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domingo, 18 de abril de 2010

Nassif: a mudança na amostragem do DataFOLHA.

dio blog do Nassif trago excelente discussão para este espaço. Merecem atenção os questionamentos levantados. No momento, o que é importante é levantar questões sobre a discrepância do DataFolha em relação aos outros institutos de pesquisas e também sobre a sua metodologia. 



Vamos discutir melhor esse ponto.

O site «os amigosdopresidente» constatou que entre a pesquisa de fevereiro e a de março, o Datafolha aumentou substancialmente o número de bairros consultados em São Paulo – mantendo a mesma quantidade em outros estados.

Teoricamente, pode não ter influência no resultado, se a ponderação, o peso de São Paulo na pesquisa, permanecer o mesmo.

Os pontos que precisamos discutir:

1. Porque ampliou o universo de pesquisa em São Paulo? Havia alguma razão objetiva para fazê-lo, sendo que as maiores dúvidas sobre Serra se concentravam no sul? Mas seria bom saber quais razões. Ou teria sido a pressa em montar a pesquisa para o lançamento da candidatura Serra que fez reduzir, antes, o universo pesquisado?É possível que haja razões técnicas, não estou pré-julgando.

2. Que tipo de interferência essa mudança da amostragem pode ter sobre o resultado final? Aumenta a margem para eventual manipulação de resultados? É possível descartar bairros onde a votação não favoreça o candidato da Folha? Que tipo de auditoria é feita para garantir a lisura dos procedimentos. Os questionários são numerados para evitar descarte?

3. Afinal, saíram os dados detalhados da surpreendente pesquisa extraordinária feita pelo Datafolha – que colidiu com os resultados de todos os demais institutos?

Por Daniel Menezes

Na pesquisa por conglomerados, como parece ser o caso da metodologia do datafolha, há o sorteio das regiões aonde os questionários serão aplicados. Pensando tecnicamente, pode ter acontecido um direcionamento meramente estatístico.

É válido ressaltar que devemos olhar, não apenas a margem de erro, mas também o intervalo de confiança.

Geralmente, as pesquisas eleitorais apresentam um intervalo de confiança de 95%. Isto significa dizer que, de 100 pesquisas produzidas, 5 cairão fora da margem de erro, trazendo diferenças discrepantes da realidade. Esta é outra possibilidade técnica.

Porém, na medida em que as pesquisas são repetidas, o intervalo de confiança melhora significativamente, diminuindo a possibilidade dos números oscilarem fora da margem de erro.

Quando 4 institutos fazem várias rodadas de pesquisa e apenas um destoa dos demais, a tendência desta pesquisa dissonante ter caído naquela pequena possibilidade de estar fora da margem de erro aumenta significativamente.

Se erro tiver sido, de fato, técnico, acredito que a explicação está aí.
Por iza

Não foi só na capital:

Veja a relação de cidades “anabolizadas”:



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