Merval Pereira, o articulista da Globo, começa sua coluna hoje com uma clara constatação:
“O grande mistério dessa eleição presidencial que se avizinha é saber qual a estratégia eficiente para derrotar um governo tão popular quanto o do presidente Lula. Enquanto o presidente joga todo o seu prestígio na continuidade, que estaria assegurada com a eleição de Dilma, a oposição tem que passar a sensação ao eleitor de que tem melhores condições de garantir essa continuidade, o que é insólito em política, pois o papel da oposição seria o de promover a mudança.”
Eis aqui, resumido, o “insólito” processo de estelionato pelo qual a oposição demo-tucana procurará iludir e enganar os brasileiros, se apresentando como “os melhores para garantir a continuidade”, sendo eles os que ferrenhamente se opuseram a Lula e seu governo.
Merval percorre pelas opiniões de especialistas em marketing ou em política, para descobrir como produzir o “insólito”.
Um sugere falar que Lula é bom, mas escolhe mal seus assessores, enquanto outro desaconselha insistir na corrupção, pois os brasileiros não são “moralistas”.
Em matéria de assessores ruins e corrupção, o candidato tucano falou e falará… mas para se defender. O símbolo personificado pelo demo José Arruda filmado e destituído por corrupção, cogitado para ser o vice moderno de José Serra, já obrigou este último a evocar o combate a “roubalheira” como vacina para proteger os seus e sua própria campanha eleitoral.
Para outros analistas citados por Merval, o melhor será assumir a oposição a Lula e a defesa da mudança, pois o prestigio do presidente irá sem dúvidas para sua candidata Dilma.
A situação é tão “insólita” que os palpites são todos bem-vindos e provavelmente Noblat abrirá uma enquete no seu blog para tentar descobrir a pedra filosofal que permita responder ao dilema da oposição: ser ou não ser. LF
Nenhum comentário:
Postar um comentário