Época: o império contra-ataca. Mas faz gol contra - Tijolaço.
10 de Aug de 2013 | 16:13
As denúncias da “Época” sobre suposto caso de
corrupção eleitoral na área internacional da petrobras, se são uma
reação ao escândalo tucano da Alston-Siemens, acabam virando uma
oportunidade para a Presidenta Dilma Rousseff.
Porque, embora o estilo romanceado – veja aqui uma amostra do “jornalismo de ambiente”
– já deixe a gente imaginando quanta criatividade pode haver na matéria
– salvo uma menção sem qualquer prova, não há elementos senão quanto a
negócios que beneficiassem o PMDB.
E o PMDB é hoje o principal foco de tensão interna da base aliada do
Governo, pressionando sem cessar a Presidenta e ameaçando uma rebelião
parlamentar.
Dilma não terá o menor problema em mandar apurar tudo, o que a
presidente da Petrobras, Graça Foster fará sem nenhum constrangimento.
Agora, é pra lá de estranho que um Augusto Henriques, ex-funcionário
da BR Distribuidora, aposentado há vários anos, que não trabalhava na
área internacional na época das eleições – aliás, também o diretor
internacional, Jorge Zelada foi afastado ano passado por Dilma Rousseff –
tenha vindo fazer denúncias – contra si mesmo – a esta altura.
Ambos eram ligados à influência do PMDB.
Ou a denúncia é uma manobra de setores do partido para tentar
abiscoitar cargos na estatal ou é assunto que a Época tinha guardado
para usar em emergências, tanto que nem deu o destaque de capa, o que é
inacreditável quando a matèria pode enfraquecer o governo Dilma, embora
seja normal quando o caso é contra os tucanos.
E não há dúvidas que o caso Siemens-Alstom é uma baita emergência para o conservadorismo do qual a revista é porta-voz.
Seja como for, sangraram na veia da saúde. Dilma e Graça vão mandar brasa na apuração.
Vale a regra que Lula explicitou ontem: “quem fizer o erro vai ter de pagar”.
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