Médicos cubanos são hostilizados pelos colegas brasileiros em Fortaleza.
Apesar da agressão, cubano diz que cumprirá missão
LAURIBERTO BRAGA, ESPECIAL PARA AE - Agência Estado
"Fomos agredidos, mas vamos cumprir nossa missão aqui no
Brasil de atender bem a população carente", disse assustado, nesta
terça-feira, 27, um dos 70 médicos cubanos hostilizados por médicos
cearenses, na noite de segunda-feira, na saída da aula inaugural do
treinamento de 96 médicos formação estrangeira, na Escola de Saúde
Pública do Ceará, em Fortaleza.
Os cubanos foram chamados de "escravos" e "incompetentes" e tiveram que passar por um corredor humano, onde os cearenses gritaram palavras de ordem como "Revalida", "Incompetentes" e "Voltem para senzala".
"Aceitei vir para o Brasil para ajudar a população, mas agora só pretendo ficar os três anos da missão e voltar a Cuba. Tão logo termine o trabalho no Brasil retorno a Cuba, porque é em Cuba que tenho meu trabalho e minha família", afirmou o médico, que pediu para não ser identificado com medo de mais represália dos cearenses.
Segundo ele "nós somos trabalhadores da saúde que lutamos pelas pessoas enfermas que procuram melhorias na sua saúde". O cubano antes de vir para o Brasil passou quatro anos em missão no Haiti.
O secretário nacional de gestão estratégica e participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro também foi agredido pelos cearenses. "O que eles fizeram foi um ato de truculência, violência, racismo, xenofobia e preconceito", reclamou. Odorico levou ovo na jaleco que vestia do Sistema Único de Saúde (SUS) e foi seguido pelos manifestantes até o carro com gritos de "Fora Odorico".
Os cubanos foram chamados de "escravos" e "incompetentes" e tiveram que passar por um corredor humano, onde os cearenses gritaram palavras de ordem como "Revalida", "Incompetentes" e "Voltem para senzala".
"Aceitei vir para o Brasil para ajudar a população, mas agora só pretendo ficar os três anos da missão e voltar a Cuba. Tão logo termine o trabalho no Brasil retorno a Cuba, porque é em Cuba que tenho meu trabalho e minha família", afirmou o médico, que pediu para não ser identificado com medo de mais represália dos cearenses.
Segundo ele "nós somos trabalhadores da saúde que lutamos pelas pessoas enfermas que procuram melhorias na sua saúde". O cubano antes de vir para o Brasil passou quatro anos em missão no Haiti.
O secretário nacional de gestão estratégica e participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro também foi agredido pelos cearenses. "O que eles fizeram foi um ato de truculência, violência, racismo, xenofobia e preconceito", reclamou. Odorico levou ovo na jaleco que vestia do Sistema Único de Saúde (SUS) e foi seguido pelos manifestantes até o carro com gritos de "Fora Odorico".
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