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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Nassif: Folha acusa Sensus do que o Datafolha pratica

Caríssimos, a Folha atua como menino traquino que faz coisas erradas e acusa o colega para a professora e a mãe. E o pior é que sustenta a "sua verdade" até as últimas consequências. 

Quem a Folha quer convencer? 

Ela acha que no Brasil não existe vida inteligente? 

Ela confia na inércia da justiça eleitoral deste país? 

Ela acha que os brasileiros são imbecis?

Ela acha que pode afrontar a democracia brasileria de forma impune? 

Ela acha que vale tudo ou nada para eleger o Serra, mesmo que isso destrua as instituições brasileiras e o próprio país com as "suas verdades"? 

Ela - a Folha, não pensa que tudo tem um limite? 

No entanto, estou assombrado pelos fatos. Assombrado porque o cinismo, a violência das mentiras, da desfaçatez, da forma ardilosa de atuar desta mídia (Folha, Veja e Organizações Globo) e seus institutos de pesquisas não tem limites da razoabilidade, não tem limites da manipulação ideológica para eleger candidatos que defendam os seus interesses. 

Os interesses da velha mídia certamente não são os interesses do povo brasileiro. E Serra vai, como de fato faz em São Paulo, defender os interesses da velha e asquerosa mídia brasileira.

PSDB faz notícia-crime contra instituto

Tucanos pedem ao Ministério Público Eleitoral que investigue Sensus por pesquisa que apontou empate entre Serra e Dilma

Levantamento, divulgado na semana passada, foi encomendado por sindicato de SP ligado à Força Sindical; Sensus nega irregularidades

BRENO COSTA
DA REPORTAGEM LOCAL

O PSDB decidiu entrar com uma notícia-crime contra o Instituto Sensus no Ministério Público Eleitoral. Os advogados do partido pedirão abertura de investigação sobre o instituto de pesquisa por três crimes previstos na legislação: divulgação de pesquisa fraudulenta, divulgação de dados irregulares e obstrução à ação fiscalizatória de partido político.

Cada uma das infrações prevê, caso confirmada, detenção de seis meses a um ano e multa. A decisão, que leva para a esfera penal uma polêmica até aqui tratada na área cível, foi tomada após análise de relatório produzido pelo próprio PSDB, que apontou cinco irregularidades em pesquisa divulgada pelo Sensus semana passada, como revelou a Folha ontem.
O levantamento foi encomendado por um sindicato de São Paulo, ligado à Força Sindical, e apontou empate técnico entre os pré-candidatos à Presidência José Serra (32,7%) e Dilma Rousseff (32,4%).

Das pesquisas divulgadas até agora, esse foi o resultado mais apertado. No último sábado, o Datafolha mostrou Serra dez pontos percentuais à frente da petista (38% x 28%).

Para o advogado Ricardo Penteado, do PSDB, a suposta irregularidade mais grave foi a divergência entre dados informados ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pelo Sensus e os dados verificados pelo partido após checagem de 2.000 questionários na sede do instituto, em Belo Horizonte, na última sexta-feira.

Essa discrepância se concentrou no percentual de entrevistados dentro da menor faixa de renda -aqueles que ganham até um salário mínimo. Nos dados passados ao TSE, esses entrevistados representariam 6% do total. No entanto, o PSDB afirma que o valor verificado na fiscalização é 17,7%.

Também foram constatadas falhas no registro de duração de cada entrevista e erros de registro das cidades nas quais ocorreu o levantamento.

A Folha ligou para o instituto ontem, mas o diretor, Ricardo Guedes, não estava. A reportagem deixou recado com a secretária de Guedes, mas até a conclusão desta edição ele não ligou de volta. O Sensus tem negado irregularidades.
Comentário

Na pesquisa de 30 de março, a Folha informou o TSE que usaria uma amostragem similar ao do censo do IBGE. O que apresentou, de fato?

Ensino fundamental: o IBGE identifica 55,2% da população acima de 16 anos nessa faixa. A pesquisa Datafolha usou o peso de 45,4%.

Ensino médio: 31,6% do IBGE contra 40,9% do Datafolha.

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