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sábado, 30 de outubro de 2010

Carreata em região popular fecha campanha de Dilma

No último dia antes da votação, Dilma Rousseff (PT) faz campanha em Belo Horizonte. Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação
Em sua terra natal, Dilma exaltou suas raízes mineiras e relembrou sua militância contra a ditadura, iniciada na capital do Estado
Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação


Atenta aos 14,5 milhões de votos do eleitorado mineiro, a coordenação de campanha da presidenciável petista Dilma Rousseff optou por encerrar as atividades neste sábado (30) na capital do Estado, Belo Horizonte. Na sua terra natal, a candidata participou de uma carreata cujo percurso foi escolhido estrategicamente, uma vez que o seu adversário José Serra (PSDB) também realizou seu último ato na cidade, praticamente no mesmo horário.
JULIANA PRADO
Direto de Belo Horizonte
Enquanto a comitiva de Serra percorria região das Mangabeiras e da Savassi, reduto da classe alta de BH, a comitiva de Dilma seguiu trajeto oposto, elegendo uma área altamente popular, no Bairro de Venda Nova, para desfilar em carro aberto. Acompanhada de ministros e lideranças petistas, ela acenou para populares que acompanharam a carreata de lojas e residências ao longo da avenida.
A princípio, a intenção da coordenação de campanha era fazer um corpo a corpo no centro de Belo Horizonte, na região da Praça Sete, um dos principais pontos de concentração política da cidade. Ali, mesmo sem a presença da petista, foi reunido na manhã deste sábado um grupo de militantes, no chamado "bloco da Dilma".
Campanha com sotaque

Em sua terra natal, a petista exaltou suas raízes mineiras e relembrou sua militância contra a ditadura, iniciada na capital do Estado. "Eu comecei minha vida política aqui em Belo Horizonte. Foi aqui que eu participei, ainda na época da ditadura, das primeiras manifestações no Estadual (colégio em que estudou)". Ela classificou como "simbólica" a escolha de Minas e da cidade para encerrar a campanha.

Para ressaltar a mineiridade, até o sotaque entrou em cena de forma mais acentuada. Ao comentar o desafio de governar o Brasil, caso eleita, afirmou: "governar é fácil se 'ocê' acha que governar é só pensar em números, tijolos, concreto...".
A escolha de Belo Horizonte foi defendida por uma ala dos coordenadores de campanha de Dilma, em função justamente do simbolismo que o Estado - segundo colégio eleitoral brasileiro - carrega.
Mas, tanto para a petista quanto para a campanha de Serra, pesaram também questões práticas. De forma surpreendente, a capital deu a vitória a então candidata Marina Silva (PV) no primeiro turno. O destino destes votos ainda é uma incógnita para ambas as campanhas. A aposta de alguns analistas é que eles irão se dividir entre os adversários.

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