Comentário: tenho três filhos e digo para eles: meu filhos não importam a profissão que vão escolher. Todas elas são importantes para a dignidade humana e necessárias a um país. O que importa é que vocês a exerçam com responsabilidade, compromisso, honestidade e principalmente dignidade. O que importa é tratar bem as pessoas, ter o respeito pela vida e pelos mais humildes. Estes são os que mais necessitam atenção das pessoas, pensem nisso.
Pelo que se percebe, a Rede Globo, Folha, Estadão e Veja compraram também as dignidades de alguns jornalistas. E alguns formandos, ávidos por ganharem dinheiro e projeção, submetem-se a estes vexames e ao ridículo perante a um público bem mais informado e aos seus colegas. Realizam um trabalho jornalístico da mesma forma como um matador de aluguel, sem escrúpulos, sem vergonha, sem nada. Uma vergonha e mostra, que passados, 21 anos, a famosa edição do JN no debate do segundo de 1989, a Rede Globo não aprendeu nada, continua com o mesmo pensamento colonizado e atrasado, apostando na manipulação do povo brasileiro para favorecer os seus interesses.
Eu já disse aqui: REDE GLOBO NÃO TEM PARTIDO E PAÍS, TEM INTERESSES A DEFENDER. É UM FILHO BASTARDO DA DITADURA MILITAR, QUE MERECE UMA BOAS PALMADAS DO POVO BRASILEIRO
O dia em que até a Globo vaiou Ali Kamel.
por Rodrigo ViannaPassava das 9 da noite dessa quinta-feira e, como acontece quando o “Jornal Nacional” traz matérias importantes sobre temas políticos, a redação da Globo em São Paulo parou para acompanhar nos monitores a “reportagem” sobre o episódio das “bolinhas” na cabeça de Serra.
A imensa maioria dos jornalistas da Globo-SP (como costuma acontecer em episódios assim) não tinha a menor idéia sobre o teor da reportagem, que tinha sido editada no Rio, com um único objetivo: mostrar que Serra fora, sim, agredido de forma violenta por um grupo de “petistas furiosos” no bairro carioca de Campo Grande.
Na quarta-feira, Globo e Serra tinham sido lançados ao ridículo, porque falaram numa agressão séria – enquanto Record e SBT mostraram que o tucano fora atingido por uma singela bolinha de papel.Aqui, no blog do Azenha. você compara as reportagens das três emissora na quarta-feira. No twitter, Serra virou “Rojas”. Além de Record e SBT, Globo e Serra tiveram o incômodo de ver o presidente Lula dizer que Serra agira feito o Rojas (goleiro chileno que simulou ferimento durante um jogo no Maracanã).
Ali Kamel não podia levar esse desaforo pra casa. Por isso, na quinta-feira, preparou um “VT especial” – um exemplar típico do jornalismo kameliano. Sete minutos no ar, para “provar” que a bolinha de papel era só parte da história. Teria havido outra “agressão”. Faltou só localizar o Lee Osvald de Campo Grande. O “JN” contorceu-se, estrebuchou para provar a tese de Kamel e Serra. Os editores fizeram todo o possível para cumprir a demanda kameliana. mas o telespectador seguiu sem ver claramente o “outro objeto” que teria atingido o tucano. Aliás, vários internautas (como Marcelo Zelic, em ótimo vídeo postado aqui no Escrevinhador) mostraram que a sequência de imagens – quadro a quadro – não evidencia a trajetória do “objeto” rumo à careca lustrosa de Serra.
Mas Ali Kamel precisava comprovar sua tese. E foi buscar um velho conhecido (dele), o peritoRicardo Molina.
Quando o perito apresentou sua “tese” no ar, a imensa redação da Globo de São Paulo – que acompanhava a “reportagem” em silêncio – desmanchou-se num enorme uhhhhhhhhhhh! Mistura de vaia e suspiro coletivo de incredulidade.
Boas fontes – que mantenho na Globo – contam-me que o constrangimento foi tão grande que um dos chefes de redação da sucursal paulista preferiu fechar a persiana do “aquário” (aquelas salas envidraçadas típicas de grandes corporações) de onde acompanhou a reação dos jornalistas. O chefe preferiu não ver.
A vaia dos jornalistas, contam-me, não vinha só de eleitores da Dilma. Há muita gente que vota em Serra na Globo, mas que sentiu vergonha diante do contorcionismo do “JN”, a serviço de Serra e de Kamel.
Terminado o telejornal, os editores do “JN” em São Paulo recolheram suas coisas, e abandonaram a redação em silêncio – cabisbaixos alguns deles.
Sexta pela manhã, a operação kameliana ainda causava estragos na Globo de São Paulo. Uma jornalista com muitos anos na casa dizia aos colegas: “sinto vergonha de ser jornalista, sinto vergonha de trabalhar aqui”.
Serra e Kamel não sentiram vergonha.
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