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sábado, 17 de abril de 2010

E o IBOPE sai agora a campo para confirmar a pesquisa do DataFolha? Vamos ver.

E assombroso a cara de pau e o cinismo dos jornalistas da Folha de São Paulo e assemelhados. Meu Deus do céu, estamos vendo sendo montado uma farsa para enganar a população brasileira. 

Novamente escrevo que primeiro vem a conversa mole do Carlos Montenegro do IBOPE afirmando com letras garrafais que Serra já está eleito. 

E depois vem uma sucessão de fatos que não justificam o crescimento do candidato demo-tucano e queda e estagnação de Dilma.

Ou seja, jogam a estatística para o burado de sua irrelevância política em um vale tudo. 

No entanto, compreendo o desespero da mídia que apóia o SERRA. Caso seja derrotado -  os demos-tucanos desaparecem. 

A luta da Folha de São Paulo, Organizações Globo, Veja, Estadão, IstoE e assemelhados para eleger o Serra é a luta dos desesperados que sabem a derrota é muito mais próxima do que a vitória. 

Eu continuo achando que Dilma ganha as eleições no primeiro turno, mas não vai ser fácil.

O jogo sujo da Folha de São Paulo ignora todos os procedimentos legais de jornalismo. Aliás, neste país, não se tem mais jornalismo, mas partidos desfarçados de jornalismo. 

2010 entrará na história brasileira como o ano das eleições mais sujas da história recente da República Brasileira.

Eu até coloco sob suspeita os resultados das eleições de  2010, caso a atual situação de manipulação e estelionato eleitoral da Folha de São Paulo, Organizaçãoes Globo.

Se o IBOPE confirmar o inusitado do DataFolha é hora do povo brasileiro ir  para as ruas e exigir das instituições brasileiras, TSE uma análise completa da situação. 
Vejo que estas eleições, os movimentos sociais organizados devem se unir para contratar institutos de pesquisas da Europa e da América do Norte porque SENSUS E VOX POPULLI estão sendo esmagados por Folha de São Paulo, Organizações Globo, Veja e assemelhados. 

Penso também que o PT deve contratar uma equipe de consultores externos para analisarem as sondagens de pesquisas, quem sabe até realizarem pesquisas. 

O que não pode é deixar isso acontecer livremente porque todo mundo sabe que alguns políticos, partidos e e eleitores só gostam de votar para "ganhar". 

E o IBOPE sai agora a campo para confirmar a pesquisa do DataFolha? Vamos ver.



DEBATE ABERTO


A pesquisa Sensus foi questionada judicialmente pelos aliados de Serra. Já o Datafolha e o Ibope devem ser “interpretados com maior rigor científico," para o que são chamados "cientistas políticos”do Instituto Millenium, versão moderna do velho IPES, um dos catalisadores do golpe de 64.

Gilson Caroni Filho

Após nova rodada de pesquisa do Datafolha, tudo terminou como fora previsto. O instituto confirmou o desejo dos donos do jornal, os vaticínios de seus articulistas militantes e a vocação partidária da grande imprensa corporativa. Como era de se prever, o levantamento, sob geral e justificada descrença, revela um mero exercício de acrobacia. Uma inutilidade tão grande que é legítimo se perguntar a quem interessa a pantomima?

Ao justificar o motivo de pesquisas em intervalos tão curtos, o jornalista Fernando Rodrigues explica que "O Datafolha realizou esta pesquisa agora porque também havia feito um levantamento em 24 e 25 de fevereiro, cinco dias após o lançamento oficial da candidatura da petista Dilma Rousseff. Agora, a coleta dos dados se dá também cinco dias após a festa do PSDB para José Serra se lançar na disputa."

Nem o Barão de Itararé teria produzido melhor script. Nem o circo pegou fogo, nem os trapezistas caíram da corda bamba. Até os diversos palhaços já não conseguem provocar o riso. A platéia, outrora tão influenciável, faz parte do espetáculo e as feras, embora soltas, nada mais fazem senão aprofundar a crise de credibilidade de certos institutos e meios de comunicação. A arte da política comporta cálculos arriscados. Dependendo da estatura ética do atirador, qualquer disparo só alveja o próprio pé.

Se a sondagem indica que há 54% de eleitores sem voto definido, qual a relevância da dobra superior da edição de sábado da Folha de S. Paulo que, em manchete, alardeia: “Serra mantém dianteira sobre Dilma"? O que significa, a crer na honestidade metodológica do Datafolha, uma vantagem de 10 pontos de um pré-candidato sobre o outro? Nada, rigorosamente nada. Salvo o que até o mundo mineral sabe: há uma tendência à polarização entre Dilma e José Serra, o filho dileto do bloco liberal-conservador. Para elegê-los os recursos são variados. Vão de manchetes desmentidas no corpo da matéria à censura da imagem do presidente Lula nos telejornais da TV Globo.

Faltando seis meses para as eleições, e com tanta coisa indefinida (composição das chapas, alianças, montagem das candidaturas estaduais), as intenções de voto são muito fluidas para grande parte do eleitorado. Fazer pesquisas em intervalos reduzidos de tempo só interessa comercialmente aos institutos e, como espetáculo, às corporações midiáticas que, conforme seus objetivos político-partidários, dão maior ou menor destaque aos resultados das sondagens que lhe interessam.

Assim, se a pesquisa Sensus foi desqualificada e, posteriormente judicializada, Datafolha e Ibope devem ser “interpretados com maior rigor científico." Para isso são chamados os mesmos “cientistas políticos”, a maioria, por sinal, colaboradora ativa do Instituto Millenium, versão moderna do velho Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), um dos principais catalisadores do golpe contra João Goulart, em 1964.

O que pode ser mensurado é o fetichismo atávico de segmentos que, desde sempre, controlaram o aparelho do Estado e não se conformam em terem sido apeados de lá pelo voto popular. Entronizado no altar de devoção de suas lideranças orgânicas, a prestidigitação golpista é uma possibilidade renovada. Para isso, no caso do diário paulista, há sempre um funcionário de plantão na segunda página. Ora inventam epidemias e caos aéreos, ora legitimam sondagens que interessam à família Frias.

Eles já aprenderam que, terminada a temporada, a troupe mambembe, avalia o prejuízo, amarra a lona e parte para a estrada, mais uma vez tentando distorcer a realidade, mais uma vez na contramão da democracia. As determinações de classe não falham.

Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil

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