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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dilma adverte Serra sobre campanha de calúnias

Dilma adverte Serra sobre campanha de calúnias
FOTO: Roberto Stuckert Filho

Dilma adverte Serra sobre campanha de calúnias

No primeiro debate entre os candidatos que disputam o segundo turno das eleições presidenciais, a candidata Dilma Rousseff advertiu seu adversário do PSDB, José Serra, sobre a campanha que tenta atingir sua candidatura com calúnias e difamações.
Dilma lembrou a acusação sem provas de envolvimento de sua campanha com a quebra de sigilo de pessoas ligadas ao PSDB, o que levou Serra a responder um processo na Justiça por calúnia e difamação.
“Você tem de ter cuidado para não ter mil caras, Serra, porque a última mentira e calúnia contra mim ocorreu no caso em que vocês diziam que a minha campanha tinha aberto sigilo. Hoje você é réu em crime de calúnia e difamação. Você está dando os primeiros passos na questão da ficha limpa”, alertou a candidata, no debate da Rede Bandeirantes.
Em 21 de setembro, o Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça Eleitoral a instauração de inquérito pela Polícia Federal para que o candidato José Serra seja ouvido sobre as acusações feitas contra a campanha de Dilma Rousseff de envolvimento com a quebra do sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB. O objetivo do pedido é que Serra apresente provas de suas acusações que de Dilma e o PT “atentaram contra a democracia” e praticaram “jogo sujo”, “espionagem” e “chantagem”.
Para Dilma, uma candidatura à presidência da República tem por objetivo engrandecer o Brasil, discutindo valores e projetos para o Brasil. “A única coisa que seu vice, Índio da Costa, faz é criar e organizar grupos para me atingir até com questões religiosas, num país que é conhecido por sua tolerância”, lamentou.
Dilma repudiou a acusação feita pela esposa do candidato, Monica Serra, que declarou, em evento com o vice Índio da Costa. Ela disse que a candidata seria "a favor de matar criancinhas". “Acho gravíssima a frase da sua senhora. O Brasil está habituado com o processo de tolerância, em que árabes e israelenses sentam à mesma mesa. Este país não tem ódio religioso, nem étnico, nem cultural. Evangélicos e católicos estudam nas mesmas escolas. Repudio esta campanha que está sendo feita.”
Aborto
Dilma lembrou ainda que, como ministro da Saúde, José Serra regulamentou o aborto no SUS (Sistema Único de Saúde) para que as mulheres não morram por tentarem interromper a gravidez com métodos primitivos. “Estou sendo acusada de coisas que você regulamentou, como o acesso ao aborto no SUS.”
Acompanhe aqui a cobertura diária da campanha de Dilma pelo Twitter.

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