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,marina-afirma-que-adversarios-sao-inteiramente-parecidos,557496,0.htm

Caso queira responder, estou disponível através de acaciobatista@rocketmail.com