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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

No 1º debate, Dilma reage e dá novo tom à campanha no 2º turno


Última atualização em 11/10/2010, 00:30
São Paulo - "Cuidado com as mil caras, Serra". Esse foi um dos motes do primeiro debate do segundo turno entre os candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). A petista não ficou na defensiva. Ao contrário, acuou o tucano em vários pontos: da campanha de calúnias na internet às privatizações no governo Fernando Henrique Cardoso, passando pela venda do banco Nossa Caixa para o Banco do Brasil.. 

Dilma lembrou a participação da mulher do tucano em episódios de desvirtuação da campanha: "Sua esposa, disse que a Dilma é a favor da morte de criancinhas". Depois complementou: "Isso é ódio, coisa que o Brasil não tem". Serra não respondeu.
O tucano também se calou quando, ainda no primeiro bloco, Dilma o instigou a falar sobre o assessor Paulo Vieira de Souza, que é acusado de desaparecer com R$ 4 milhões da campanha do tucano.
Ao contrário de Serra, Dilma se mostrou firme em dois assuntos polêmicos: o caso Erenice e o aborto.
"Concordo com a regulamentação. São 3,5 milhões de mulheres que praticam aborto em condições precárias. O que vamos fazer com essas mulheres, atender ou prender?"

Privatizações

Outro tema bastante. A petista observou que o assessor do tucano e ex-presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), David Zylbersztain de ser a favor da privatização do pré-sal. 

A petista também citou a divisão da empresa para ser negociada em partes, ainda no governo FHC.
Serra tentou sair do tema privatizações da era FHC defendendo a da telefonia. "O Brasil hoje tem 190 milhões de telefones ", disse o tucano, que finalizou: "A era do PT seria a era do orelhão". Dilma, em seguida rebateu: "O meu Brasil não é do orelhão, é o da banda larga".

Outra tentativa de privatização bastante discutida foi a da Nossa Caixa, banco estadual de São Paulo. Dilma acusou o tucano de querer vender o banco e disse que o governo federal foi atrás para que a instituição não fosse vendida a empresas internacionais. Serra disse que a compra da Nossa Caixa fortaleceu o BB. Dilma rebateu que a compra do BB foi o iniciativa do governo Lula, porque Serra iria vender de qualquer jeito.
Dilma também questionou seu adversário sobre a continuidade de programas do governo Lula, como o Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida, entre outros. "Vou continuar tudo o que deve ser continuado", disse Serra, sem nominar quais seriam esses programas.

Serra também  teve de responder sobre programas do governo de São Paulo, como a dos salários dos policiais, combate às drogas e educação.

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